sexta-feira, 18 de abril de 2008
A Cronologia imaginaria da "Requalificação " do valiosos terrenos do Hospital Pediatrico D. Estefânia.
Capitulo I- O Hospital D. Estefânia inicialmente não entraria no projecto do Centro Hospitalar, mas as evidências apontam que seu terreno valioso passou á ser considerado, como moeda de troca , no decorrer das negociações. Apesar destas informações advirem de fontes fidedignas,
poderíamos considerar serem apenas conjecturas inspiradas no que aconteceu á outros espaços, outrora pertencentes á Cidade de Lisboa.
Amplie para saber da verdade....
1º Ato: Preparar o terreno
O antigo Ministro Correia de Campos tornou-se impopular pela sua postura impositiva e pela forma como actuou endossando claramente uma politica de destruição dos Serviços de Saúde. O desmantelamento deste sector inicia-se, não se deixando espaço para propostas alternativas que contemplassem a viabilidade, continuidade e aprimoramento destes serviços.
É nesta terra tornada propícia, que se instalam de imediato e como por magia, serviços de saúde ligados a grupos financeiros.
Queremos ressaltar o facto de não termos objecções contra o sector privado mas consideramos imprescindível que a área de saúde como um todo e especialmente a hospitalar e pediátrica precisam ser protegidas da contingência ilógica da medicina baseada exclusivamente no lucro. Esta perspectiva torna-se imperativa para uma comunidade que se projecta na nação visando o futuro.
2º Ato: Eleições á vista
É plausível que a hipótese da substituição do ministro já estava prevista face a proximidade das eleições, pois entre o intervalo de duas vergastadas, com algum açucar, pode contar-se neste espaço com o esquecimento dos eleitores.
O Ministro, conhecedor do "timing" e responsável pelo Guião da peça, apressadamente entra em acordo com a Câmara de Lisboa "fecha o negócio" com os terrenos em Chelas por 13.000.000 de Euros para construção do novo Hospital de Todos os Santos. Cogita-se ainda da possibilidade do novo Hospital dar argumentos para o encerramento do Aeroporto da Portela e outro aproveitamento para os seus terrenos.
Após isto o ministro demite-se mas não sem antes garantir que o projecto tomasse um caminho aparentemente irreversível. Esta decisão envolve também a extinção do Hospital Pediátrico.
3º Ato: Um anexo ou uma anedota triste para a Pediatria Portuguesa ?
O Hospital D. Estefânia por passe de mágica desaparece como nome e identidade e resume-se a um anexo que aparece no plano funcional do novo hospital com o título pomposo de "Ambiente Pediátrico”.
Torna-se patente a omissão da necessidade do enquadramento do projecto em uma Carta de Cuidados Hospitalares em Pediatria.
Este “modus operandi” leva-nos a deduzir que tratou-se dum projecto de gabinete acordado entre parcerias e ignorando sumariamente, num desrespeito arrogante ao parecer da antiga comissão médica e o da sociedade civil que se manifesta veementemente num abaixo assinado com mais de 75 000 assinaturas!
Em síntese : o plano funcional do futuro HTS , no que diz respeito ao "Ambiente Pediátrico " resultou da perspectiva para a Saúde, da Intersalus e demais parcerias privadas, ignorando acintosamente a opinião do corpo clínico do Hospital D. Estefânia.
Deste modo este plano foi levado avante sem divulgação, impedindo uma análise mais aprofundada. Acresce curiosamente a omissão do nome "D.Estefânia".
Os responsáveis supõe desta forma poder risca-lo da memória colectiva e assim posteriormente do patrimônio publico.
Caso assim não pensaram, pela sua actuação deixam margens para esta dúvida pois casos similares já ocorreram. Fundamentados nestes factos precedentes é que nossa acção se norteia: pois é mais prudente tentar prevenir do que não se poder remediar .
4º Ato: Consolidação
No dia 12 de Abril, após o suposto e provável percurso acima descrito no corredor dos gabinetes interessados, é instituído rapidamente um Concurso Internacional para a realização do projecto arquitetônico do HDS.
A ponta do “Iceberg” já delineada nos planos pré traçados e endossados pelo ex Ministro Correia de Campos, antes da sua saída da cena, torna-se agora perceptível no que tinha de submerso.
No acto público com orgulho verbalizam: “Finalmente poderão se requalificar os actuais terrenos dos antigos Hospitais de Lisboa Central, inclusive o Hospital D. Estefânia, maior e muitíssimo mais valioso do que o recém comprado.”
Gostaríamos de deixar aqui este recado aos governantes por nós eleitos:
1. Os terrenos do Hospital D. Estefânia e seu edifício, foram e são um Patrimonio Histórico, doado com a finalidade precípua de servir apenas a Saúde das Crianças de Portugal!
