domingo, 9 de março de 2014

“A PRESSA É INIMIGA DA PERFEIÇÃO” OU CRITICA AOS ARGUMENTOS APRESENTADOS PELO DO DR. LUÍS CUNHA RIBEIRO , PRESIDENTE DA ARS DE LISBOA NO DEBATE DO DIA 10 DE DEZEMBRO DE 2013 SOBRE A COLINA DE SANTANA




"Mude,  mas inicie devagar,  pois a direcção é mais importante que a velocidade" Clarice Lispector



ALGUMAS  CONSIDERAÇÕES CRITICAS AOS  ARGUMENTOS  APRESENTADOS PELO  DO DR. LUÍS CUNHA RIBEIRO , PRESIDENTE DA ARS DE LISBOA NO DEBATE DO DIA 10 DE DEZEMBRO DE 2013 SOBRE A COLINA DE SANTANA EM DEFESA DO ANTIGO PROJECTO  E PLANO FUNCIONAL DO HOSPITAL DE TODOS OS SANTOS  QUE FORAM  ANULADOS  DEVIDO A " IRREGULARIDADES E VICISSITUDES PROCESSUAIS"



INTRODUÇÃO:



Não  fosse   a  Associação Portuguesa Arte Outsider,  (APAO)”    (Património do H. Miguel Bombarda) que organizou um movimento critico amplamente participado e na sua sequência um abaixo assinado endereçado  Assembleia Municipal de Lisboa, solicitando  a  reprovação  em bloco  dos  projectos arquitetónicos imobiliários  que  transformariam o  espaço histórico dos antigos Hospitais Civis de Lisboa em condomínios privados,  neste momento estes  projectos, já estariam  aprovados  pelos   desprevenidos  Deputados da Assembleia Municipal de  Lisboa , pois a sua apreciação  foi  estrategicamente  agendada  para  uma amena tarde véspera de ferias no  dia 31 de Julho de 2013.

No seguimento  destes atropelos e em resposta ao abaixo assinado  a Arquitecta Helena Roseta , (que neste  mandato é  a  Presidência  da Assembleia Municipal de Lisboa ) ,  promoveu um conjunto de debates temáticos abertos a participação publica versando  sobre as  implicações e consequências  da desactivação  dos antigos Hospitais Civis de Lisboa , que  fazem parte do  Centro Hospitalar de Lisboa Central  e da Colina de Santana.

Estes debates,  estão disponíveis online e  iniciaram-se no dia 1O de Dezembro de 2013 como tema  “O ponto em que nos encontramos” . Coube ao Dr. Luís Cunha Ribeiro - Presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, fazer a 1ª intervenção.  http://debaterlisboa.amlisboa.pt/651000/1/index.htm

 Do nosso ponto de vista o  seu discurso  será   apenas mais um eco do coro  consertado dos  vários gestores  ideologicamente envolvidos na  estratégia da   “reorganização” da rede hospitalar, já  em curso desde já alguns anos e em que um  dos seus paradigmas essenciais será  a implementação das   PPP para a Saúde . (referimos-nos aos Ex mos Senhores ex Ministros da Saúde: Arlindo de Carvalho, Luís Filipe Pereira e António Correia  de Campos )
  O Dr. Luís Cunha Ribeiro,  expressou com toda a sua   convicção,   a urgência da construção imediata do Hospital de Todos os Santos e a mais rápida  possível  desactivação dos actuais Hospitais de Lisboa  Central.
Devido  a importância e implicações   desta matéria para os   cuidados de saúde para Lisboa e Zona Sul do Pais  analisaremos seguidamente  de  algumas  das justificações apresentadas na sua  intervenção no  1º debate.
 Todos os seus argumentos  redundaram   em defesa   da necessidade imediata da construção imediata do Hospital de Todos os Santos . 

