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ECHO (European Children's Hospitals Organisation)
Who we are. Our mission: ECHO advocates for children's health and their access to the best quality care through the collaborative work of children's hospitals.
A importância de garantir o direito das crianças a uma assistência hospitalar de qualidade durante a epidemia COVID-19
Os hospitais pediátricos foram criados com o objectivo de defenderam e garantirem os direitos das crianças a cuidados de saúde diferenciados e adaptados as suas necessidade psico fisiológicas .
Neste momento critico A defesa deste direito torna-se crucial pois trata-se de garantir que as crianças sejam protegidas durante todas as fases da pandemia COVID-19.
A European Children’s Hospitals Organisation (ECHO) é uma nova organização que representa os principais hospitais pediátricos de toda a Europa, muitos dos quais ajudaram a liderar a resposta COVID-19 local e regionalmente.
Os Hospitais pediátricos que são membros da ECHO e os responsáveis pelo diagnostico e o tratamento das doenças pediátricas agudas e cronicas responsabilizando-se pelo seguimento de um conjunto de pacientes que se caracterizam por serem os mais complexos e vulneráveis de toda a sociedade.
A nossa missão é fazer valer nossa voz coletiva de apoio aos hospitais pediátricos solicitando que os sistemas de saúde pública garantam que os direitos das crianças sejam considerados prioritários no “novo normal “ do COVID-19.
De acordo com a OMS, a pandemia COVID-19 é “uma grande onda com varias replicas ” e os sistemas de saúde devem estar prontos para surtos recorrentes, seja qual for a estação do ano.
Em contraponto a imprevisibilidade do surto atual de Covid 19, os outros vírus respiratórios são sazonais, preenchendo de forma previsível os leitos disponíveis de unidades de cuidados intensivos (UTI) que de adultos quer infantis dos diversos hospitais.
Com a diminuição da taxa de vacinação devido a pandemia. compreende-se o temor de que um aumento de casos nas doenças evitáveis pela vacinação venham a complicar ainda mais a capacidade de atendimento nos hospitais no inverno que se advinha
Para além destas preocupações, acresce uma outra adicional devido a reabertura de escolas e consequentemente a existência de uma maior numero de Pais voltando ao trabalho agravando o o perigo de aumento do número de casos COVID-19 , cujas taxas de infeção permanecem desconhecidas.
Dada a possibilidade de um aumento futuro de casos de COVID-19 e o aumento previsível de doenças sazonais, a preparação previa dos Hospitais e Serviços para esta eventualidade é fundamental de forma a garantir a segurança de crianças e jovens.
Embora poucas crianças tenham exigido internamento hospitalar por causa do COVID-19, o isolamento social, o encerramento de escolas, o atraso ou desmarcação de consultas, o aumento do estresse familiar e o enfraquecimento das estruturas de retaguarda do Estado repercutem-se negativamente sobre a saúde infantil.
Com sistemas de saúde orientados quase exclusivamente ao atendimento de adultos indagamos aos poderes públicos se como sociedade, não estaremos a descurar a proteção adequada do direito das crianças à saúde durante a pandemia.
Durante a pandemia o atendimento nos serviços pediátricos quer dos hospitais generalistas quer dos terciários diferenciados como por exemplo os de transplante de órgãos de quimioterapia ou reabilitação foram comprometidos.
Nove em cada dez pacientes com doenças raras dizem que os seus cuidados foram interrompidos ou prejudicados.
Os hospitais pediátricos são os principais prestadores de cuidados médicos complexos e altamente especializados em crianças internadas ou em ambulatório, incluindo as doenças raras.
Preservar a qualquer custo os hospitais infantis é essencial para garantir que crianças e jovens tenham acesso as consultas que necessitam em tempo útil, especialmente aqueles que requerem cuidados especializados ou complexos.
A telemedicina é apenas parte da solução, e os profissionais de saúde e a capacidade de atendimento dos pacientes necessitam de recursos presencias e adicionais.
