Os trágicos acontecimentos no Japão , e a persistência em rejeitarem a perspetiva de uma construção modular que contemple um polo materno - infantil diferenciado e a automono ao lado do futuro HTS no Vale de Chelas, obrigam-nos a recolocar as duvidas que aqui já expressamos, há mais de dois anos e nas quais somos obrigados a insistir.
Tratam-se de duvidas que seriam despropositadas e assim desnecessárias formular, mas que o contexto geológico instável onde pretendem construir o novo Hospital acrescido a ausência de informação publica e opacidade que caracterizou implementação deste projeto , ( órgãos de soberania , profissionais e publico ignorados e a ausência de espaços institucionais alternativos de discussão , nos obrigam a fazê-lo publicamente)
Temos contudo plena consciência de que o problema principal não são os sismos geológicos , raros e hipotéticos e com que a humanidade convive desde sempre , mas sim outros "sismos" criados por políticas insensatas de que é paradigmática a destruição do único Hospital Pediátrico de Lisboa.
João Wemans e Pedro Dias Alves , engenheiros gestores ( o ultimo nomeado por Manuel Pinho do antigo BES) responsáveis pelas parcerias privadas na escolha do único Plano Funcional do futuro Hospital Oriental , de autoria da multi nacional Intersalus afirmaram no Site da AECOPS que :
"O futuro Hospital de Todos os Santos vai ser construído numa zona de malha urbana não consolidada e classificada como de risco sísmico alto-médio"
Agradeceríamos assim ser informados sobre: :
- Quais os pareceres da Proteção Civil , Laboratório se Engenharia Civil sobre a escolha do local e tipo de construção do Novo Hospital de Todos os Santos?
-Terão tido em conta os estudos geológicos sobre a composição do subsolo subjacente e os "os efeitos de sitio" que na área em causa estão potenciados pela possibilidade de liquefação ( aconselhamos consultar excelente trabalho da Sra. Doutora Isabel Maria Figueiredo Lopes de livre acesso na Net, "Avaliação das condições geológicas e geotécnicas para a caracterização do risco sísmico aplicação à colina do Castelo de S. Jorge).
-Se consultaram os seus estudos que implicações práticas retiraram das informações contidas naquela tese , na pagina 146, em que detalhadamente se analisou a geologia da "Quinta da Bela Vista e estabeleceu um percentagem de agua no solo aluvionar de cerca de 13%. Que significado terá este valor na maior ou menor possibilidade de liquefacção?
-Que conclusão retiram do estudo de Manuel de Vasconcelos que concluiu que a Av. Gago Coutinho com que faz fronteira com a Quinta da Bela Vista apresenta o maior " Risco de Vertente " de todo o Concelho de Lisboa!
- Nestas circunstancias questionamos aos Senhores Arquitetos e Engenheiros Civis :
- Se caso não seria mais equilibrada e consentânea com o grau de risco outra opção ( incluindo a sua permanência no local atual depois de reformados ) ou então uma construção modular em que coexistam , no mesmo centro Hospitalar para alem do Hospital do Hospital de Todos os Santos, um Hospital Pediátrico Autónomo, ao invés da construção em altura de maior risco sismico e dificuldade nos acessos em caso de hipotetica mas não improvável catastrofe?!!!!!
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- Se os referidos Engenheiros em posse do projeto para novo PDM em discussão para Lisboa na "Carta de Vulneralibilidade Sismica dos Solos, que classifica a área do Vale de Chelas nos três últimos graus mais graves de risco ( médio, alto e muito alto) terão apenas se limitado a constatar e aceitar o local de implantação para a construção de um equipamento hospitalar estratégico ou propuseram como lhes competia outras alternativas.
-Se como tudo indica consideraram que as dificuldades técnicas , seriam superáveis, quais os critérios técnicos que exigiram nos planos de engenharia para a sua construção de forma a que os edifícios venham a resistir e assim poder prestar assistência as populações quando de cataclismos sísmicos?