CRITICA  AO ARGUMENTO QUE É “URGENTE”  CONSTRUIR O NOVO HOSPITAL DEVIDO AS SOFRÍVEIS CONDIÇÕES DE HOSPITALIDADE DOS DOENTES INTERNADOS NOS ANTIGOS HOSPITAIS CIVIS DE LISBOA

O discurso do  Dr. Luís Cunha Ribeiro  se distinguiu  pelo  ênfase  preocupado que depositou nas suas palavras expressando   a urgência  da construção do Hospital de Todos Santos devido   ao   desconforto e frio  que os doentes no inverno estariam sujeitos  nas enfermarias do Hospital de São José .
 Relacionou esta situação   com o pé direito alto dos edifícios  e maior circulação de ar  e assim  deficiente isolamento térmico.   Na mesma ordem de ideias referiu-se que a maior incidência de infecções complicando cirurgias   no Centro Hospitalar de Lisboa Central devido a  fendas nas suas paredes.    (agradecíamos que facultasse o trabalho de  investigação em que fundamentou  a sua tese )
. Não  deixando de concordar  benefícios  de que um novo edifício respeitando  as modernas regras de isolamento térmico, permitimos-nos contudo   algumas duvidas sobre a consistência da sua argumentação .
Os arquitectos dos edifícios  públicos  antigos  entre outras razões optam pela altura dos pisos era a  salubridade devido a melhor circulação de ar.     ( este conceito foi explicitamente aplicado na construção do Hospital D. Estefânia)
Por outro lado   a  grande   espessura da paredes  de pedra e a massa de barro e  calcário  que as liga , que se  caracterisa  pelo isolamento  do exterior das temperaturas extremas menos no  inverno mas principalmente no  verão.
Do que indagamos , no inverno,  nas enfermarias do Hospital de São José , os doentes  queixam-se de calor e não de frio devido ao sistema de aquecimento por vezes não estar regulado ( corrijam-nos se não for assim)
Disseram-nos sim de que os doentes queixam-se de frio  quando são transportados  nos corredores indevidamente agasalhados ao irem fazer algum exame auxiliar
Estes  problemas técnicos  tem contudo soluções  mais baratas  aos contribuentes do que construir um equipamento hospitalar a toda pressa e cujo plano funcional e projecto não tenham sido amuderecidos com consequencias muito mais graves no futuro.
 Sobre o preço de manutenção dos Hospitais antigos, seria interessante que os que apostam na sua desactivação  , se interrogassem o  porque  de alguns povos  (os ingleses e franceses  por exemplo ) optarem em muitos casos   pela sua preservação e renovação. 
http://www.google.pt/searchbiw=1241&bih=680&tbm=isch&imgil=NEdDl8JkgBU0oM%253A%253Bhttp%253A%252F%252Ft3.gstatic.c
Não nos parecerá  que as  opções destes povos devam-se  a sua  inépcia ou  serem esbanjadores que gastam "acima das suas possibilidades",  como por exemplo;  a construir auto estradas sub utilizadas  e a pagar rendas as PPP milionárias  como na Brisa  ou  no caso dos hospitais a ESTAMO  pela utilização de  bens públicos  de  que  indevidamente querem nos desapropriar.
 Poderiam ao contrario  solicitar a “ Insulating Older Homes | English Heritage https://www.english-heritage.org.uk/your-home/saving.../insulation/  um orçamento, para o isolamento dos edificios problemáticos e que seria provavelmente  inferior ao que a renda que  pagamos  indevidamente a “ ESTAMO”.

Não é o nosso objectivo neste texto  questionar as suas teses e  que terão a sua   justificação  mas sim  relativiza-las  face  a importância do que  será posto   em  causa  se  o curso actual reforma  não for ponderado e reformulado.
Nesta perspectiva , consideramos que todas as  premissas da reorganização da rede hospitalar  de Lisboa que esta  em curso  devem ser reavaliadas  e   inclusive se neste momento de crise financeira  a construção se justifica a construção imediata de um novo Hospital.  Os gestores hospitalares   fizeram as suas contas mas  será obrigatório que estas sejam  auditadas entidades independentes dos interesses das PPP . Sugerimos que consultem  o artigo  e intervenção do Sr. Engenheiro S.  Pompeu dos Santos que digitalizamos e que apresenta alguns números que contradizem o optimismo dos defensores da PPP do Hospital de Todos os Santos. 