2. Informamos ainda, que assumimos a defesa intransigente da finalidade a qual se destinou o HDE na sua origem, não compactuando com o desvirtuamento do intento original camuflado em eventuais “re qualificações” que o desviariam do seu campo de actuação.
3. Ao adotar com alarme esta perspectiva fundamentamo-nos na finalidade das obras que que pretendem executar em terrenos recentemente alienados na cidade de Lisboa: cassinos, condôminos, parques de estacionamento, centros comerciais, fundações privadas ou de uso público restrito. Estas obras que do seu ponto de vista são mais rentáveis, para nós não passam de construções assépticas, massificadas, livres do povo e sua cultura popular. Despojam assim a população de Lisboa dos seus espaços mais identificativos e históricos. Os indícios que apontamos neste último tópico, levam-nos á uma indagação mais abrangente sobre as causas e consequências desta tendência de descaracterização das cidades do mundo actual, desvinculando as populações de suas tradições e do território sobre o qual suas cidades se assentam. Estamos talvez a presenciar uma trama consertada nos bastidores, impondo projectos globalizados que contribuem para a perda da identificação cultural.
5º Ato: Epílogo
Resquício de luz no fundo do túnel ou apenas areia pré eleições?
Gostaríamos de supor uma vitória da razão e ascensão duma perspectiva mais lúcida e sensível no Ministério , pois agora já se diz : “Está fora de questão a alienação deste Hospital e esquecimento do seu nome".
Aguardamos assim um posicionamento oficial escrito, pois só assim poderemos crer, face aos antecedentes já ocorridos com outros bens públicos.
Solicitamos veemente que aproveitem esta última oportunidade! Façam-no antes da próximas eleições, não se resignando ao papel de meros figurantes…
Este Guião importado que planejaram implantar está em contradição com a actual opção de outras Capitais Europeias. Estas últimas mantém os seus antigos Hospitais Pediátricos nos seus Centros Históricos! Estas cidades acarinham os seus Hospitais Pediátricos ao invés de relega-los ao desprezo e decadência para depois justificarem a necessidade de sua destruição.
Lutemos contra a desertificação do Centro Histórico de Lisboa com o afastamento dos seus Serviços e Equipamentos, e da população fixa e flutuante e seu comércio que alimenta e trás vida a cidade!
Por um novo Hospital Pediátrico para Lisboa !
Requalificar Lisboa é requalificar o Hospital D. Estefânia e não destrui-lo!
Leiam no Blog o exemplo do Hospital Eveline em Londres !
Assina Pedro Paulo Mendes
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Uma mensagem recebida , com expectativa ...e que esperamos fundamentada e com repercussões práticas!
Marta Campos disse...
Está disponível para consulta e discussão pública a Carta Hospitalar de Pediatria.
O documento foi elaborado pela Comissão Nacional de Saúde da Criança e do Adolescente e pretende traçar as linhas orientadoras da concepção de serviços hospitalares para crianças e adolescentes, centrados na família e na garantia da segurança e qualidade dos cuidados prestados.
http://www.acs.min-saude.pt/2008/04/04/cartahospitalarpediatria
Espero que ajude!
10 de Abril de 2008 23:52
Em primeira abordagem acreditamos que o Documento cumpre o papel a que se propõe:
Contribuir para planificação e sistematização projectiva da rede de cuidados Hospitalares Pediátricos no nosso Pais.
No que diz respeito a conjuntura actual, pensamos que por inerência e competência de funções esta Comissão deverá avaliar o Plano Funcional do Hospital de Todos os Santos a Luz dos pressupostos aqui assumidos, não sendo assim suposto admitir que estes não sejam modificados se não os respeitarem pois na ultima consequencia estes implicam a criação de hospitais pediatricos especializados e o HTS assume-se como um Hospital Generalista em que por exemplo na pedopsiaquiatria não existe separação de espaço fisico com os adultos.
Para aceder a sua totalidade do deve-se ir ao Site onde este se encontra na versão PDF
Procedimento: copie o endereço acima e "cola-lo" na barra de direcções onde agora esta escrita a direcção deste Blog, e que deve ser previamente apagada. A seguir basta teclar "enter" .
Publicamos apenas pequena parte do documento , que nos diz mais respeito e a titulo exemplificativo:
Comissão Nacional de Saúde da Criança e Adolescente - Documento em discussão
6.1.2 Serviços de Pediatria Especializado (SPE): Deve existir um SPE para 300.000 a 350.000 crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos, o que corresponde sensivelmente a uma base populacional de 1.500.000 habitantes. O SPE é médico-cirúrgico.
