ARTIGO DE OPINIÃO
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Capitulo I  
Como tem sido habito neste Blog dedicado a pediatria   discorreremos em simultâneo duas historias.    Uma para os leitores infantis e outra para os adultos. Em qualquer uma delas qualquer semelhança com a fantasia será pura coincidência. 
A primeira versará  sobre  as peripécias de um  casal de pardalinhos   enredados numa teia de  aranha e outra  sobre as “Parcerias  Publico  Privadas na Saúde”  ….
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1- A história dos pardalinhos
….Anoitecia e um  casal de pardalinhos que  se atrasara na procura de alimentos   retornavam  ao ninho onde os seus  filhotes os  aguardavam  ……A mãe  ansiosa resolveu  separar-se do companheiro e cortar caminho num  voo mais baixo e directo apesar de  este a alertar  dos riscos  de voar contra a luz do sol que  já se escondia na linha do horizonte…..
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As Parcerias Público Privadas (PPP)
"Não devemos super estimar a importância da economia, ou sacrificar às suas supostas necessidades outras coisas de maior e mais permanente significação.”
J.M. Keynes em “Economic Possibilities for Our Grandchilden”, Londres, 1930
As Parcerias Público Privadas (PPP) surgiram na Inglaterra, no início da década de 1990,   com Margareth Thatcher que inaugurou  no  velho continente  a era Neoliberal.( Programa Governamental de Incentivo ao Investimento Privado no Sector Público – Private Finance Initiative (PFI).) 
As PPP constituem  uma forma  de relação comercial   entre o estado e o sector privado,    Neste modelo empresarial,   o estado  contratualiza  e transfere para  grupos financeiros privados  a prestação de Serviços públicos  que eram historicamente de sua responsabilidade . O estado omite-se assim   da sua função de prestador de Serviços   transformando-se   apenas em    financiador.  A ideologia subjacente  defende  em que  Serviços públicos  são uma mercadoria transacionável e  passível de dar lucro.    As PPP constituem uma  outra nuance na estratégia de   privatização dos Serviços Públicos  .  
Os grandes  grupos financeiros  apostam  abertamente na privatização  de sectores   que  terão lucro certo ( como por exemplo agua e energia.), mas  nas outras  áreas que pela sua   natureza não  são lucrativas,   como por exemplo a saúde e em que  o financiamento do estado é obrigatório  idealizaram as   PPP em que os serviços a prestar  serão contratualizados  com  estado  e pagos pelos contribuintes 
Nesta circunstancia o cidadão pagará através dos seus  impostos o somatório dos  serviços prestados,  acrescidos dos lucros da empresa privada  que são garantidos contratualmente . 
Ao contrario do propagandeado pelos defensores do modelo , estes serviços serão pagos  mesmo quando não são prestados . A estes sobre custos  acrescem   a dos actos  de gestão danosa infelizmente frequentes no capitalismo desregulado e em particular nos países como o nosso em que a democracia é de baixa densidade , em  que o sistema judicial não é eficaz e  em  que existe fraco controlo publico da acção governativa  e inexistencia de habitos no exercicio de cidadania. 
Restará assim  saber como nestas circunstancias os serviços podem  sair menos caros aos cidadãos  como afirmam os seus defensores .....
(2) Entre nós estes  contratos   tem sido sistematicamente  denunciados   pelo Tribunal de Contas como Lesivos  ao erário publico.  
Portugal  apesar  ter entrado  tardiamente no processo de globalização  neoliberal é hoje  na Europa  o pais  com mais parcerias publico privadas de acordo com E. Moreno Ex Juiz jubilado do Tribuna de contas.  Este facto reflecte ao  permeabilização  da nossa democracia  e dos partidos do arco do poder   aos  grandes  grupos  de interesses privados.  Muitos  quadros políticos são cooptados como agentes duplos  destes grupos  facilitando quando em exercício publico   os contratos  vantajosos  para as empresas  onde depois  virão  assumir cargos de gestores com salários milionários.  Os dois grandes partidos acusam-se mutuamente mas na realidade  as suas  historias se cruzam  na partilha destes benefícios colaterais.
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2-  Pardalinhos 
“A teia da aranha”
…. preocupada com os filhos , apressada em voos rasantes  por entre arvores , não  ouvia o piar do companheiro  que do alto   a seguia e  lhe avisava   do perigo que  esperava   mais  adiante .  Enganara-se no trajecto e voava no  corredor centro oriental da floresta  onde existia mais alimento e  agua e os predadores naquela época de dificuldades se organizavam a espera de incautos  e presas fáceis.
