Obtivemos informações provenientes de diversas fontes que ainda neste mês Abril
“ O Plano Funcional do futuro Hospital de Todos os Santos” entrará em concurso internacional para elaboração do projecto arquitectónico.
O referido plano, no que diz respeito ao "Ambiente Pediátrico" que consta como “anexo” disseram ser contestado veementemente inclusive pelos interlocutores nomeados pela comissão ministerial e que melhor do que ninguém conhecem os seus meandros:
- Ouve-se assim dizer pelos corredores com conhecimento de causa que: é incompreensível que o representante da Intersalus (que se diz Pediatra) queira impor este plano!
- Ouve-se dizer que "as firmas de arquitectura consultadas sobre o actual projecto indagam se não seria mais lógico construir um edifício à parte mas funcionalmente integrado, respeitando a especificidade da individualidade da pediatria face à medicina de adultos ao invés de dispersar a assistência pediátrica e assim descaracteriza-la".
A empresa Intersalus está sedeada em Barcelona e foi nomeada pelo Ministério por critérios não explicitados. Nesta época de globalização, não temos nada contra o facto da Intersalus não ser portuguesa, trata-se apenas de um problema de competência, pois é obvio que os pediatras do Hospital D. Estefânia representados pela Comissão Médica e outros especialistas portugueses terem melhor conhecimento da nossa realidade para faze-lo! O seu afastamento intencional pode ser eventualmente interpretado como uma forma de excluir dos objectivos do Ministério qualquer planeamento na Rede de Cuidados Materno-infantis Hospitalares.( dizemos do antigo, pois queremos acreditar que a Nova Ministra como Pediatra , modifique esta politica)
Que lógica ou melhor ilógica querem impor a Saúde Materno-infantil?
Porque querem impor um Hospital Generalista, orientado para a doença aguda e mesmo para esta condição está sub – dimensionado, alienando-se dos cuidados continuados e crónicos?
Este plano segundo alguns é premeditado ou apenas descuidando da defesa da criança, reduz a saúde Materno-infantil apenas à lógica cega do lucro de eventuais parcerias, canalizando as crianças mais afortunadas para os novos hospitais privados criando um fosso com as carenciadas pelo tratamento diferenciado.
Estes hospitais geridos por grandes grupos financeiros capitalizarão também nossos impostos advindos das comparticipações pagas pelo estado, dinheiro duplamente extraído em última análise de nossos bolsos e que deveria ser gasto no bem-estar de nossas crianças a garantia do nosso futuro como comunidade e história (educação e Investigação na área materno infantil por exemplo). Note-se referimo-nos essencialmente a saúde materno - infantil.
Oxalá consiga-se deter esta tendência. Espera-se que a cegueira temporária de alguns ou propositada de outros que ignora a obrigação moral de amparar a criança (independente da classe social á que pertence) em todas as contingências.
Oxalá a recente alteração do regime de parcerias anunciadas pelo governo tenha repercussão sobre o actual plano funcional!
Nosso abaixo-assinado, já conta com mais de 75000 assinaturas!
Assim se antes apenas solicitávamos à Presidência da Republica
Que intercedesse pelo HDE, agora vamos mais longe, solicitando igualmente a todos os Partidos e ao Governo da Nação, que não permitam que a actual legislatura transforme-se em uma página negra pelo retrocesso em dois séculos da Saúde Materno Infantil em Portugal!
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