6.2 Todos os serviços SPE ou SPG devem cumprir as orientações gerais para um serviço de pediatria hospitalar e a articulação entre cuidados primários e secundários (pontos 3 e 4).
7. Hospitais que não integram a Carta Hospitalar de Pediatria
Nalguns hospitais que actualmente têm especialistas em Pediatria, mas que não integram a carta hospitalar de pediatria, pode justificar-se assistência pediátrica em regime de Ambulatório.
Estes pediatras articular-se-ão com o serviço de Pediatria mais próximo e os lugares são a extinguir quando vagarem. Após a extinção, a eventual deslocação regular de pediatras a partir do serviço mais próximo a este hospital deverá constar de protocolo a celebrar entre os dois hospitais. O hospital que recebe deverá ter as condições consideradas adequadas para a prestação de cuidados às crianças e adolescentes, em ambulatório
13
Comissão Nacional de Saúde da Criança e Adolescente - Documento em discussão
8. Bases de um Serviço de Pediatria Geral (SPG)
8.1 Recursos Humanos mínimos:
8.1.1 Pediatras:
SPG sem Maternidade, 7 com idade inferior a 55 anos;
SPG com Maternidade: 14 com idade inferior a 55 anos.
8.1.2 Enfermeiros9:
Enfermaria – 1 Enfermeiro/turno para 6 crianças;
Cuidados Intermédios - 1 Enfermeiro/turno para 4 crianças.
Tendencialmente em cada turno deve ser considerada a existência de um especialista em saúde infantil e pediátrica.
8.1.3 Para além destes recursos humanos mínimos, o Director do Serviço em conjunto com a Direcção Clínica e de Enfermagem, e de acordo com a politica, missão e âmbito de intervenção do Serviço de Pediatria, definirão o plano de recursos necessários.
8.2 Lotação em Internamento:
Enfermaria – 1 cama para 3000 crianças e adolescentes (mínimo 12 camas); 30% destas, devem ser em quartos individuais para isolamento e/ou internamento de adolescentes.
UICD – 1 cama para 12000 crianças e adolescentes (mínimo 4 camas);
HDP - 2 a 3 camas /postos.
8.3 Urgência Pediátrica: deve ser dotada de espaço físico próprio e estar integrada no Serviço ou Departamento de Pediatria. Todas as crianças e adolescentes até aos 18 anos de idade, que necessitem de recorrer a uma urgência hospitalar, devem ser observadas nesta unidade (excepto se problemas relacionados com gravidez). Por se tratar de uma unidade ainda inexistente em muitos hospitais particularizam-se alguns aspectos.
11. Serviços de Pediatria para Portugal-Continente, por Região
De acordo com os rácios definidos no ponto 6.1, propõem-se para Portugal Continente, um mínimo de 33 e um máximo de 37 Serviços de Pediatria Geral e 6 Serviços de Pediatria Especializados, com a distribuição seguinte, por Região (Quadro
10 a 11
14. Outras Especialidades
Em outras Especialidades, como a Pedopsiquiatria22 e a Cardiologia Pediátrica23 e Medicina Física e Reabilitação24, Oncologia25 e Genética26, há Redes de Referenciação Hospitalar aprovadas pela Direcção –Geral de Saúde. Essas redes devem reger-se pelas normas de cuidados à Criança e Adolescente deste documento.
Nas Especialidades não pediátricas, deve haver sensibilização e formação específica dos profissionais que se dediquem à criança e adolescente e tal como definido anteriormente todo o atendimento dos 0 aos 18 anos deverá ser realizado em serviços de pediatria.
Nota especial para as Unidades de Pedopsiquiatria
Os cuidados de Saúde Mental são o exemplo paradigmático da necessidade de atendimento em estrutura física apropriada ao período etário, das necessidades especiais (p.e.as alterações comportamentais), e da necessidades de observação e intervenção não só da criança/adolescente mas também da família em que está integrada.
Será por isso essencial que todas as estruturas de Saúde MentaL Infantil estejam integradas em termos físicos e funcionais nas Unidades de Saúde Pediátricas.
Pela Comissão Nacional de Saúde da Criança e Adolescente: M Céu Machado, João Estrada, Rui Rosado, M
José Araújo, J Bilhota Xavier, J Arelo Manso, M Júlia Guimarães
Pelos Colégios de Subespecialidade e Sociedades Portuguesa de Pediatria e Cirurgia Pediátrica: Cuidados
Intensivos Pediátricos: Francisco cunha, Alexandra Seabra; Gastroenterologia: Jorge Amil, Fernando
Pereira; Nefrologia: Helena Jardim, F Coelho Rosa; Oncologia: Lucília Norton; Infecciologia: José Gonçalo
Marques; Desenvolvimento: Rosa Gouveia; Alergologia: Libério
22 Organização dos Serviços de Saúde Mental da Infância e Adolescência, Circular Normativa da DGS, de 17/06/05
23 Rede de Referenciação de Intervenção Cardiológica da DGS 2004. p.63
24 Rede de Referenciação Hospitalar de Oncologia da DGS 2004
25 Rede de Referenciação Hospitalar de MFR, DGS 2004
26 Rede de Referenciação Hospitalar de Genética, DGS 2004
Está disponível para consulta e discussão pública a Carta Hospitalar de Pediatria.