No caso de  virem a se confirmar os benefícios financeiros  técnicos e assistênciais de um novo hospital , para alem  da caracterização população  e que valências virá a  servir    deve-se ter em conta  outros factores paralelos como os impactos sociológicos , históricos culturais. È por terem este tipo  preocupações   que os  Ingleses e Franceses optam por conservar  Serviços e Hospitais em Centros  Históricos em detrimento das  vantagens logísticas da sua mera desactivação.  Esta   perspectiva  implica algum grau de civilização e sensibilidade,  que escapará  aos especuladores imobiliários  e aos financeiros das PPPs .  

Caso  considerar-se vantajoso iniciar  construção de um novo  hospital, o que admitimos, haverá que caracterizar o seu perfil assistêncial  e definir se estará vocacionado para um serviço  de  proximidade ou  acumulará  funções  terciárias  de referência para zona sul do Pais

 Da resposta a estas questões se  farão propostas   no sentido de desenvolver e poderar :

1- Um novo plano funcional e a escolha do  local de implantação e sua  dimensão .

2- se haverá  ou não alternativas em construi-lo numa zona de risco sísmico , médio alto, como o  Vale de Chelas ou aproveitar por exemplo o actual espaço do Hospital de Curry Cabral que como o IPO tem acessos facilitados. 
Em qualquer  duas  alternativas haverá que decidir  pelo tipo de construção que se  deverá previligiar :  horizontal  e  modular ou alternativamente  em altura constuido umbloco indiferenciado, como agora se propõe,  e que tem a desvantagem de ser  mais atreito aos efeitos das catástrofes.

3- Ponderar se é licito  de   privar  a população de Lisboa Central  dos seus Serviços de Saúde  de proximidade como actualmente se configura  e assim obriga-la a se  deslocar a Chelas . 
      Admitindo-se que  esta não é uma opção razoável  e que contribuirá para desertificação de Lisboa histórica , propomos em sua  alternativa  a construção de um  Hospital Generalista  de média dimensão com 500 camas , como equipamento de proximidade para  população de   Lisboa Oriental e assim preservar   e reformar o edificado dos antigos  hospitais  Lisboa Central  destinando um deles a um hospital  proximidade ( São José ou Curry Cabral) e aos outros a serviços referência  para a Zona  Sul do Pais e Ilhas. 
      Esta opção será   a mais equilibrada,  apesar de contrariar dos interesses imobiliários.
Esta opção incorpora ainda  a possibilidade de aprimoramento futuro  e  para um  tempo  que não gostariamos longíquo,  numa  epóca de menores constrangimentos monetários, em   se construiria um novo Hospital Pediátrico / Centro Materno Infantil como se prevê no Porto e Coimbra)  e que substituiriam os actuais Hospitais D. Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa.

4 - Averiguação / inquérito a luz dos critérios da U.E,  se não se esta a incorrer num crime  publico , (que creditamos inconsciente  e apenas por incultura, insensibilidade, ignorância ) a   destruição em curso do Hospital   Pediátrico de Lisboa pois mundialmente  assume-se  que o atendimento das crianças é mais eficaz e humanizado  nos Hospitais Pediátricos.  https://www.childrenshospitals.net/AM/Template.cfm?Section=Home

6-Em consequencia das conclusões da alínea anterior,  decidir- se-a  em contraponto   ao projecto actual, que prevê a construção de um mega hospital tecnológico  no Vale de Chelas e  que substituirá   todos os  antigos  Hospitais  Civis,   e que tem implicita uma estrategia  redutora  impondo  diminuição de camas do secto publico,  se não será  mais sensata a  opção   pelo conceito  Centro/ Campus hospitalar em que o Hospital de Adultos  e o    Hospital  Materno Infantil  venham no futuro a  coexistir em relações de complementaridade,  mas administrativamente autónomos , como alias acontece na generalidade das   grandes cidades do mundo civilizado.