Durante a pandemia, muitos hospitais infantis aumentaram exponencialmente sua capacidade em telemedicina. Consideramos, contudo, que esta ampliação deve saber equilibrar os benefícios de maior acessibilidade sem comprometer a qualidade, e o agravamento de condições sociais e de saúde deficientes.
Manter as crianças saudáveis é indissociável de as comunidades em que habitam serem também saudáveis.
Uma característica marcante da pandemia COVID-19 foi a necessidade de aumentar rapidamente o número de leitos de UTI para adultos.
Em varias circusntancias os hospitais pediátricos contribuíram de várias maneiras, incluindo a transferência de equipe temporariamente para UTI de adultos, consolidando o atendimento pediátrico e em casos extremos cuidando de adultos em unidades pediátricas.
Circunscrever o atendimento pediátrico a áreas físicas e geográficas especificas (Hospitais Pediátricos por exemplo) para alem de aumentar o espaço destinado ao atendimento de adultos, igualmente reduz a necessidade de crianças e famílias frequentarem áreas com alto risco potencial de contaminação, como as salas de espera de hospitais generalistas em que existe mistura entre crianças e adultos
Tal abordagem envia uma mensagem à comunidade de que os hospitais pediátricos são seguros e prontos para cuidar dos pacientes.
Numa perspetiva de futuro, os hospitais pediátricos devem trabalhar em colaboração com os serviços de saúde primários criando estratégias comuns em benefício da saúde pública.
Com o aumento sazonal das doenças respiratórias, as UTIs pediátricas poderão atingir a sua capacidade máxima. Garantir o direito da criança a cuidados de saúde de alta qualidade exigirá experiência profissional e recursos suficientes disponíveis, como ventiladores ou equipamentos de monitorização. Isso pode representar um desafio uma vez que a disponibilidade de equipamentos dedicados para pediatria é limitada e estas devido a sua menor representação estatística merecem menor atenção dos organismos competentes
Os testes de identificação rápida de casos positivos de COVID-19 irá agilizar o tratamento e ajudar na gestão de recursos, como por exemplo na distribuição de equipamentos de proteção individual.
Os sistemas informáticos de gestão em saúde para alem de ajudar a rastrear e gerenciar informações como disponibilidade de leitos e cuidados intensivos permitem racionalizar às necessidades e utilização de recursos limitados.
A criação de sistemas de compartilhamento de informação e de dados numa perspectiva transfronteiriça é importante para compreender e atuar rapidamente as características clínicas e epidemiológicas dos surtos e implementar políticas comuns de prevenção e tratamento.
Politicas de formação inter hospitalares levaram ampliação de oportunidades educacionais com troca de conhecimentos entre as diversas equipes também irá garantir que os hospitais pediátricos estejam preparados para um aumento repentino de pacientes em estado crítico.
A pandemia causou em alguns serviços de urgência uma diminuição no atendimento em alguns serviços de urgência pediátricos , com eventuais sequelas graves e duradouras em algumas crianças.
Esta fuga aos Hospitais e serviços de urgência teve origem no receio dos pais ao risco de contaminação, ou ao internamento e separação dos seus filhos.
Estes acontecimentos obrigam a necessidade de melhorar e desenvolver estratégias de comunicação com as populações esclarecendosobre quando se deve recorrer a cuidados médicos hospitalares e garantindo que todas as crianças no caso de internamento terão o direito ao acompanhamento de um dos pais ou do responsável de educação.
As estratégias para minorar o risco de infecção covid 19 em meio hospitalar inclui a obrigatoriedade de separação de circuitos e criação de barreiras físicas entre as áreas de atendimento geral e as de triagem e internamento covid 19.
Deve existir informação publica que descreva de forma detalhada as ações que os hospitais estão a implementar.