Tarde de mais….. o seu voo foi  travado  brusca e  violentamente .  A  força do choque levara-a a perder a consciência por breves  instantes …. Voltou a si  e encontra o seu  corpo  imobilizado  enredado por fios elásticos e viscosos… num relâmpejar chegou-lhe a consciência que tinha sido apanhada na teia ……( Por certo já repararam que as aranhas constroem propositadamente  as suas teias em contraluz, armadilhando  os incautos ao se encadearem  pois confundem-nas com raios de sol….)
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A privatização da saúde  em Portugal um desígnio  bem arquitectado
Privatização  e destruição do Serviço de Saúde  em Portugal ,uma   estratégia de inspiração estrangeira  minuciosamente  e inteligentemente organizada  pelos seus  sectários nacionais….
Para que  tivesse sido possível processo de privatização acelerado  é obrigatório que tenha ocorrido  entre  os   três partidos um acordo tácito neste sentido 
Não constando que tenha havido qualquer acto publico  neste sentido só poderá  resultar de   que  o facto de que  as  politicas dos três  partidos  neste campo  serem idênticas  através da influencia  em comum  de organizações  e personalidades  externas a eles   que  conjugaram as suas  orientações programáticas neste e noutros campos. .
A titulo de exemplo , Correia de Campos e Luis  Filipe Pereira , ambos ligados com o sector financeiros,  apesar de   pertencentes a partidos diversos corporizaram  e defendem o mesmo programa neoliberal para a  saúde. Demarcam-se relativamente ao sistema norte americano, não quanto a sua essência mas relativamente apenas ao excesso de poder das seguradoras. (" Luís Filipe Pereira e Correia de Campos chocados com sistema de saúde americano", 
Publicado em 08 de Setembro de 2009   no Jornal "I")
Para alem dos partidos a que pertencem  estes dois ex Ministros,   partilham de uma ideologia e estratégia comum relativamente a prestação de cuidados de saúde   e que a  implementaram  sequencialmente e diacronicamente quando na governação. Restaria saber se a sua filiação  ideologica  seria validada pela estrutura partidaria  cujos programas  defendem preceitos da   Social Democracia Europeia e não do Neoliberalismo  ultra conservador financiados por multi nacionais e  por alguns   sectores  politico financeiros  Norte Americanos.
( "conservadorismo de movimento" de acordo com a definição de Paul Krugman, economista  dos EUA e premio nobel de economia de 2008 ).
Estamos convencidos que para alem de parte das cupulas dirigentes,  a maioria dos militantes são ignorantes  e que se  os defensores destes programas o  fizessem em debate aberto  nos partidos onde actuam,  teriam sido provavelmente  derrotados. 
Esta conclusão deixará  de vos parecer abusiva ao  constatarmos   que  todos os países ocidentais   sobre influencia neoliberal anglo saxónica desenvolvem  politicas com cariz idêntico.  Caso duvidem, tenham a curiosidade e  procedam a uma pesquisa sobre as “PPPs” na  NET e encontraram  fac símile ,   problemas idênticos com aqueles que nos debatemos em Portugal. .
Restaria  saber em nome da transparência que deveria reger a politica dos países democráticos a quais    organizações  supra nacionais  os influenciariam    para  as aplicarem  de forma  concertada nos programas dos seus partidos para a saude quando estes assumiram o poder. 
Se os nossos  jornalistas pudessem e  desenvolver um  trabalho independente talvez  tudo  já estaria a muito esclarecido.   
Julgamos  que em  nosso Pais  entre outros a organização   “Compromisso Portugal”  assume implicitamente e explicitamente  parte  este papel ideologico alias os seus membros o assumiram em publico.   Alem de estar representado  por gestores nas principais empresas publicas  e grupos financeiros interessados no processo  e representantes  nos dois grandes partidos  revê-se no  explicitamente no “consenso de Washington  estabelecido em 1989 “ em  que se  iniciou a escalada  organizada de globalização  e desregulamentação dos mercados   em todo o mundo ocidental e que indirectamente responsável pela crise  económica mundial.......................