O documento foi elaborado pela Comissão Nacional de Saúde da Criança e do Adolescente e pretende traçar as linhas orientadoras da concepção de serviços hospitalares para crianças e adolescentes, centrados na família e na garantia da segurança e qualidade dos cuidados prestados.
http://www.acs.min-saude.pt/2008/04/04/cartahospitalarpediatria
Espero que ajude!
10 de Abril de 2008 23:52
Em primeira abordagem acreditamos que o Documento cumpre o papel a que se propõe:
Contribuir para planificação e sistematização projectiva da rede de cuidados Hospitalares Pediátricos no nosso Pais.
No que diz respeito a conjuntura actual, pensamos que por inerência e competência de funções esta Comissão deverá avaliar o Plano Funcional do Hospital de Todos os Santos a Luz dos pressupostos aqui assumidos, não sendo assim suposto admitir que estes não sejam modificados se não os respeitarem pois na ultima consequencia estes implicam a criação de hospitais pediatricos especializados e o HTS assume-se como um Hospital Generalista em que por exemplo na pedopsiaquiatria não existe separação de espaço fisico com os adultos.
Para aceder a sua totalidade do deve-se ir ao Site onde este se encontra na versão PDF
Procedimento: copie o endereço acima e "cola-lo" na barra de direcções onde agora esta escrita a direcção deste Blog, e que deve ser previamente apagada. A seguir basta teclar "enter" .
Publicamos apenas pequena parte do documento , que nos diz mais respeito e a titulo exemplificativo:
Comissão Nacional de Saúde da Criança e Adolescente - Documento em discussão
6.1.2 Serviços de Pediatria Especializado (SPE): Deve existir um SPE para 300.000 a 350.000 crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos, o que corresponde sensivelmente a uma base populacional de 1.500.000 habitantes. O SPE é médico-cirúrgico.
6.2 Todos os serviços SPE ou SPG devem cumprir as orientações gerais para um serviço de pediatria hospitalar e a articulação entre cuidados primários e secundários (pontos 3 e 4).
7. Hospitais que não integram a Carta Hospitalar de Pediatria
Nalguns hospitais que actualmente têm especialistas em Pediatria, mas que não integram a carta hospitalar de pediatria, pode justificar-se assistência pediátrica em regime de Ambulatório.
Estes pediatras articular-se-ão com o serviço de Pediatria mais próximo e os lugares são a extinguir quando vagarem. Após a extinção, a eventual deslocação regular de pediatras a partir do serviço mais próximo a este hospital deverá constar de protocolo a celebrar entre os dois hospitais. O hospital que recebe deverá ter as condições consideradas adequadas para a prestação de cuidados às crianças e adolescentes, em ambulatório
13
Comissão Nacional de Saúde da Criança e Adolescente - Documento em discussão
8. Bases de um Serviço de Pediatria Geral (SPG)
8.1 Recursos Humanos mínimos:
8.1.1 Pediatras:
SPG sem Maternidade, 7 com idade inferior a 55 anos;
SPG com Maternidade: 14 com idade inferior a 55 anos.
8.1.2 Enfermeiros9:
Enfermaria – 1 Enfermeiro/turno para 6 crianças;
Cuidados Intermédios - 1 Enfermeiro/turno para 4 crianças.
Tendencialmente em cada turno deve ser considerada a existência de um especialista em saúde infantil e pediátrica.
8.1.3 Para além destes recursos humanos mínimos, o Director do Serviço em conjunto com a Direcção Clínica e de Enfermagem, e de acordo com a politica, missão e âmbito de intervenção do Serviço de Pediatria, definirão o plano de recursos necessários.
8.2 Lotação em Internamento:
Enfermaria – 1 cama para 3000 crianças e adolescentes (mínimo 12 camas); 30% destas, devem ser em quartos individuais para isolamento e/ou internamento de adolescentes.
UICD – 1 cama para 12000 crianças e adolescentes (mínimo 4 camas);
HDP - 2 a 3 camas /postos.
