domingo, 22 de janeiro de 2012

Analise da PPP na saúde. Um estudo oportuno e que de encontro aquilo de longa data alertamos neste BLOG

Publicamos esta analise que nos chegou sobre as Parcerias Publico Privadas na saúde . O fazemos  pois  contem revelações  sobre o futuro Hospital de Todos os Santos .
Chamamos atenção particular a alinea  "Sobre o  Conflito de Interesses"  e  que terá sido uma constante naquele  projecto ..... e  o que  obrigatóriamente obrigaria a uma  investigação pelos dos orgãos de soberania ( isto pressumpondo-se a sua isenção)
Neste  BLOG  desde há muito chamamos atenção para estes factos
Não sendo nosso objectivo ou  competência denunciar " Conflitos de Interesses  " ,  e tal cabendo  aos organismos  policiais e judiciais competentes , neste caso  em que o "conflito de interesses em causa ", atenta  contra   assistência especializada  das nossas crianças ", torna-se um imperativo  etico esclarece-los....
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Análise de Bruno Maia, médico, sobre as parcerias público-privadas no sector da saúde, efectuada para a Iniciativa para uma Auditoria Cidadã à Dívida Pública
As Parcerias Público-Privadas no sector da Saúde - Bruno Maia
2012-01-19 20:38

Dos 50 mil milhões de euros de gastos plurianuais previstos com as PPP’s em Portugal, 8 mil milhões pertencem ao sector da saúde. Só em 2011 foram gastos 228 milhões de euros, mais 32,5% do que em 2010. Os gastos públicos vão aumentar significativamente nos próximos 10 anos e só terminarão no ano de 2042. A distribuição do risco entre o Estado e o consórcio privado é extenso e complexo e podem-se concluir dois factos imediatos: em primeiro lugar o parceiro privado não assume NENHUM risco isoladamente, sendo sempre partilhado com o Estado; em segundo lugar, os riscos com maior impacto e probabilidade de ocorrência são assumidos inteiramente pelo Estado!!  Os riscos financeiros são assumidos na totalidade pelo Estado. Em termos práticos, a entidade privada fica salvaguardada das oscilações da economia real e mantém a sua renda anual, proveniente dos dinheiros públicos, blindada às variações que se poderão registar nos mercados nos próximos anos.
As parcerias público-privadas na saúde são um negócio ruinoso para o Estado e uma renda fixa milionária para os consórcios privados. Elas são responsáveis por 30 anos de dinheiros públicos entregues aos grupos privados. As próximas gerações estão condenadas a pagar mais de 8 mil milhões de euros, na melhor das estimativas.
1.Introdução
As actuais parcerias público-privadas (PPP) na área da saúde foram inicialmente anunciadas em 2001, num projecto que previa a construção de 10 novos hospitais, alguns de substituição, outros a construir de raiz. Numa primeira vaga seriam construídos o Hospital de Cascais, Braga, Loures, Vila Franca de Xira e posteriormente os Hospitais de Lisboa Oriental, Faro, Seixal, Évora, Vila Nova de Gaia e Povos do Varzim/Vila do Conde. O planeamento incluía a atribuição de concessões a grupos privados para a construção e manutenção dos novos edifícios e para a gestão clínica das novas unidades, dividas em 2 concessões distintas, em alguns casos à mesma entidade privada.