Os Hospitais pediátricos são a referencia e as pricipais âncoras de atendimento das crianças em nossas comunidades.
São eles a quem cabe a responsabilidade moral de garantir
que os direitos das crianças sejam protegidos e promovidos
no planejamento de resposta à pandemia. Esta orientação se aplica não só
à resposta COVID-19, mas também ao planejamento para a eventualidade de
futuras pandemias.
Concluímos alertando que os Hospitais Pediátricos, Sistemas de Saúde, e os responsáveis pelas políticas de saúde devem agir de imediato para garantir que os direitos das crianças e dos jovens estejam no centro das suas atenções envidando todos os esforços de planejamento da resposta dos surtos pandémicos atuais e futuros.
Declaramos não existirem conflito de interesses
*Jennifer McIntosh, Montserrat Esquerda Aresté, Joe Brierley, Cristina Giugni, Kathleen S McGreevy, Francisco José Cambra, Dick Tibboel, Ruben Diaz, Alberto Zanobini, on behalf of the European Children’s Hospitals Organisation jmcintosh@sjdhospitalbarcelona.org European Children’s Hospitals Organisation, Barcelona, Spain (JM, RD, AZ); Paediatric Intensive Care Unit (FJC), and International Department (RD, JM), Sant Joan de Déu Barcelona Children’s Hospital, Barcelona, Spain; Borja Bioethics Institute-URL, Barcelona, Spain (FJC, MEA); Paediatric Bioethics Centre, Great Ormond Street Hospital, London, UK (JB); Department of Paediatric Surgery, Erasmus University Medical Center, Rotterdam, Netherlands (DT); and Paediatric Intensive Care Unit (CG), and Office of International Relations and the Promotion of Innovation (KSM), Meyer Children’s Hospital, Florence, Italy (AZ) 1 Santoli JM, Lindley MC, DeSilva MB, et al. Effects of the COVID-19 pandemic on routine pediatric vaccine ordering and administration — United States, 2020. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 2020; 69: 591–93. 2 KidsRights. Kids Rights Index 2020: ‘Children’s Rights Globally Under Pressure Due to Corona Crisis’. 2020. https://kidsrights.org/news/childrensrights-globally-under-pressure-due-to-corona-crisis/ (accessed Aug 26, 2020). 3 EURORDIS Rare Disease Europe. EURORDIS Rare Barometer survey on COVID-19. 9 in 10 people living with a rare disease experiencing interruption in care because of COVID-19. 2020. http://download2. eurordis.org/documents/pdf/PressRelease_COVID19surveyresults.pdf (accessed Aug 26, 2020). 4 Marcin JP, Rimsza ME, Moskowitz WB. The use of telemedicine to address access and physician workforce shortages. Pediatrics 2015; 136: 202–09. 5 Barney A, Buckelew S, Mesheriakova V, Raymond-Flesch M. The COVID-19 pandemic and rapid implementation of adolescent and young adult telemedicine: challenges and opportunities for innovation. J Adolesc Health 2020; 67: 164–71. 6 Tallaght University Hospital. CHI advise of temporary relocation of acute paediatric services at CHI at Tallaght. 2020. https://www.tuh.ie/ News/%C2%A0CHI-advise-of-temporary-relocation-of-acute-paediatricservices-at-CHI-at-Tallaght.html (accessed Aug 26, 2020). 7 Assistance Publique–Hôpitaux de Paris’ response to the COVID-19 pandemic. Lancet 2020; 395: 1760–61. 8 Lazzerini M, Barbi E, Apicella A, Marchetti F, Cardinale F, Trobia G. Delayed access or provision of care in Italy resulting from fear of COVID-19. Lancet Child Adolesc Health 2020; 4: e10–11. 9 Thornton J. Covid-19: A&E visits in England fall by 25% in week after lockdown. BMJ 2020; 369: m1401. 10 Wong LE, Hawkins JE, Langness S, Murrell KL, Iris P, Amanda S. Where are all the patients? Addressing covid-19 fear to encourage sick patients to seek emergency care. NEJM Catal 2020; published online May 14. DOI: 10.1056/ CAT.20.0193
Nota: tradução adaptada do texto original em anexo de responsabilidade exclusiva de Pedro Paulo Mendes
TEXTO ORIGINAL :