8.3 Urgência Pediátrica: deve ser dotada de espaço físico próprio e estar integrada no Serviço ou Departamento de Pediatria. Todas as crianças e adolescentes até aos 18 anos de idade, que necessitem de recorrer a uma urgência hospitalar, devem ser observadas nesta unidade (excepto se problemas relacionados com gravidez). Por se tratar de uma unidade ainda inexistente em muitos hospitais particularizam-se alguns aspectos.
11. Serviços de Pediatria para Portugal-Continente, por Região
De acordo com os rácios definidos no ponto 6.1, propõem-se para Portugal Continente, um mínimo de 33 e um máximo de 37 Serviços de Pediatria Geral e 6 Serviços de Pediatria Especializados, com a distribuição seguinte, por Região (Quadro
10 a 11
14. Outras Especialidades
Em outras Especialidades, como a Pedopsiquiatria22 e a Cardiologia Pediátrica23 e Medicina Física e Reabilitação24, Oncologia25 e Genética26, há Redes de Referenciação Hospitalar aprovadas pela Direcção –Geral de Saúde. Essas redes devem reger-se pelas normas de cuidados à Criança e Adolescente deste documento.
Nas Especialidades não pediátricas, deve haver sensibilização e formação específica dos profissionais que se dediquem à criança e adolescente e tal como definido anteriormente todo o atendimento dos 0 aos 18 anos deverá ser realizado em serviços de pediatria.
Nota especial para as Unidades de Pedopsiquiatria
Os cuidados de Saúde Mental são o exemplo paradigmático da necessidade de atendimento em estrutura física apropriada ao período etário, das necessidades especiais (p.e.as alterações comportamentais), e da necessidades de observação e intervenção não só da criança/adolescente mas também da família em que está integrada.
Será por isso essencial que todas as estruturas de Saúde MentaL Infantil estejam integradas em termos físicos e funcionais nas Unidades de Saúde Pediátricas.
Pela Comissão Nacional de Saúde da Criança e Adolescente: M Céu Machado, João Estrada, Rui Rosado, M
José Araújo, J Bilhota Xavier, J Arelo Manso, M Júlia Guimarães
Pelos Colégios de Subespecialidade e Sociedades Portuguesa de Pediatria e Cirurgia Pediátrica: Cuidados
Intensivos Pediátricos: Francisco cunha, Alexandra Seabra; Gastroenterologia: Jorge Amil, Fernando
Pereira; Nefrologia: Helena Jardim, F Coelho Rosa; Oncologia: Lucília Norton; Infecciologia: José Gonçalo
Marques; Desenvolvimento: Rosa Gouveia; Alergologia: Libério
22 Organização dos Serviços de Saúde Mental da Infância e Adolescência, Circular Normativa da DGS, de 17/06/05
23 Rede de Referenciação de Intervenção Cardiológica da DGS 2004. p.63
24 Rede de Referenciação Hospitalar de Oncologia da DGS 2004
25 Rede de Referenciação Hospitalar de MFR, DGS 2004
26 Rede de Referenciação Hospitalar de Genética, DGS 2004
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Uma mensagem de uma apoiante ...As opiniões são livres e enriquecem o debate...
Recebi esta mensagem em resposta à minha assinatura da petição online.
Aproveito a oportunidade para reafirmar toda a solidariedade com este gesto. Ou com esta tomada de posição.
Aproveito também para manifestar a vergonha que sinto ao ler a ocorrência deste tipo de situações. Não sei se é vergonha de ser portuguesa. É vergonha pelas decisões governamentais a que tenho (temos) vindo a assistir, nomeadamente no que refere à área da saúde. Vergonha pelos debates, palestras, entrevistas com os respectivos responsáveis, que se desdobram a justificar, argumentar, explicar a este povo que pretendem estúpido, que a saúde é artigo de luxo, é para quem pode e não para quem precisa, é secundário, é terciário. É uma grande maçada. Sobretudo para quem está doente. E na grande maioria das vezes para os familiares do doente. É um artigo que não tem brilho. Não tem características de Grande Produção. Não tem visibilidade internacional, não atrai turistas, não promove recepções, inaugurações, não fica bem na fotografia, não tem pistas de aterragem, nem sequer um freeshop. A área da saúde em Portugal mexe com doentes. É deprimente, triste. É um filme pobre. Há países em que a área da saúde promove a saúde. Em Portugal promove a doença, o arrastar da doença, a complicação da doença e consequentemente torna a doença cada vez mais cara. Talvez a forma como a saúde/doença é encarada, aliás desencarada, tenha efeitos a nível laboral. Talvez a saúde/doença crie dificuldades e demoras que impliquem ausências ao trabalho. Penalizadas. Penalizado o doente, penalizada a empresa, penalizado o país. País de doentes que só anda para a frente se tiver um TGV. Então compensa-se o país com um comboio, um estádio, uma ponte. É