Mas nesta matéria o Estado tinha já uma experiência prévia de gestão privada em hospitais públicos. Em 1996 a gestão clínica do Hospital Amadora-Sintra era entregue ao Grupo Mello Saúde. Essa experiência viria a terminar em 2008 pela mão do então primeiro-ministro José Sócrates. Na base desta decisão estavam divergências entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e o referido grupo privado no acerto de contas, conferência de facturas e apuramento dos encargos ocorridos, nomeadamente entre os anos de 2002 e 2006. Nestas divergências incluíam-se acusações da ARSLVT àquela entidade gestora de facturar e exigir ao Estado o pagamento de Exames Complementares de Diagnóstico e receitas que nunca teriam existido. O processo chegou a ser auditado pelo Tribunal de Contas e o Grupo Mello multado, tendo depois interposto recurso. Curiosamente é o mesmo primeiro-ministro que termina o contrato de concessão no Hospital Amadora-Sintra, que atribui a gestão do novo Hospital de Braga e de Vila Franca de Xira exactamente ao mesmo grupo privado.
Segundo o Tribunal de Contas, os encargos plurianuais das PPP, em 2009, ascendiam aos 50 mil milhões de euros. Ainda assim ficavam de fora desta previsão muitos dos encargos públicos que são assumidos como objecto de contabilidade em diferentes agrupamentos de despesa e também todos os agravamentos de despesa que advirão da renegociação de contractos que, até à data, aconteceu em praticamente todas as concessões.
Já em 2010 o encargo daquele ano com as PPP era de 1.127,7 milhões de euros, um acréscimo de 19% face ao previsto inicialmente. Estes aumentos nos gastos públicos com PPP’s têm sempre tendência a aumentar, não só pela sempre presente renegociação dos contactos mas também pela exigência de reequilíbrio financeiro. Sempre que o Estado procede a uma modificação unilateral no contracto (o que acontece com muita frequência, em virtude de os “negociadores” da Entidade Pública, aquando da assinatura do contracto, não terem previsto todas as condicionantes futuras), os parceiros privados exigem um processo de reequilíbrio financeiro para garantir a manutenção das condições de lucro inicialmente contratualizadas, que é assegurado com dinheiro público.
Para além disso o Estado tem assumido nos contractos de concessões riscos comerciais e financeiros, como suportar o aumento das taxas de juro, dos spreads ou dos honorários, risco elevado em tempos de crise, com o parceiro privado a ficar isento desses mesmos riscos. Paralelamente é o próprio banco financiador que exige ao Estado que assuma esses riscos sob pena de não conceder o crédito necessário.
Todos estes pressupostos aplicados a todas as PPP’s são válidos nas concessões feitas na área da saúde. Contudo, na saúde observou-se, nas últimas parcerias assinadas, a introdução do comparador público, também conhecido como CPC e que permite justificar a existência da concessão como sendo mais barata do que aquilo que seria o investimento directo do Estado na infra-estrutura. O problema deste comparador, para além do facto de só ter sido introduzido há bem pouco tempo nas PPP’s, é que ele está sujeito a manipulação por parte dos organismos avaliadores, como refere Carlos Moreno juiz jubilado do Tribunal de Contas. Ao mesmo tempo após a atribuição da concessão, as frequentes renegociações do contracto com o parceiro privado podem desvirtuar este mecanismo de controlo, uma vez que os custos podem subir, ultrapassando o valor de CPC inicial.
2. PPP’s na saúde
2.1.Dados gerais
Dos 50 mil milhões de euros de gastos plurianuais previstos com as PPP’s em Portugal, 8 mil milhões pertencem ao sector da saúde. Só neste ano de 2011 vão ser gastos 228 milhões de euros, mais 32,5% do que em 2010. Os gastos públicos vão aumentar significativamente nos próximos 10 anos e só terminarão no ano de 2042. A própria ACSS (Administração Central dos Serviços de Saúde) publicou no seu site um gráfico com a previsão desses gastos:

Estes valores não passam, contudo, de estimativas de custo baseadas no valor acordado nos contractos iniciais e ignoram os efeitos dos riscos assumidos pelo Estado, da renegociação dos contractos ou das exigências de reequilíbrio financeiro. Como exemplo, as duas PPP’s na saúde que estão já em marcha (Hospital de Cascais e Hospital de Braga) foram sujeitas a ajustamentos nos contractos no mesmo mês em que estes tinham sido assinados, que exigiram ao componente público gastos acrescidos que ascendiam, no caso do Hospital de Cascais, a 80 milhões de euros.
Estas estimativas são ainda insuficientes porque, tal como se referia na introdução, não estimam custos paralelos ou custos indirectos assumidos pela Entidade Pública e contabilizados no Orçamento de Estado ou na Conta Geral do Estado em parcelas distintas das PPP’s (pareceres e consultorias, por exemplo).
O quadro seguinte lista as estimativas de custos iniciais para as parcerias já em marcha na área da saúde.


Hospital
Estimativa em milhões de euros
Braga
800
Cascais
400
Loures
594
Vila Franca de Xira
434
Lisboa Oriental (Todos os Santos)*
377
Algarve*
250

* As concessões relativas ao Hospital Oriental de Lisboa e Algarve são concessões únicas de construção e manutenção do edifício não incluindo a gestão clínica daquelas unidades.
2.2. Gastos com pareceres e consultorias
A partir do anúncio das novas PPP’s em saúde em 2001, o governo da altura decidiu criar uma estrutura de missão “Parcerias em Saúde”, que seria a Entidade Pública responsável pelos concursos para a concessão e acompanhamento dos contractos assinados com os parceiros privados. Só nos anos de 2005/2006 foram gastos 858 mil euros em despesas com pessoal para essa estrutura. Não obstante a sua existência, o Estado contratou empresas privadas de consultoria e encomendou estudos e pareceres sobre as PPP’s na saúde, tendo gasto até à data 20 milhões de euros neste capítulo.
2.3. A partilha do risco
De acordo com a auditoria que o tribunal de contas realizou em 2009 às PPP’s, a distribuição do risco entre o Estado e o consórcio privado é extenso e complexo. Nos anexos deste artigo encontram-se definidos para as 4 PPP’s em curso na saúde o tipo de risco, a probabilidade de ocorrência, o impacto e quem detém esse risco. A fonte das tabelas é a própria ACSS. Pela sua análise podem-se concluir dois factos imediatos: em primeiro lugar o parceiro privado não assume NENHUM risco isoladamente, sendo sempre partilhado com o Estado, em muitos casos em percentagens muito desiguais com prejuízo para o Estado; em segundo lugar, os riscos com maior impacto e probabilidade de ocorrência são assumidos inteiramente pelo Estado!!
Os riscos financeiros, são os únicos descritos com probabilidade de ocorrência elevada (destacados a vermelho), prendem-se sobretudo com a inflação e a revisão dos preços e é assumido na totalidade pelo Estado. Em termos práticos, a entidade privada fica salvaguardada das oscilações da economia real e mantém a sua renda anual, proveniente dos dinheiros públicos, blindada às variações que se poderão registar nos mercados nos próximos anos.
2.4. A concorrência
Um dos graves prejuízos para o Estado têm sido, como já foi referido, a renegociação dos contractos das PPP’s. Ora se aquando de um concurso público, o consórcio privado o ganho com base num valor-oferta, renegociá-lo à posteriori é desvirtuar o concurso público prévio e é desrespeitar as regras de competitividade e transparência e constitui tratamento “especial” e favorecimento por parte do Estado ao consórcio ganhador. Quem perde é o próprio Estado porque assim deixa cair a oportunidade de baixar os preços de custo em matéria de concurso e igualdade concorrência. Tal situação foi o que sucedeu no Hospital de Cascais e no Hospital de Braga, conforme se descreve mais à frente.
2.5. Hospital de Braga
O novo Hospital de Braga, que iniciou o seu funcionamento este ano, é uma parceria entre o Estado e o Grupo Mello. A Escala Braga, empresa deste grupo privado, é a responsável pela construção e manutenção do novo edifício hospitalar e também pela gestão clínica da unidade durante os próximos 10 anos. No total previsto inicialmente o Estado gastará 794 milhões de euros e pagará juros de 12 a 15 por cento. O contracto implica o pagamento deste montante até 2039 e o estado assumirá vários tipos de risco da PPP, entre os quais o risco de inflação dos preços referência pagos por cada acto cuidador prestado e da sua revisão.