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3- Pardalinhos  
“Entontecida a sensação de medo e perigo apoderou-se ao apercebeu-se que tinha se enredado numa das teias das  temíveis grandes  aranhas . Já ouvira  falar delas mas como coisa distante que nada tinha a ver com o seu mundo pequeno e familiar… 
Quedou-se muda  e paralisada para não chamar atenção das  duas   grandes  amigas   angulosas e peludas que  confabulavam a um canto. Estas apesar de aparentemente alheias aperceberam-se de imediato da nova hospede. Mas  lhe ligaram muito  … parecia mesmo que já  que sabiam que  mais ou menos hora ali cairia.…
O  seu companheiro  que  lá da altura  visionará todo o desastre,  já  se acercara do local e escondido  num galho próximo segredou-lhe que se mantivesse calma  que iria ao  ninho cuidar das  crias e que voltaria com   ajuda…. e que  por  hora não se preocupasse com as aranhas  pois não pareceriam  ter muita fome, pois os banquetes recentes foram opiparos
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Qual os actores e  estratégia  em Portugal ?
Jorge Abreu Simões  um dos  teóricos  portugueses deste projecto foi  nomeado pela estrutura Missão Parcerias Saúde por Correia de Campos.   Em  artigo  de sua autoria que  aconselhamos ler  publicado na  revista Portuguesa de Saúde Publica  faz um historial do processo   e teoriza a  defesa do modelo. 
Citamos  as sua  primeiras linhas:
“…Nesta linha, no âmbito da reforma estrutural do sector hospitalar, duas importantes iniciativas eram especialmente preconizadas: a introdução da abordagem das parcerias público privadas, promovendo a participação do sector privado na gestão e financiamento de unidades hospitalares do SNS e a empresarialização da gestão hospitalar, designadamente com a alteração das práticas públicas de gestão e financiamento, bem como com a mudança do estatuto administrativo dos hospitais, introduzindo um estatuto de natureza empresarial, embora sob controlo accionista público, num número significativo de hospitais.
Estas duas iniciativas tiveram a sua génese ainda no decorrer do mandato do XIV Governo Constitucional, sendo protagonizadas pelo ministro da Saúde António Correia de Campos.”
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Em Inglaterra gestão clínica dos hospitais  não foi incluída na contratualização.  
Jorge A. Simões ultrapassou    este  principio  de prudência  e  “inovadoramente” o  submeteu os actos médicos a  contratualização.
A  empresarilização dos hospitais  públicos que nos tem sido explicada  como um mero acto de economia e  gestão constituiu  é contudo a pedra basilar  da estratégia   que culminará com a privatização do  sistema nacional de Saúde.  Se não vejamos:
A empresarialização levou  atomização da sua  estrutura coerente. A empresarialização põe em concorrência  desleal os Serviços Publicos com os Hospitais Privados, pois os gestores  privados  desvinculam-se dos tratamentos mais caros ( ver no Blog noticia recente do Jornal Expresso sobre o  novo Hospital de Braga e o que acontece com Hospital de Cascais em que tratamentos e exames que poderiam ser realizados no Hospital são externalizados com prejuizo para o erário publico)
A desvinculação dos profissionais de uma perspectiva de missão  e de serviço ao bem comum, e que  esteve na genese do SNS uma caracteristica de seus  fundadores ,   é destruida  quando substituida  pela  mera contratualização que corroe  o sentido de  pertença . Acresce que existem limites aos ordenados no Sector Publico  que não são colocados aos privados . Este  facto  aliado a desinvestimento cronico o torna pouco atractivo aos jovens....A tentativa de  destruição    das carreiras médicas  que  alimentavam  e corporizavam    nossas  prestigiadas escolas  de saber o cerne de   sua   alma e tradição  foi    o outro ponto de ataque .  Acresce finalmente a facilitação de  reformas precoces,  electivas  para os quadros com maior capital de experiencia  profissional ,  aliciando-os   indirectamente com um duplo salário para os  novos Hospitais Privados . Fecha-se assim  um circulo que outra vez penaliza as populações   pois os hospitais publicos  ficam despojados de profissionais competentes  que se formaram  com esforço parcial dos contribuintes,  ainda com  capacidade formativa, e obrigados a  pagar as suas   reformas   com "salarios de topo de carreira" mas  sem já  qualquer contra partida.
Tratou -se  sem duvida de uma teia inteligente , minuciosamente   elaborada, restando apenas saber : por quem e com que financiamentos?
Deixamos claro que apesar de considerarmos que deve  existir espaço para  iniciativa privada na saúde defendermos que esta deve  permanecer  como um  serviço publico universal  e não lucrativo  . A idealizamos   numa estratégia de comunidade  e de justiça e  que o  mercado pela sua natureza não poderá  assumir. 