assim como um pai que tem um filho doente em casa, não o leva ao médico para não gastar dinheiro e depois compensa-o com uma playstation ou uns ténis de marca. Depois tira-lhe uma fotografia (doente - a doença não se vê na fotografia) e faz circular pelos amigos na Net, para todos verem que o miúdo se veste bem. Portugal é um país que trabalha a sua imagem internacional de País Que Se Veste Bem. Artigos de marca. Admitir que existe um problema de Saúde implica investir dinheiro na Saúde e Portugal tem outras prioridades. Nada de pieguices à Madre Teresa de Calcutá. Para isso existe a Misericórdia, mas essa, vá lá, tem o Euromilhões. Em Portugal os primeiros ministros correm e estão de saúde. É uma mensagem subliminar mas com o tempo os portugueses chegam lá. Se querem saúde - corram. Desatem todos a correr que a saúde vem por si. Ou alguém ainda não percebeu porque é que se fecham urgências? Porque obriga os doentes a correr até à urgência mais próxima e o mais certo é curarem-se pelo caminho. Quanto mais urgente fôr a doença, mais corre o doente. Está até bem visto e de facto poupa-se uma data de dinheiro, que sempre pode ser aplicado em mais uma IP, melhorando assim a circulação das ambulâncias, actualmente maternidades com rodas. É uma forma de pôr as crianças a nascer sobre rodas e assim já nascem a correr. Chegada aqui apercebi-me da essência da minha vergonha. Somos governados por dementes. E aqui temos um duplo problema. É que uma das características da demência é que o próprio não reconhece. Como não reconhece não se trata. E ninguém se atreve a dizer-lhe. Se esta campanha recolher MUITAS assinaturas acham que é uma achega? É uma indirecta? Pois! Não resolve! Então fica aqui uma sugestão : façam constar, que é desejo do povo, que de ora em diante, todos os governantes e respectiva parafrenália envolvente, deverão dar o exemplo e utilizar exclusivamente o Serviço Nacional de Saúde que oferecem ao dito povo. Nada de privados, clínicas, ou qualquer outro privilégio a que o povo também não tem acesso. Estes serviços deverão ser para uso exclusivo das empresas que produzem, e dos particulares que podem. Quem furasse este esquema deveria ser apontado, criticado, devidamente mediatizado pela negativa. Porque é haveriam de ter um tratamento preferencial ? Para sofrerem menos? Porquê? Ou para durarem mais? E quem é que lhes disse que nós queremos? Vão-se embora de vez. Vão correr para outro lado. Comprem uma passadeira e corram em casa. Deixem-nos em paz. É que estamos a correr para trás quanto ao que interessa e esta correria está a pôr o país de rastos.
M. David
Obrigado M. David pelo seu email.
Escreva-nos. Só com a critica que podemos nos reconstruir.
Aproveito a oportunidade para reafirmar toda a solidariedade com este gesto. Ou com esta tomada de posição.
Aproveito também para manifestar a vergonha que sinto ao ler a ocorrência deste tipo de situações. Não sei se é vergonha de ser portuguesa. É vergonha pelas decisões governamentais a que tenho (temos) vindo a assistir, nomeadamente no que refere à área da saúde. Vergonha pelos debates, palestras, entrevistas com os respectivos responsáveis, que se desdobram a justificar, argumentar, explicar a este povo que pretendem estúpido, que a saúde é artigo de luxo, é para quem pode e não para quem precisa, é secundário, é terciário. É uma grande maçada. Sobretudo para quem está doente. E na grande maioria das vezes para os familiares do doente. É um artigo que não tem brilho. Não tem características de Grande Produção. Não tem visibilidade internacional, não atrai turistas, não promove recepções, inaugurações, não fica bem na fotografia, não tem pistas de aterragem, nem sequer um freeshop. A área da saúde em Portugal mexe com doentes. É deprimente, triste. É um filme pobre. Há países em que a área da saúde promove a saúde. Em Portugal promove a doença, o arrastar da doença, a complicação da doença e consequentemente torna a doença cada vez mais cara. Talvez a forma como a saúde/doença é encarada, aliás desencarada, tenha efeitos a nível laboral. Talvez a saúde/doença crie dificuldades e demoras que impliquem ausências ao trabalho. Penalizadas. Penalizado o doente, penalizada a empresa, penalizado o país. País de doentes que só anda para a frente se tiver um TGV. Então compensa-se o país com um comboio, um estádio, uma ponte. É assim como um pai que tem um filho doente em casa, não o leva ao médico para não gastar dinheiro e depois compensa-o com uma playstation ou uns ténis de marca. Depois tira-lhe uma fotografia (doente - a doença não se vê na fotografia) e faz