Para além da história passada deste grupo económico e das várias acusações que lhe foram feitas pela ARSLVT de manipulação de contas e fraude na gestão do Hospital Amadora-Sintra, o Grupo Mello, com pouco mais de um ano de presença em Braga foi já multado por duas vezes, a primeira no contexto de ocultação de informação ao Estado, no valor de 273 mil euros e a segunda vez por transferência indevida de doentes para hospitais do Porto, no valor de 545 mil euros.
2.6. Hospital de Cascais
O Hospital de Cascais foi a primeira PPP a funcionar na área da saúde. Foi inaugurado o ano passado e resulta de um contracto de concessão entre o Estado e o grupo Hospitais Privados de Portugal (HPP) da Caixa Geral de Depósitos. O contracto prevê, da parte do Estado, um investimento inicial de 73 milhões de euros referentes à construção que foi contratualizada com a empresa Teixeira Duarte.
Logo após a assinatura do contracto de concessão, este teve de ser imediatamente renegociado uma vez que a entidade privada recusou-se a arcar com as despesas relativas aos medicamentos dos tratamentos oncológicos. O Tribunal Constitucional chegou inclusive a chumbar este contracto, aprovando-o posteriormente após renegociado. Essa renegociação custou mais 21 milhões de euros ao Estado. O contracto está em vigor até 2038.
Desde a chegada da concessão que o número de camas nesta unidade de saúde foi cortado e encontra-se permanentemente em sobrelotação. Existem queixas em tribunal de vários dos profissionais de saúde de não pagamento de horas extra. Para além disso, a administração HPP fechou o laboratório de análises clínicas do hospital e realizou umoutsourcing com o serviço de Patologia Clínica do Hospital dos Lusíadas, unidade privada gerida pelo mesmo grupo HPP, num claro e manifesto conflito de interesses. Esteoutsourcing implica que o Estado esteja a pagar ao grupo HPP no hospital de Cascais exames complementares que o grupo HPP do hospital de Cascais compra ao grupo HPP do hospital dos Lusíadas.
2.7. Restantes parcerias
O Hospital de Loures, que se espera abrir em Janeiro de 2012, é uma parceria do Estado com o grupo BES. A abertura do primeiro concurso foi anulada por irregularidades no processo. O contracto vigente durará até 2042. Em Vila Franca de Xira a concessão foi atribuída, mais uma vez, ao Grupo Mello Saúde, que já se encontra neste momento na gestão clínica daquela unidade e que construirá o novo edifício que custará 76 milhões de euros ao estado. Já o novo Hospital Oriental de Lisboa será uma PPP apenas para a sua construção, mantendo-se a sua gestão clínica na esfera do Estado. A empresa vencedora do consórcio é a Teixeira Duarte e o início da sua construção aguarda autorização governamental. Já o Hospital de Faro, também uma PPP apenas para a construção e manutenção do edifício, ainda não encontrou consórcio vencedor porque todas as propostas apresentadas são valores acima do comparador público.
2.8. O papel dos governantes
As PPP’s e todo o seu processo ao longo dos últimos 10 anos são uma evidência forte de corrupção, promiscuidade e conflitos de interesses entre o Estado e os grupos privados, com benefício para os últimos. São vários os concedentes públicos do passado que são hoje administradores de grupos privados. Em muitos casos é a mesma pessoa que atribui uma concessão a um grupo privado e que depois vai liderar essa concessão nessa entidade. Na saúde destacamos dois: Luís Filipe Pereira, foi sempre administrador do grupo Mello Saúde só o tendo interrompido durante 3 anos para ser ministro da saúde do governo de Durão Barroso, tendo sido nessa fase o responsável pelas PPP’s na área da saúde que mais tarde atribuíam ao grupo Mello dois hospitais públicos. Pedro Dias Alves, começou por ser administrador do Hospital Amadora-Sintra pelo Grupo Mello para depois ser o responsável público pela avaliação das propostas de PPP’s para o Hospital de Lisboa Oriental e Algarve. Actualmente é administrador dos HPP.
3. Conclusão
As parcerias público-privadas na saúde são um negócio ruinoso para o Estado e uma renda fixa milionária para os consórcios privados. Elas são responsáveis por 30 anos de dinheiros públicos entregues aos grupos privados, a risco quase zero, que comprometem orçamentos futuros e vinculam os próximos governos, até depois de 2040, a gastos anuais elevadíssimos. As próximas gerações estão condenadas a pagar mais de 8 mil milhões de euros, na melhor das estimativas
Elas são também exemplos de má gestão dos dinheiros públicos e de promiscuidade e corrupção entre sector público e sector privado. A assunção do risco financeiro pelo Estado assumirá proporções catastróficas à medida que os juros da dívida aumentam e o Estado Português não se consegue financiar.