 6- Anulação  do  Plano Funcional proposto no anterior concurso do HTS que é não é legal.
 Para os leitores que desconhecem o  seu conteúdo, naquele  plano  
 Funcional quer  os blocos operatório quer nos  serviços  transversais   os espaços  de atendimento são comuns  e  assumi- se como regra a promiscuidade e  convívio nas salas de espera   entre as  crianças e adultos doentes. A titulo de  exemplo indagamos se não chocará a sensibilidade do Dr. Luís  Cunha Ribeiro que uma criança com uma pneumonia  ou um  simples entorse,  encontre-se na mesma sala  de espera com doentes  adultos acamados  sofrendo situações cronicas  incapacitantes  ou neoplasicas avançadas . ( ver em anexo artigo do boletim  "A Estefânia"). 

6- Que  se pondere e  e de acordo com a decisão judicial se  interrompa de imediato a  desarticulação apressada da MAC  e a  sua integração no Hospital D. Estefânia ,  pois esta  será    necessariamente  conflituosa  pois se desenvolverá  a custa do espaço reservado a crianças  no Hospital D. Estefânia,  o  que   obriga ao internamento de crianças de patologias   e idades incompatíveis em espaços  que eventualmente   colidirão regras elementares de hospitalidade e de saúde publica. 
Reafirmamos , na linha de pensamento anterior ,  que só após a construção de  um Centro Materno infantil   diferenciado no Campus de um  futuro Centro Hospitalar  de Lisboa que se proceda a transferência daqueles hospitais.

1ª CONCLUSÃO

O senso comum ensinou que “a pressa é má conselheira” aqui acrescentamos  que é  prudente aprender com os erros cometidos no  passado.  
Transcrevemos  nesta ordem de ideias  uma noticia do Jornal Publico.  que se reportou    as  consequencias do  encerramento  apressado de maternidades pelo Ministro António Correia de Campos sem que se  tenham acautelado  alternativas coerentes e solidas , erro que quanto a nós  se esta a repetir no que diz respeito organição da rede hospitalar Assistência Materno infantil   e a identidade historico cultural de Lisboa . 
Convidamos  aos Leitores e intervenientes  naquele processo à  reaviava-las e recorda-las.....


Critica ao 2º argumento

O Dr. Luis Cunha Ribeiro já  no final da sua intervenção , afirmou que “ não devemos  perder mais tempo e aproveitar o Plano Funcional e projecto arquitectonico do concurso  anteriormente anulado para construir o mais rapidamente possível o novo Hospital de Todos os Santos”