circular pelos amigos na Net, para todos verem que o miúdo se veste bem. Portugal é um país que trabalha a sua imagem internacional de País Que Se Veste Bem. Artigos de marca. Admitir que existe um problema de Saúde implica investir dinheiro na Saúde e Portugal tem outras prioridades. Nada de pieguices à Madre Teresa de Calcutá. Para isso existe a Misericórdia, mas essa, vá lá, tem o Euromilhões. Em Portugal os primeiros ministros correm e estão de saúde. É uma mensagem subliminar mas com o tempo os portugueses chegam lá. Se querem saúde - corram. Desatem todos a correr que a saúde vem por si. Ou alguém ainda não percebeu porque é que se fecham urgências? Porque obriga os doentes a correr até à urgência mais próxima e o mais certo é curarem-se pelo caminho. Quanto mais urgente fôr a doença, mais corre o doente. Está até bem visto e de facto poupa-se uma data de dinheiro, que sempre pode ser aplicado em mais uma IP, melhorando assim a circulação das ambulâncias, actualmente maternidades com rodas. É uma forma de pôr as crianças a nascer sobre rodas e assim já nascem a correr. Chegada aqui apercebi-me da essência da minha vergonha. Somos governados por dementes. E aqui temos um duplo problema. É que uma das características da demência é que o próprio não reconhece. Como não reconhece não se trata. E ninguém se atreve a dizer-lhe. Se esta campanha recolher MUITAS assinaturas acham que é uma achega? É uma indirecta? Pois! Não resolve! Então fica aqui uma sugestão : façam constar, que é desejo do povo, que de ora em diante, todos os governantes e respectiva parafrenália envolvente, deverão dar o exemplo e utilizar exclusivamente o Serviço Nacional de Saúde que oferecem ao dito povo. Nada de privados, clínicas, ou qualquer outro privilégio a que o povo também não tem acesso. Estes serviços deverão ser para uso exclusivo das empresas que produzem, e dos particulares que podem. Quem furasse este esquema deveria ser apontado, criticado, devidamente mediatizado pela negativa. Porque é haveriam de ter um tratamento preferencial ? Para sofrerem menos? Porquê? Ou para durarem mais? E quem é que lhes disse que nós queremos? Vão-se embora de vez. Vão correr para outro lado. Comprem uma passadeira e corram em casa. Deixem-nos em paz. É que estamos a correr para trás quanto ao que interessa e esta correria está a pôr o país de rastos.
M. David
Obrigado M. David pelo seu email.
Escreva-nos. Só com a critica que podemos nos reconstruir.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Enquanto é tempo lutemos para reformulação do P Funcional para o futuro H. T. os Santos que aniquila o único Hosp. Pediatrico do sul do País !
Obtivemos informações provenientes de diversas fontes que ainda neste mês Abril
“ O Plano Funcional do futuro Hospital de Todos os Santos” entrará em concurso internacional para elaboração do projecto arquitectónico.
O referido plano, no que diz respeito ao "Ambiente Pediátrico" que consta como “anexo” disseram ser contestado veementemente inclusive pelos interlocutores nomeados pela comissão ministerial e que melhor do que ninguém conhecem os seus meandros:
- Ouve-se assim dizer pelos corredores com conhecimento de causa que: é incompreensível que o representante da Intersalus (que se diz Pediatra) queira impor este plano!
- Ouve-se dizer que "as firmas de arquitectura consultadas sobre o actual projecto indagam se não seria mais lógico construir um edifício à parte mas funcionalmente integrado, respeitando a especificidade da individualidade da pediatria face à medicina de adultos ao invés de dispersar a assistência pediátrica e assim descaracteriza-la".
A empresa Intersalus está sedeada em Barcelona e foi nomeada pelo Ministério por critérios não explicitados. Nesta época de globalização, não temos nada contra o facto da Intersalus não ser portuguesa, trata-se apenas de um problema de competência, pois é obvio que os pediatras do Hospital D. Estefânia representados pela Comissão Médica e outros especialistas portugueses terem melhor conhecimento da nossa realidade para faze-lo! O seu afastamento intencional pode ser eventualmente interpretado como uma forma de excluir dos objectivos do Ministério qualquer planeamento na Rede de Cuidados Materno-infantis Hospitalares.( dizemos do antigo, pois queremos acreditar que a Nova Ministra como Pediatra , modifique esta politica)
Que lógica ou melhor ilógica querem impor a Saúde Materno-infantil?
Porque querem impor um Hospital Generalista, orientado para a doença aguda e mesmo para esta condição está sub – dimensionado, alienando-se dos cuidados continuados e crónicos?