Apenas indagamos: Quais condicionantes a respeitar ao se pretender construir um Hospital Central em uma zona com as caracteristicas geologicas do Vale de Chelas na Quinta da Bela Vista ?!!! Não existiriam outras opções. ?


Os trágicos acontecimentos no Japão ,  e a persistência em rejeitarem a  perspetiva de uma construção modular que contemple um polo materno - infantil diferenciado e a automono ao lado do futuro HTS no Vale de Chelas, obrigam-nos a recolocar as duvidas  que aqui já expressamos,  há mais de dois anos e nas quais somos obrigados a  insistir.

Tratam-se de duvidas que  seriam  despropositadas e  assim desnecessárias formular, mas que o contexto geológico instável   onde pretendem construir o novo Hospital acrescido a ausência  de informação publica e opacidade  que caracterizou implementação deste projeto , ( órgãos de soberania , profissionais e publico ignorados e a ausência de espaços institucionais alternativos de discussão , nos obrigam a fazê-lo publicamente)

Temos contudo plena consciência de que o problema principal não são os sismos geológicos ,  raros e hipotéticos e com que a humanidade convive desde sempre , mas sim outros "sismos" criados por políticas insensatas  de que é paradigmática a destruição do único Hospital Pediátrico de Lisboa.

João Wemans e Pedro Dias Alves , engenheiros gestores ( o ultimo nomeado  por Manuel Pinho do antigo BES) responsáveis pelas parcerias privadas na escolha do único Plano Funcional  do futuro Hospital Oriental ,  de autoria da multi nacional Intersalus  afirmaram    no Site da AECOPS que :
  "O futuro Hospital de Todos os Santos vai ser construído numa zona de malha urbana não consolidada e classificada como de risco sísmico alto-médio"

Agradeceríamos assim ser informados sobre: :

- Quais os pareceres da Proteção Civil , Laboratório se Engenharia Civil sobre a escolha do local e tipo de construção do Novo Hospital de Todos os Santos?

-Terão tido em conta os estudos geológicos sobre a composição do subsolo subjacente e os "os efeitos de sitio" que na área em causa estão potenciados pela possibilidade de liquefação ( aconselhamos consultar excelente trabalho da Sra. Doutora Isabel Maria Figueiredo Lopes de livre acesso na Net, "Avaliação das condições geológicas e geotécnicas para a caracterização do risco sísmico aplicação à colina do Castelo de S. Jorge).

-Se  consultaram  os seus estudos que implicações práticas retiraram das informações contidas naquela tese , na pagina 146, em que detalhadamente se analisou a geologia da "Quinta da Bela Vista e estabeleceu um percentagem de agua no solo aluvionar de cerca de 13%. Que significado terá este valor na maior ou menor possibilidade de liquefacção?

-Que conclusão retiram do estudo de Manuel de Vasconcelos que concluiu  que a  Av. Gago Coutinho  com que faz fronteira com  a Quinta da Bela Vista apresenta o maior  " Risco de  Vertente "  de  todo o  Concelho de Lisboa! 

- Nestas  circunstancias   questionamos aos Senhores  Arquitetos e Engenheiros Civis :
- Se caso  não seria  mais equilibrada e consentânea  com o grau de risco outra opção ( incluindo a sua permanência no local atual depois de reformados ) ou  então   uma construção  modular em que coexistam , no mesmo centro Hospitalar para alem do Hospital do Hospital de Todos os Santos,  um Hospital Pediátrico Autónomo, ao invés da construção em altura de  maior risco sismico e  dificuldade  nos acessos em caso de  hipotetica mas não improvável  catastrofe?!!!!!

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- Se  os referidos Engenheiros em posse do projeto para  novo  PDM  em discussão para  Lisboa na "Carta de Vulneralibilidade Sismica dos Solos, que classifica a área do Vale de Chelas nos três últimos graus mais graves de risco ( médio, alto e muito alto) terão apenas se limitado a constatar e aceitar o local de implantação para a construção de um equipamento hospitalar estratégico ou propuseram como lhes competia outras alternativas.

-Se como tudo indica   consideraram  que as dificuldades técnicas , seriam superáveis,   quais os critérios técnicos que exigiram nos planos  de engenharia para a sua  construção de forma a que os edifícios venham a resistir e assim poder prestar assistência as populações quando de cataclismos sísmicos?


- Independente dos interesses das  Parcerias Privadas que estiveram em disputa,  todo o   processo   de escolha decorreu   no secretismo dos gabinetes  ( e provavelmente nos escritórios do grupos financeiros )  questionamos   porque optaram pela construção em altura    e que comporta   um risco acrescido de danos sísmicos e  rejeitaram  uma opção   de construção horizontal  e modular como propusemos  e que outros   Arquitectos  que consultamos  consideram  com menor risco  para  alem de uma  melhor acessibilidade e facilidade  de evacuação no caso de catástrofe.

- -Em qualquer das duas hipóteses, gostaríamos que fosse divulgada a fundamentação justificativa na memória descritiva dos projetos  e salvaguarda dos pressupostos acima mencionados

Obviamente  que admitimos a priori competência dos decisores e que assim tenham exigido a todos os concorrentes que incorporassem nos seus projetos as características anti-sísmicas necessárias e obrigatórias no que diz respeito a área em causa,  mas como contribuintes, utilizadores e profissionais gostaríamos que fossem públicos , (como por exemplo  citmaos os Site do  projeto do novo Hospital Pediátrico de Dublin, na  Irlanda )  dissipando  assim talvés  duvidas escusadas. 