Dr. Luís Cunha Ribeiro considerou  que o futuro  Hospital dispõe  já dispõe de um plano funcional  e um  projecto arquitetonico aprovados .
Desta forma. segundo  a sua opinião e apesar da  anulação do concurso anterior devido a “irregularidades e vicissitudes” estes devem  continuar  validos para o novo concurso e que desta forma poderão ser ultrapassadas  etapas  processuais e que assim iniciar a  construção do novo Hospital se inicie em regime de  urgência 
( indagamos se nesta pressa  não haverá aqui alguma deformação profissional ligado ao seu passado pe lo INEM ?....)
Em nota prévia haverá que não esquecer  que as amenas palavras   “ irregularidades vicissitudes” quererão  na realidade dizer  ilegalidades   que custaram   dinheiro ao erário publico  e que estes termos romanescos ao  invés de  levar a responsabilização dos culpados   encobrem-nos   numa cortina de silêncio. (alias como tem ocorrido  como outros processos em que os sujeitos implicados  fazem parte ou servem ss elites politico financeiras )
Em nossa opinião a  metodologia da elaboração e aprovação  plano funcional do futuro Hospital de Todos os Santos foi em tudo semelhante  ao ocorrido aos projectos dos condomínios para  a Colina de Santana e como aqueles caracteriza-se  por uma estratégia de factos consumados  sustentando-se em um legalismo apenas formal contruido a sua medida.
Caso não se recordem ou não estejam informados o Plano Funcional  do HTS surgiu de uma encomenda a InterSalus,  pela comissão  da PPP do futuro HTS  presidida  pelo Engenheiro Gestor Pedro Dias Alves,  nomeado por  Manuel Pinho, Ministro das Finanças de Sócrates . ( antes de assumir a gestão do projecto o Eng. Pedro Dias Alves for a  gestor pelo Grupo Mello Saúde no Hospital  Amadora Sintra)
Não  sabemos   quais os seus custos do projecto , mas temos a certeza, no que se ao seu conteúdo  e no que diz respeito a assistência  pediatrica foi  elaborado sem a participação dos profissionais do HDE.  Caberá aos  outros profissionais do CHLC  dizer se o mesmo não ocorreu nas suas especialidades
Em conversa  de corredor constou  que consultor do plano funcional  para a  pediatria foi um medico pediatra  espanhol que    exercerá  funções  em um Hospital Generalista.
Este plano, realizado  sem a participação dos profissionais,  foi colocado a consulta  publica na antiga  sala do Conselho de Administração do HDE, mediante identificação e apenas em suporte de  papel, impedindo-se assim a sua analise cuidada e sem restrições de horário.
 Este plano trazia em todas as suas paginas a chancela da multi nacional a que fora encomendado a  “Intersalus”.
Esclarecemos  que a especificidade Pediatria contemplada   naquele plano funcional  resumiu-se a um apêndice  de ultima hora , que acreditamos ter sido incluído  apenas devido  as nossas criticas  mas  que mesmo  assim continha aberrações  (  a palavra é  forte mas bem aplicada )no que diz respeito a assistência infantil  (por exemplo,  no internamento em psiquiatria as crianças e adultos partilhavam espaços comuns!).
Com a saída de António Correia de Campos  aquele documento   , como surgiu,   desapareceu  mas….num passe de magica  reaparece   transformado em “Provisorio”  no Site do Ministério da Saúde já consulado da Dra. Ana Jorge, apenas  algumas modificações de pormenor relativamente ao anterior e estranhamente,  sem a chancela Intersalus. (  ver imagens abaixo).
 Ressalta  neste procedimento  um  sentimento  de mal  estar e incomodo   por parte do Ministério e  assim eventual  necessidade  ocultação da sua origem .
Conclui-se  que actualmente existe apenas  com um plano funcional ilegal  e outro provisório e  que assim  não poderá  existir um projecto arquitectonico definitivo   ( por mais mérito  eaproveitamento  futuro que venha a  ter o do Arquitecto Souto Moura )


2ª CONCLUSÃO

-"Compreendemos"que  PPP  ligadas a construção Civil  estejam  ansiosas por juntar as sua a carteira de negocios e rendas  a construção  do novo hospital . 

-Admitimos que um novo hospital venha  a ser construido em regime de PPP,  mas apenas se  o processo de contratualização seja transparente ; que o seu valor orçamentado  quando comparado   ao orçamento caso construído pelo Estado tenha sido  favorável ao interesse publico ; e de  que o projecto não se enquadrasse num estratégia  deliberada ou ignorante da desarticulação do SNS  e da  Assistência Materno Infantil diferenciada na Zona Sul  do Pais .
 Para  que estes objectivos se concretizassem , seria necessário resto   que existissem entidades reguladoras publicas eficazes e uma outra elite e culturas politicas. 

-"Compreendemos" que os interesses imobiliários querem apropriar-se o mais rapidamente possível dos espaços publicos da Colina de Santana.

-"Compreendemos" igualmente  que os Hospitais Privados  e os  Públicos de gestão privada  estejam  ansiosos por se substituírem  ao sector Publico.

-Partilhamos  da preocupação do Dr. Luís Cunha Ribeiro   da  necessidade de conforto  nas  enfermarias e melhoria da acessibilidade dos dos Hospitais Públicos.

-Temos sérias duvidas sôbre os benificios  financeiros  que dizem de  que os contribuintes / Estado  beneficiaram das suas opções e estas assim  deverão ser analisadas por entidades independentes.

- Não compreendemos a obstinação  e insensibilidade   dos defensores da actual reforma , que numa atitude autista  ostensivamente ignoraram  a vontade dos 80.000 portugueses que  subscreveram o abaixo assinado solicitando a manutenção de um Hospital Pedíatrico em Lisboa 
 resguardam-se quando confrontados com o seu isolamento,  com a frase de circunstância  e oca  que já tem preparada : --Dizem eles  "uns querem um Hospital Pediatrico outros não" .  Sub entende-se  que  este ultimos e que são eles próprios , apesar de corresponderem a    minoria querem impor a sua vontade a qualquer custo.