Este plano segundo alguns é premeditado ou apenas descuidando da defesa da criança, reduz a saúde Materno-infantil apenas à lógica cega do lucro de eventuais parcerias, canalizando as crianças mais afortunadas para os novos hospitais privados criando um fosso com as carenciadas pelo tratamento diferenciado.
Estes hospitais geridos por grandes grupos financeiros capitalizarão também nossos impostos advindos das comparticipações pagas pelo estado, dinheiro duplamente extraído em última análise de nossos bolsos e que deveria ser gasto no bem-estar de nossas crianças a garantia do nosso futuro como comunidade e história (educação e Investigação na área materno infantil por exemplo). Note-se referimo-nos essencialmente a saúde materno - infantil.
Oxalá consiga-se deter esta tendência. Espera-se que a cegueira temporária de alguns ou propositada de outros que ignora a obrigação moral de amparar a criança (independente da classe social á que pertence) em todas as contingências.
Oxalá a recente alteração do regime de parcerias anunciadas pelo governo tenha repercussão sobre o actual plano funcional!
Nosso abaixo-assinado, já conta com mais de 75000 assinaturas!
Assim se antes apenas solicitávamos à Presidência da Republica
Que intercedesse pelo HDE, agora vamos mais longe, solicitando igualmente a todos os Partidos e ao Governo da Nação, que não permitam que a actual legislatura transforme-se em uma página negra pelo retrocesso em dois séculos da Saúde Materno Infantil em Portugal!
“ O Plano Funcional do futuro Hospital de Todos os Santos” entrará em concurso internacional para elaboração do projecto arquitectónico.
O referido plano, no que diz respeito ao "Ambiente Pediátrico" que consta como “anexo” disseram ser contestado veementemente inclusive pelos interlocutores nomeados pela comissão ministerial e que melhor do que ninguém conhecem os seus meandros:
- Ouve-se assim dizer pelos corredores com conhecimento de causa que: é incompreensível que o representante da Intersalus (que se diz Pediatra) queira impor este plano!
- Ouve-se dizer que "as firmas de arquitectura consultadas sobre o actual projecto indagam se não seria mais lógico construir um edifício à parte mas funcionalmente integrado, respeitando a especificidade da individualidade da pediatria face à medicina de adultos ao invés de dispersar a assistência pediátrica e assim descaracteriza-la".
A empresa Intersalus está sedeada em Barcelona e foi nomeada pelo Ministério por critérios não explicitados. Nesta época de globalização, não temos nada contra o facto da Intersalus não ser portuguesa, trata-se apenas de um problema de competência, pois é obvio que os pediatras do Hospital D. Estefânia representados pela Comissão Médica e outros especialistas portugueses terem melhor conhecimento da nossa realidade para faze-lo! O seu afastamento intencional pode ser eventualmente interpretado como uma forma de excluir dos objectivos do Ministério qualquer planeamento na Rede de Cuidados Materno-infantis Hospitalares.( dizemos do antigo, pois queremos acreditar que a Nova Ministra como Pediatra , modifique esta politica)
Que lógica ou melhor ilógica querem impor a Saúde Materno-infantil?
Porque querem impor um Hospital Generalista, orientado para a doença aguda e mesmo para esta condição está sub – dimensionado, alienando-se dos cuidados continuados e crónicos?
Este plano segundo alguns é premeditado ou apenas descuidando da defesa da criança, reduz a saúde Materno-infantil apenas à lógica cega do lucro de eventuais parcerias, canalizando as crianças mais afortunadas para os novos hospitais privados criando um fosso com as carenciadas pelo tratamento diferenciado.
Estes hospitais geridos por grandes grupos financeiros capitalizarão também nossos impostos advindos das comparticipações pagas pelo estado, dinheiro duplamente extraído em última análise de nossos bolsos e que deveria ser gasto no bem-estar de nossas crianças a garantia do nosso futuro como comunidade e história (educação e Investigação na área materno infantil por exemplo). Note-se referimo-nos essencialmente a saúde materno - infantil.
Oxalá consiga-se deter esta tendência. Espera-se que a cegueira temporária de alguns ou propositada de outros que ignora a obrigação moral de amparar a criança (independente da classe social á que pertence) em todas as contingências.
Oxalá a recente alteração do regime de parcerias anunciadas pelo governo tenha repercussão sobre o actual plano funcional!
Nosso abaixo-assinado, já conta com mais de 75000 assinaturas!
Assim se antes apenas solicitávamos à Presidência da Republica
Que intercedesse pelo HDE, agora vamos mais longe, solicitando igualmente a todos os Partidos e ao Governo da Nação, que não permitam que a actual legislatura transforme-se em uma página negra pelo retrocesso em dois séculos da Saúde Materno Infantil em Portugal!
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