-Em súmula : queremos saber, que medidas tomaram para evitar a repetição dos erros, que  na epoca  foram justificados pela ausência de conhecimentos sobre os sismos  ,  e que agravaram os  as consequências  dos acontecimentos trágicos que na manhã 1 de Novembro de 1755 destruíram o antigo Hospital de Todos os Santos e que  inspira  o actual  projeto  do  Hospital Oriental  pois o primeiro  fora edificado  na Baixa de Lisboa num solo aluvionar  arenoso  semelhante ao da Quinta da Boa Vista onde pretendem contruir o novo?!!!!!


A colina de Santana  ( lingueta amarela )localizada entre a Av. da Liberdade e a Av. Almirante  Reis  apesar  de significativo tem menor risco sísmico do que a Quinta da Boa Vista  à  Oriente ( faixa  vermelha  mas larga que se estendo no sentido Sul Norte a partir do Rio Tejo)
O tipo de risco sísmico na Quinta da Boa  Vista será semelhante   ao que levou a destruição  do  \antigo Hospital de Todos os Santos


Haverá  ainda a  considerar "o risco  vertente" em que Manuel Vasconcelos constata me  que na  área  Av. Gago  Coutinho   ser p  mais  alto   do Concelho  Lisboa ( pagina 130)




Adicionar legenda

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Descrição do Padre João Bauptista de Castro , no 5º volume do Mappa de Portugal editada em 1758, sobre os acontecimentos trágicos que destruíram o antigo Hospital de Todos os Santos ( que prestou durante cerca de 200 anos serviços ao pais)



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Concluímos, aguardando urgente resposta sobre as duvidas expostas e que todos os esclarecimentos serão benvindos e informando que estes  serão publicados na integra.
O nosso objetivo é apenas que nos tranquilizem e esclareçam divulgando a sociedade civil , como seria   de vossa obrigação, os projetos e pareceres técnicos que justificaram as vossas opções. 



Ressalvamos que contudo  que nada  nos impedirá de continuar a lutar contra absurda   destruição o único Hospital Pediátrico de Lisboa e que obviamente aceitariamos mos que seja construido onde fosse melhor considerado , nomeadamente na Quinta da Boa Vista em Chelas ......  desde  respeitadas as orientações da Organização Mundial de Saúde abaixo explicitadas.......


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Se tivesse que construir uma casa  escolheria   o solo  da colina de Santana , que como vemos  é relativamente consolidado ( foto do parque de estacionamento do H. D. Estefânia )

Foto no parque de estacionamento do Hospital D. Estefânia.
 O Terrenos da Colina de Santana são mais estáveis do que os da Quinta da Bela Vista.
Foto de recorte geológico da Colina de Santana
no parque de estacionamento do Hospital D. Estefânia 

ou  por outro lado , escolheria a Quinta da  Bela Vista, onde pretendem constituir o Novo Hospital  de Lisboa Oriental ?!!!!!




Foto do Recorte Geológico da Quinta da Boa Vista da
Av. Gago Coutinho cruzamento Av. EUA.  Visivelmente instável 
Quinta da Bela Vista , geologia instável .....
e com maior risco sísmico do que a Colina  de Santana. 

..........cujo recorte mostra constituição geológica  arenosa aluvionar   é visivelmente instável e  assim atreita  a efeitos de sitio quando dos sismos de maior intensidade?


........em cima  , duas  fotos exemplificativas  da constituição geológica mais estável  da Colina de Santana  e depois  outras duas,  exemplificativas da  instabilidade  geológica intrínseca  da Quinta da Bela Vista obtida   da Av. Gago Coutinho  no cruzamento  com Av. Estados  Unidos da América.

(  Foi  devido a sua constituição  alvionar  arenosa que foi batizada  de  " O  Areeiro".................)  com hoje o conhecemos.....






Artigo de Opinião : Jornalista Manu e Pedro Paulo Mendes

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

BOLETIM " A ESTEFÂNIA " Nº 13 -Analise do Plano Funcional do Hospital de Todos os Santos -( Contra os factos.... não há biombos que resistam.....)