Mas fundamentalmente consideramos  que :

- A “  pressa” na construção do Novo Hospital nunca poderá  justificar  opções com legitimidade   duvidosa  do  ponto de vista medico cientifico,  sanitário  e urbanístico e ético politico. Ilegitimidades estas,  em que se  incorrerão ao assumir-se a   ilegalidade que envolveu   anterior concurso do HTS e  ao pretender-se reabilitar o seu  plano funcional  que (felizmente) nunca passou de   “provisório” .

Alertamos finalmente  ao Ministério da Saúde  que face a estes considerandos não poderá  deixar de  elaborar e propor um novo Plano Funcional,  publica-lo, e promover a sua  discussão publica  em um processo  que  se considere  digno deste nome. 


Assina: Pedro Paulo Machado Alves Mendes, Medico Radiologista do H. D. Estefânia- ( Hospital agora em extinção e por hora já reduzido  ao  “Polo Pediátrico do CHLC”)

 (em proximos textos procederemos a  critica aos restantes argumentos)




www.youtube.com/watch?v=nV5gt49-XmQ




ANALISE CRITICA DO ANTIGO PLANO FUCIONAL 
BOLETIM "A ESTEFANIA"





1º PLANO COM CHANCELA DA INTERSAUS
    

2º PLANO , PASSA A PROVISORIO  JÁ SEM A CHANCELA DA INTERSALUS








    Saúde
O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi substituído pela 
nova ministra da Saúde, Ana Jorge, avança a TVI. Contactado pela RTP, Luís Manuel Cunha Ribeiro explicou que sai na sequência do que considera um "acto normal, o de pôr o lugar à disposição da nova ministra".Luís Cunha Ribeiro, nomeado no tempo de Luís Filipe Pereira e que permaneceu no cargo com Correia de Campos, vê assim o mandato interrompido. 

Decorre amanhã uma reunião entre os responsáveis do INEM e responsáveis do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).

Esta saída acontece na sequência de vários “episódios" recentes que envolveram o INEM, nomeadamente o que ocorreu em Alijó, distrito de Vila Real, quando um homem morreu em casa após uma queda. A família responsabilizou o INEM, sustentando que a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Vila Real só chegou à aldeia "duas horas depois do pedido de ajuda" – uma informação desmentida pelo instituto.

Gravações da ocorrência, divulgadas pela SIC, revelam que a operadora de serviço do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) teve dificuldades para determinar os meios necessários para responder à ocorrência e, quando contactou os bombeiros de Favaios (a corporação mais próxima) só se encontrava um bombeiro no local, o que obrigou a recorrer à corporação de Alijó de onde acabaria por sair uma ambulância vários minutos depois.

Também a secretária de Estado adjunta da Saúde, Cármen Pignatelli, indicou no passado dia 28 de Janeiro que o sistema de emergência médica poderia ser "melhorado". “Numa análise das situações que ocorreram, verificámos que é absolutamente necessário definir os protocolos”, dizia a responsável.

Contactado pela RTP, Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, indicou não estar surpreendido com esta medida, que considerou ser positiva. "O INEM, depois de mais de 25 anos de serviço, precisa de uma mudança", indicou Duarte Caldeira, referindo ainda que espera que essa mudança se estenda à direcção dos serviços médicos, para que o INEM passe a ter uma visão diferente do atendimento pré-hospitalar, "menos conflituosa, menos auto-exclusiva e menos centrada em si próprio, mais direccionado para o cidadão".

Por seu lado, o presidente da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais, Fernando Curto, indicou à estação pública que espera esta saída de Luís Cunha Ribeiro sirva para se reavaliar a prestação de socorro pré-hospitalar em Portugal, sublinhando a necessidade de o INEM ser tutelado quer pelo ministério da Saúde, quer pelo da Administração Interna, a fim de se evitarem situações como as que aconteceram recentemente.


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