domingo, 28 de fevereiro de 2016

......CONSIDERAÇÕES DE ORDEM PESSOAL E EXTEMPORÂNEA SOBRE DOIS ACONTECIMENTOS RECENTES .....PRIMEIRA : MATERNIDADE ALFREDO DA COSTA- LUTAR POR UM CENTRO MATERNO INFANTIL DIFERENCIADO EM LISBOA....UMA OBRIGAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE!

                 

 
MATERNIDADE MAGALHÃES COUTINHO
UM EDIFICIO  MODERNO ....UM CENTRO DE EXCELÊNCIA ....
CRIMINOSAMENTE ABANDONADO.....NO INTERESSE DE QUEM?!!!!!.....
JULGAMOS  QUE ESTE NÃO ERA A VONTADE DOS PROFISSIONAIS DA MATERNIDADE ALFREDO DA COSTA

Ao invés dividir / destruir:
Reunir numa unica Direcção Clinica Maternidade ao Hospital Pediatrico - criar as  bases para um futuro
CENTRO MATERNO INFANTIL DE LISBOA E DE REFERÊNCIA PARA O SUL DO PAIS.


OS  FACTOS :

MATERNIDADE ALFREDO DA COSTA GANHA A PROVIDÊNCIA CAUTELAR


"O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa aceitou nesta quinta-feira a providência cautelar interposta por um grupo de cidadãos que contestam o fecho da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), impedindo desta forma o encerramento da unidade que tinha já sido decidido pelo Ministério da Saúde.
A acção popular foi apresentada por três dezenas de cidadãos, entre responsáveis da MAC, o antigo ministro da Saúde António Correia de Campos e o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, todos representados no processo pelo advogado Ricardo Sá Fernandes.


"São boas notícias", disse o advogado ao PÚBLICO, confirmando que com esta decisão "não podem fechar a MAC". "Não a podem fechar pelo menos até que se criem condições que repitam o que ali existe. Não estamos agarrados ao edifício", adiantou."


PRIMEIRA  CONSIDERAÇÃO PESSOAL E   EXTEMPORÂNEA:

O Processo da Maternidade Alfredo da Costa e Magalhães Coutinho  são  dois  exemplos  da  irresponsabilidade e leviandade   com que alguns governantes  tomam  as  decisões estratégicas  no nosso Pais .
Ao invés da previa consulta  técnicos e profissionais  ,  avaliadas as várias hipóteses alternativas, de proceder-se a uma  consulta  publica ,  de  se  agir  independente da pressão dos Lobies,  se atua  de forma inversa,  faltando inclusive as promessas,  eleitorais ou declaração de intenções , quando estavam  na  oposição.

 Muitas  destas decisões resultaram   em   desperdícios  financeiros e humanos incalculáveis,  não  escrutinados ou  denunciados  e que no seu conjunto  conduziram  a  degradação   económico e social que o  Pais  atravessa.

 As orientações referentes  a Maternidade Alfredo da Costa e Magalhães Godinho são apenas mais um exemplo da  inépcia irresponsável  e quiçá interessada e servil aos grupos financeiros  de parte significativa dos  Ministros da Saúde  e respectivos  Secretários de Estado dos últimos 30 anos. (Arlindo de Carvalho, que iniciou o ciclo, esta as contas com justiça....)

Para os leitores que não estejam  ao par,  nos grandes centros urbanos do mundo civilizado  as  Maternidades e os Hospitais Pediatricos estão agregados em relações de proximidade / contiguidade   nos denominados   "Centros Materno Infantis  (nota2) . Esta relação umbilical / interface entre a duas instituições é obrigatória  quer  no  seguimento das gravidezes de risco ( mãe e feto  incluídos) quer no caso  de um diagnostico pré natal da existência de  malformações fetais.


Nestas duas situações a  existência da "Unidade de Cuidados Intensivos  Neonatais" - UCIN e do apoio da Pediatria Médica e Cirúrgica  Pediatricas sediadas no  Hospital Pediatrico contiguo a Maternidade é obrigatória e é para onde transitaram de imediato a seguir ao parto os neonatos , não correndo  riscos de manipulação em crianças débeis com parâmetros vitais instáveis ,  caso  se tiver que efectuar uma transferência a distância através INEM para HDE   como agora acontece.

-Os edificios da  Maternidade Magalhães Coutinho  e o  Hospital D. Estefânia estão ligados fisicamente  através de uma ponte aérea  coberta  e  obedecia aos Padrões Internacionais exigidos a um   Centro Materno Infantil  de excelência  que era, mas   foi  encerrada  " sem qualquer justificação previa " no ultimo dia mandato pela Dra. Ana Jorge , para ser integrada na Maternidade Alfredo da Costa ( ver noticia no Blog e manifestação dos Profissionais quando do encerramento.