Actual Plano Funcional do futuro  Hospital de Todos os Santos:
Um projecto ambiguo e sem principios éticos ?!!!...
Que interesses representa? Porque em Portugal os projectos pagos pelos contribuintes  não são públicos?
Porque são nomeados  antigos  gestores ligados aos Hospitais privados para  escolherem os projectos  prescindindo da consulta das equipas médicas ?
Poderemos chamar isto uma "parceria" ou apenas  relação interesseira   com os  bens  publicos,  como  tem sido activamente   denunciado por amplos os sectores da sociedade portuguesa.? ( ver entre outros, artigos do insuspeito  Jornal de Negócios  sobre as PPP) 


Biombos,  são como os sofismas..
Meras mascaras.; quando  utilizados para encobrir uma
realidade  de promiscuidade não aceitável...
Será assim no HTS......?

Forçar a adaptação de  espaços e equipas
em um  projecto  para que não
foram concebidas não
será criar monstros
arquitectonicos ambiguos ?
Não serão estes factos que indignaram    o Arq.  Souto Moura   quando se referiu a  deturpação  do seu projecto ???!!!!


Afirmamos "sem principios éticos " pois no futuro  HTS a delimitação de espaços entre crianças e adultos não deriva de um  principio ético a preservar,   mas que  dependerá , segundo o plano funcional  apenas da sua eventual  "rentabilidade".  
HDEHDEHDEHDEHDEHDEHDEHDEHDEHDEHDEHDEHDEHDEHDE

 Introdução:

Publicamos a seguir  em versão digitalizada  a analise  critica do Plano Funcional do futuro Hospital de Todos os Santos, de responsabilidade  da Plataforma de Defesa do Hospital Pediatrico.
Não restam duvidas ao ler o artigo no Boletim nº 13   de que  ao contrário do que dizem os  gestores responsáveis, de que se trata de um "Plano de um Hospital Generalista de tipo Distrital , que agora querem  adaptar  à força,   a uma  realidade complexa e  exigivel  num Centro Hospitalar Terciario da Capital  do País, em que se exigiria um centro materno infantil diferenciados,   mas  para o  qual  não fora projectado.
 Por outras palavras querem encaixar os restos do  Hospital Pediatrico de Lisboa entre outros na "Rua da Betesga...." e mais interessante justificando esta opção redutora como de  "inspiração moderna."..
Compreendemos assim  que   sempre tenham  mantido quase  oculto este plano   Plano Funcional .... pois.....quanto à  factos não há argumentos.... e o que  provará  que  seus idealizadores e defensores teriam consciência de que  este  não seria resistiria a uma analise critica dos profissionais , técnicos e  da  população interessada..
Concluindo, o   "proclamado ambiente pediatrico"  do futuro HTS será  um sofisma e    resume-se ( infelizmente )a " biombos moviveis " como  é   irrefutavelemente e detalhadamente  demonstrados no  Boletim nº 13 , que  a seguir segue transcrito  na integra .
Ainda vamos a  tempo de alterar este erro!
Lê e divulga!




O HOSPITAL DOS  BIOMBOS ?!!!!


Não permitiremos ! Ainda estamos a tempo de alterar estes planos!


 Nota :Obviamente publicaremos as opiniões que não se reveem analise do Plano Funcional

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Magalhães Coutinho e Alfredo da Costa uma História ainda recente que vale a pena conhecer.

A diferenciação e autonomia da assistência materno infantil hospitalar nas grandes cidades   correspondeu a  uma evolução  não só assistencial mas civilizacional  e hoje é uma regra consolidada nos centros hospitalares terciarios das grandes capitais.
Portugal  também  seguiu esteo caminho.
 Mas....neste momento volta-se atrás......
Estão  a encerrar o Hospital Pediatrico autonomo de Lisboa ( Hospital D. Estefânia ) e a  primeira  Maternidade de Portugal ( Magalhães Coutinho)
Segue-se digitalizada um resumo da História da Maternidades Magalhães , Coutinho e Alfredo da Costa que um apoiante nos enviou com pedido de publicação.

Valerá a pena ler, pensar e agir enquanto é tempo....È muito dificil contruir...È muito facil destruir...
Faça Duplo Clike sobre cada  imagem

Assina Pedro Paulo M. A. Mendes
Médico Radiologista no Hospital D. Estefânia






Vale a pena ler!