Este comentário é como o responsável afirma de um funcionário antigo desta casa. Não se identifica , e deve ter as sua razões...A sua mensagem deixa transparecer uma pessoa honesta e um conhecimento fundamentado .
Fala de regime feudal e cargos heriditários. Poderia eventualmente também referir a metodologia na gestão e aquisição de recursos materiais e humanos e outros factos que se conhecem mas não são alterados, Ao querermos preservar o HDE, obviamente há que resolver problemas estruturais . Desde que se decida preservar este património e mante-lo como Hospital dedicado a saúde materno e que esta seja a premissa , colaboraremos não só com Dr. Correia de Campos, mas igualmente com qualquer outro Ministro ou C.A.
È licito contudo , do que se pode inferir , do que lemos e nos informamos ou fomos informados , da actitude e comportamentos do Ministro se a hipotese de preservar o Hospital foi alguma vez seriamente poderada ou se ao contrario todos os factos não foram pré dispostos pelo Ministério, de forma a que as coisas acontecessem como estão a acontecer. Isto claro nunca nos questionando sobre as intenções do Ministro que cremos serem as melhores.
Considero igualmente importante o facto de o Sr. (a) que enviou-nos o comentário, ao falar de mudança de actitude, adopta uma postura inclusiva, ou seja êle não se exime, mas se inclue no esforço autocritico deve ser de todos,
Eis o comentário à que nos referimos e agradecemos ao autor o seu envio.
"Meus amigos, muito prezo o HDE. Cresci com ele e cresci nele. Mas atenção... se o quizermos manter como tal temos que perceber o porquê de tantas mudanças, e a própria tentativa de aniquilamento. As Mafias, isto é as alianças empedernidas que se estabeleceram ao longo destes 130 anos, com cargos hereditários tal como num regime feudal, são a verdadeira causa porque o ministro Correia de Campos quer dissolver esta Instituição. Se queremos a manutenção do HDE temos que repensar os nossos comportamentos e atitudes. Se não então é porque os nossos interesses não têm dignidade. Então não somos dignos de nos armar-mos em salvadores da finalidade para que esta Instituição foi criada. Igualdade de tratamento e atendimento para todos."
21 de Junho de 2007 15:48
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1 comentário:
O funcionalismo público em Portugal foi desde e sempre um espaço ligado ao Poder e constituiu uma especie de coutada onde se fidelizavam os seus Servidores a através de " tachos " distribuidos em pseudo concursos em que só por acrescimo se exigia capacidade e perfil de execução. No regime salarista a fidelização foi mesmo imposta contractualmente através de documento assinado em que o funcionario jurava abstenção de qualquer critica ao governo ou relação com "entidades subversivas". O cidadão comum sentia-se intimidado perante a prepotência de muitos funcionários publicos que actuavam e a teia burocratica kafkiana que os obrigava o utente a duplicar-se em actos servis pelas multiplas instituições. A esta caracteristica não fugiram os Hospitais e inclusive o Hospital D. Estefânia. O 25 da Abril veio a modificar apenas as " moscas", não alterando a essência das estruturas . Os sindicatos quanto a mim tiveram uma politica oportunista, procurando arrebanhar adeptos no minimo denominador comum dos interesses imediatos e principalmente de natureza salarial. Nunca ouvi um sindicato falar em deveres dos funcionarios perante a população que lhes paga e que deveriam servir. Nunca vi um sindicato lutar activa e em situações concretas contra o desperdicio de dinheiros publicos, corrupção em concursos, atropelos nas colocações etc. Por esta razão não sindicalizei e isto apesar de ter lutado e continuar a lutar pela liberdade de associação e sindical que considero um direito inalienavel. A fidelização dos sindicatos aos Partidos Politicos é outro facto caracteristico das multiplas fidelizações que caracterizam a sociedade Portuguesa.
Os cargos de Direcção são hereditários e agora partidarios e preza-se a "lealdade" ou melhor dizendo o compadrio. Os cargos de Direcção deveriam ser fruto de de concursos periodicos , alicerçados em programas de objectivos em a que a execução seria deveria ser controlada.
Considero desta forma que as premissas do comentarista anonimo são em parte verdadeiras.
Digo em parte, pois existem muitos profissionais dedicados de alma e coração a profissão.
As conclusões quanto a mim e que são com devido respeito falsas. O "Sr. Ministro" quer destruir esta Instituição que no essencial e ao contrario de muitas outras tem cumprido o seu papel. Utiliza argumentos que deveriam servir sim para melhora-la. Se admite falaciosamente que os "privados" tem o dom da " boa gestão" tal não è verdade em Portugal. Basta contabilizar o numero de empresas que entram em falência no nosso Pais. Nunca tivemos Burguesia inovadora e aquela actualmente ligada ao sector finaceiro, ao invés de investir no aparelho produtivo,com uma "estratégia" que considero cega e estupida lança-se vorazmente ao Sector da Saúde julgando ter encontrado uma mina onde poderá arrecadar o dinheiro pago em impostos através das convenções e algum capital das classes médias altas obrigando-nos a pagar duas vezes a nossa saúde passando agora por mais um intermediario, eles nos seus Hospitais contruidos a " La Minute" onde se vão destruindo as antigas unidades de saúde.
Utilizam todos os meios para destruir o SNS de forma a eliminar a "concorrência desleal". Descridibilizam o Sistema de Saúde por todas as formas de que dispõe através dos meios de comunicação social que habilmente controlam
Esquece-se que sem sector produtivo, onde deveria centrar o seu esforço de investimento, em pouco tempo não haverá impostos a cobrar à ninguem pois estarão todos desempregados. Esquece-se também que sem Hospitais Publicos com carreiras profisionais que apostam em destruir , deixaram de existir profissionais competentes e não existiram quadros para trabalhar nas unidades privadas que criaram.
Em fim comportam-se como parasitas sem cerebro, sem alma e sem coração que destroem o " o Hospedeiro" que os alimenta. São chamados os virus mutantes novos que não sobrevivem pois matam todos os corpos que infestam.
Estas são infelizmente as caracteristicas da nossa "elite economica" . Os nossos netos se tudo lhes correr a seu contento os verão chorar os estragos inevitaveis de novas revoluções dos que excluidos psica, cultura e materialmente deste Portugal "lustroso" e de dinheiro facil não querarão guardar qualquer memória e infelizmente igualmente do que tinha de bom e digno.
Sr. Minsitro não destrua o que não contruiu! Ajude outrossim os profissionais deste hospital a melhorar o que esta mal e que vem de gerações. Não permita que em seu nome utilizem argumentos verdadeiros para justificar fins erroneos ou eventualmente excusos.
Desafio que o Ministro e actuais gestores que auscultem os profissionais deste Hospital.
E já agora opino igualmente aos sindicatos corresponsaveis como todos nós pelo estado a que as coisas chegaram, se ao invés de juntarem no mesmo saco argurmentos correctos e clarividentes com reevindicações egoistas e economicistas, se por certo teriam mais sucesso nas suas "greves gerais".
Pedro Paulo Alves Mendes
Responsável por este comentário.
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