Julgamos que  50 milhões de Norte  Americanos que estão privados de assistência na doença concordaram por certo com esta perspectiva !
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A FASE ACTUAL :  APLICAÇÃO DO PLANO
Após criado e acordado o plano seguiu-se a fase em que estamos a dos concursos e “divisão” SNS por áreas de influência entre os vários grupos financeiros, ideológicos e partidários em disputa.  
A integração do Hospital D. Estefânia com perda da sua identidade como Hospital Pediátrico autónomo foi decidida tardiamente por Correia de Campos 
A metodologia proclamada por Jorge Abreu Simões em que estes concursos corresponderiam  "a um modelo" de transparência e um exemplar exercício demonstrativo dos méritos da livre incitativa e concorrência, sob controlo e escrutínio público nunca se   verificou 
Os planos funcionais que deveriam resultar do esforço de equipas interdisplinares num trabalho faseado de levantamento de activos, necessidades, e projecções futuras resulta apenas de uma estratégia de economia de meios e rentabilização privada que pela sua natureza contrários a participação publica e se decidiram no segredo dos gabinetes e omissos aos profissionais e população.
No que diz respeito ao Centro Hospitalar de Lisboa Central Julgaríamos ser “coincidência” nomeação por Manuel Pinho, (ministro das finanças no primeiro governo de Sócrates) de um Engenheiro Gestor, antes  ligado a um grupo financeiro para a missão parcerias e pela organização do concurso do HTS.
O Eng. Indigitado dez parte da gestão privada do  Hospital de Amadora Sintra .  Trata-se de provavel coincidencia mas não deixamos de a assinalar  Em conclusão,  tratou-se de um concurso publico " transparente " em que os decisores  estiveram  no passado directamente ligados aos interessados no concurso actual. Tratou-se de um processo viciado acobertado e protegido  que deveria ser investigado. 
Restará indagar porque lhes interessará a destruição do Hospital Pediátrico de Lisboa. 
Estamos certos que inicialmente contribuiu a ideia do aproveitamento imobiliário dos terrenos onde esta implantado o HDE associada a critérios de rentabilização de meios numa perspectiva imediatista insensível e desligada dos pressupostos da evolução da assistência pediátrica especializada nos últimos 150 anos.
Assim caros leitores, ainda há dois anos considerariamos inverosímil e fantasiosa a afirmação de que a  destruição do Hospital D. Estefânia é consequência apesar de marginal e indirecta e tardia, de um conjunto de reuniões ocorridas em Washington Dezembro de 1989 ás se seguiu criou uma teia de seguidores em todo o mundo e que  tomaram de assalto a governação  e imprimem os seus  ideais. 
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4 Pardalinhos 
O pai depois de alimentar os filhotes e tranquilizou-os  com uma canção  cujo mote dizia  que a mãezinha  não tardaria e depois de  adormece-los . Ainda era noite e abandonou  o ninho para pedir ajuda aos outros  pássaros  antes da chegada a madrugada , pois nesta hora já teriam abalado dos ninhos. 
Apesar de estremunhados e incomodados ( os pássaros são por vezes comodistas  e  preguiçosos) a pedido do pardalinho  fizeram uma assembleia para decidir o que fazer e  concluíram  que o principal a fazer seria divulgarem o mais amplamente e  rapidamente possível o crime  que estaria prestes  a acontecer…. Ou seja as irmãs aranhas  estavam prestes  infringir  “ O principio ético   primordial de toda animalidade  inclusive a “aranhidade”  pois ao atacarem aquela pardalinha  que tinha três filhotes no berço ,estavam  a quebrar a regra sagrada que legislava mais ou menos o seguinte :  "Os  santuários  que  simbolizam a   preservação  da vida são  intocáveis  e  que quem não respeitar este mandamento sagrado   será proscrito para o fundo dos infernos para  todo o sempre  e nas encarnações  futuras serão  condenados a vermes ou na melhor das hipoteses  a hienas." . A algazarra que os passarinhos  fizeram teve o merito de abrir  brechas o muro de silêncio da comunicação social dominada por aquela teia poderosa. 
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Responsável pela Historia infantil: Pedro Paulo Mendes e "Este o Faria"
Responsável pela História das parcerias: Manu,  Jornalista  da "Arquinha"