-Tratou-se de um ato  precipitado e insensato ou com  objetivos obscuros.  Notar que não se  ouviu do Prof. Correia de Campos  qualquer  critica contra aquele ato inaceitável do ponto de vista técnico e humano em contraste com as sua  posição critica  e pró activa contra o  encerramento na Maternidade  Alfredo de Costa.(nota1)


No Ministério da Saúde do  governo  cessante  de responsabilidade do  Dr.  Paulo Macedo,  acreditamos que devido a influencia e  orientação dos seus Secretario de Estado / Assessores ,  resolveu-se  reverter  a situação de forma  intempestiva  e imponderada ,  decidindo-se  desta vez    encerrar a Maternidade Alfredo da Costa e integrando-a na Magalhães Coutinho,  que seria  reaberta.
 Este decreto , como o  anterior  enfermou  dos mesmos erros, se não vejamos :

-Não atendeu ao  limite do  espaço físico limitado da Magalhães Coutinho,  incomportável para  as dimensões da Alfredo da Costa.

-As obras preparatórias na Maternidade  M. Coutinho  e HDE  com vista a  concretizar a  transferência  levaram   ao encerramento de enfermarias  pediatricas do Hospital D. Estefânia obrigando a sobre lotação insalubre e com riscos epidemiológicos das outras quando dos  períodos de maior afluência, o que é inaceitável do ponto de vista sanitário.

-Não se  atendeu ao valor  histórico, técnico - cientifico e assistencial de excelência da Maternidade Alfredo da Costa,  justificando  a justa  revolta dos seus profissionais e a impugnação vitoriosa do processo.


O "Lucro" para a PPP
e Hospitais privados "são a  musica
de fundo "  que move a actual
reforma Hospitalar......













 Quer a decisão do encerramento da Magalhães Coutinho , quer a da Alfredo da Costa desenharam-se sobre a " musica de fundo" dos Hospitais Privados a queixarem-se de os Hospitais Públicos estarem a desviar-lhes clientela das maternidades ( alias os seus representantes estão omnipresentes no aparelho  de Estado) e vieram a corresponder mais um golpe covarde no SNS, pois em utima instância lhes retiraram competências e camas.





Se o seu objectivo fosse o de  aperfeiçoar  e não o de  desarticular a Assistência Materno Infantil ,  teriam  legislado nos sentido da  articulação entre a  Maternidade Alfredo da Costa  e da  Magalhães Godinho através de um única Direção Clínica , pré figurando a reorganização da  rede referenciarão materno- infantil da zona da Sul do Pais com vista ( ou não )  eventual  evolução  futura para um Centro Materno Infantil diferenciado num novo Centro Hospitalar . 
Como tudo leva a crer que o seu  objectivo final foi o de desarticular as três Instituições,  criando-se   uma guerra artificial e fratricida , que as  amputou mutuamente , com  prejuízos claros para a assistência  da Mãe e da Criança na Zona Sul do Pais.


- Neste momento o edifício da Magalhães Coutinho  está  "as moscas"  e em risco de  degradação o que  se afigura como um crime contra o Património Publico.
  ( afinal somos  um pais rico ......)

- Os recém nascidos que necessitem de exames diferenciados ou de  cirurgia são
   na actual conjuntura  transportados  pelo INEM ,  para o Hospital de D. Estefânia  comporta riscos que seriam evitaveis com a reabertura da Maternidade no Hospital D. Estefânia.

Indagamos:  Quem se  responsabilizará  por estas decisões  e  assumirá as  consequências morais de algum malogro  como   aquele que infelizmente aconteceu  na Neurocirgia do  HSJ/CHLC ?

EM CONCLUSÃO :  OS PROFISSIONAIS DO HOSPITAL D. ESTEFÂNIA E MATERNIDADE ALFREDO DA COSTA DEVEM INSISTIR JUNTO AO MINISTÉRIO A REABERTURA  DA MATERNIDADE MAGALHÃES COUTINHO DEVERAM FUNCIONAR DE  FORMA INTEGRADA E COMPLEMENTAR. 



Os profissionais  Alfredo não irão  vender a alma ao "diabo"
e deslocarem-se acriticamente para o novo Hospital Generalista de Chelas como pretende Correia da Campos. 
SIGAMOS O EXEMPLO DE  DUBLIN ESTÃO A CONSTRUIR UM NOVO CENTRO MATERNO INFANTIL. Estaremos dispostos   a  recusar a menoridade a que os  diversos Ministérios os tem relegado,  exaberbando lógicas corporativas  e divisionistas fratricidas  em prejuízo  da Assistência Materno Infantil diferenciada na Zona Sul do Pais?













Responsabilidade : Esta postaggem reflecte a opinião de Pedro Paulo Mendes , Ilustrações Jornalista Manu......









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