- Independente dos interesses das Parcerias Privadas que estiveram em disputa, todo o processo de escolha decorreu no secretismo dos gabinetes ( e provavelmente nos escritórios do grupos financeiros ) questionamos porque optaram pela construção em altura e que comporta um risco acrescido de danos sísmicos e rejeitaram uma opção de construção horizontal e modular como propusemos e que outros Arquitectos que consultamos consideram com menor risco para alem de uma melhor acessibilidade e facilidade de evacuação no caso de catástrofe.
- -Em qualquer das duas hipóteses, gostaríamos que fosse divulgada a fundamentação justificativa na memória descritiva dos projetos e salvaguarda dos pressupostos acima mencionados
Obviamente que admitimos a priori competência dos decisores e que assim tenham exigido a todos os concorrentes que incorporassem nos seus projetos as características anti-sísmicas necessárias e obrigatórias no que diz respeito a área em causa, mas como contribuintes, utilizadores e profissionais gostaríamos que fossem públicos , (como por exemplo citmaos os Site do projeto do novo Hospital Pediátrico de Dublin, na Irlanda ) dissipando assim talvés duvidas escusadas.
-Em súmula : queremos saber, que medidas tomaram para evitar a repetição dos erros, que na epoca foram justificados pela ausência de conhecimentos sobre os sismos , e que agravaram os as consequências dos acontecimentos trágicos que na manhã 1 de Novembro de 1755 destruíram o antigo Hospital de Todos os Santos e que inspira o actual projeto do Hospital Oriental pois o primeiro fora edificado na Baixa de Lisboa num solo aluvionar arenoso semelhante ao da Quinta da Boa Vista onde pretendem contruir o novo?!!!!!
Descrição do Padre João Bauptista de Castro , no 5º volume do Mappa de Portugal editada em 1758, sobre os acontecimentos trágicos que destruíram o antigo Hospital de Todos os Santos ( que prestou durante cerca de 200 anos serviços ao pais)
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Concluímos, aguardando urgente resposta sobre as duvidas expostas e que todos os esclarecimentos serão benvindos e informando que estes serão publicados na integra.
O nosso objetivo é apenas que nos tranquilizem e esclareçam divulgando a sociedade civil , como seria de vossa obrigação, os projetos e pareceres técnicos que justificaram as vossas opções.
Ressalvamos que contudo que nada nos impedirá de continuar a lutar contra absurda destruição o único Hospital Pediátrico de Lisboa e que obviamente aceitariamos mos que seja construido onde fosse melhor considerado , nomeadamente na Quinta da Boa Vista em Chelas ...... desde respeitadas as orientações da Organização Mundial de Saúde abaixo explicitadas.......
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Se tivesse que construir uma casa escolheria o solo da colina de Santana , que como vemos é relativamente consolidado ( foto do parque de estacionamento do H. D. Estefânia )
Se tivesse que construir uma casa escolheria o solo da colina de Santana , que como vemos é relativamente consolidado ( foto do parque de estacionamento do H. D. Estefânia )
Foto no parque de estacionamento do Hospital D. Estefânia. O Terrenos da Colina de Santana são mais estáveis do que os da Quinta da Bela Vista. |
Foto de recorte geológico da Colina de Santana no parque de estacionamento do Hospital D. Estefânia |
ou por outro lado , escolheria a Quinta da Bela Vista, onde pretendem constituir o Novo Hospital de Lisboa Oriental ?!!!!!
Foto do Recorte Geológico da Quinta da Boa Vista da Av. Gago Coutinho cruzamento Av. EUA. Visivelmente instável |
Quinta da Bela Vista , geologia instável ..... e com maior risco sísmico do que a Colina de Santana. |
..........cujo recorte mostra constituição geológica arenosa aluvionar é visivelmente instável e assim atreita a efeitos de sitio quando dos sismos de maior intensidade?
........em cima , duas fotos exemplificativas da constituição geológica mais estável da Colina de Santana e depois outras duas, exemplificativas da instabilidade geológica intrínseca da Quinta da Bela Vista obtida da Av. Gago Coutinho no cruzamento com Av. Estados Unidos da América.
( Foi devido a sua constituição alvionar arenosa que foi batizada de " O Areeiro".................) com hoje o conhecemos.....
Artigo de Opinião : Jornalista Manu e Pedro Paulo Mendes
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