Safeguarding children’s right to health in hospital during COVID-19 Children’s hospitals have long been advocates of a rights-based approach to health care and will be crucial for ensuring that the rights of children are protected during future COVID-19 surges. The European Children’s Hospitals Organisation (ECHO) is a new organisation representing leading paediatric hospitals across Europe, many of which helped to lead the COVID-19 response locally or regionally. ECHO members provide acute and long-term disease management, caring for some of the most complex and vulnerable patients in society. Using our collective voice, we call on children’s hospitals and public health systems to ensure that the rights of children are central in the new normal of COVID-19. According to WHO, the COVID-19 pandemic is “one big wave”, and health systems should be ready for recurrent surges in cases, regardless of the season. However, other respiratory viruses are seasonal, predictably filling adult and paediatric intensive care unit (ICU) beds. With falling vaccination uptake further exacerbated by the pandemic, fear has grown that an increase in vaccine-preventable diseases could complicate the situation in hospitals this winter.1 Additionally, how the reopening of schools and more parents heading back to work will affect COVID-19 infection rates remains unknown. Given the possibility of a future surge in COVID-19 cases and the predictable increase in seasonal illness, preparation is imperative to ensure the safety of children and young people. Although few children required admission to hospital because of COVID-19, social isolation, school closures, missed or delayed medical care, increased family stress, and the loss of state safeguarding structures have all taken their toll on child health. With the nearly exclusive focus on adult care, the argument could be made that as a society we did not adequately protect children’s right to health during the pandemic.2 During the pandemic, general and complex paediatric services such as organ transplantation, chemotherapy, or rehabilitation were discontinued or limited. Nine of ten patients with rare diseases said their care had been interrupted.3 Children’s hospitals are the primary providers of highly specialised complex inpatient and outpatient medical care, including for rare diseases. Maintaining safe access to children’s hospitals will be essential to ensuring that children and young people have consistent and timely access to the care they need, especially for those requiring specialised or complex care. Telemedicine is part of the solution, but healthcare providers and patients need additional resources.4 During the pandemic, many children’s hospitals increased their telemedicine capacity exponentially. Further scaling up should consider the benefits of increased accessibility and safety while being mindful of the limits around quality, confidentiality, and the potential to exacerbate existing health inequities.5 Keeping children healthy means keeping communities healthy. A hallmark of the COVID-19 pandemic was the need to quickly increase the number of adult ICU beds. Children’s hospitals contributed in a variety of ways, including moving staff temporarily to adult ICUs, consolidating paediatric care, and even caring for adults in paediatric units.6 Consolidating paediatric care in one or two locations can increase space for adult care but can also reduce the need for children and families to visit potentially high-risk areas, such as waiting rooms of adult emergency departments. Such an approach sends a message to the community that children’s hospitals are safe and ready to care for patients. Looking forward, children’s hospitals should work with public health agencies to determine how they can best support public health needs. With the seasonal increase in respiratory illness, paediatric ICUs will probably find themselves at capacity. Ensuring a child’s right to high-quality health care will require having both professional expertise and sufficient resources available, such as ventilators or monitoring equipment. This might pose a challenge, since the availability of paediatric-specific equipment is often scarce because of low volume needs. Rapid identification of COVID-19 positive cases will streamline treatment and help to conserve resources such as personal protective equipment. Digital health systems to help track and manage issues such as bed availability and critical care pathways are another way to address resource needs.7 Cross-border data sharing systems are also needed to pool data and rapidly understand the clinical and epidemiological features of outbreaks.
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