Trechos de uma Moção que nos foi enviada e circula por entre as Juntas de Freguesia de Lisboa e já aprovada por unanimidade na Ajuda e em Santo Estevão.
A SAÚDE É UM DIREITO NÃO É UM NEGÓCIO!
Considerando que o Governo, decidiu encerrar os Hospitais dos Capuchos, S. José, Desterro, Santa Marta e Dona Estefânia, que no seu conjunto têm 2.000 camas, substituindo-os por o Hospital de Todos os Santos a ser construído em Chelas e que irá ter somente 800 camas, agravando profundamente o acesso dos habitantes da nossa Cidade aos serviços de saúde de proximidade, pondo em risco, muitas vezes por isso, a vida de muitas pessoas;
Considerando que com esta medida, as populações de 18 Freguesias da Cidade Lisboa, que vai desde a Baixa, a Alfama, à Encosta do Castelo até ao Alto Pina, Penha de França e Graça, para ir a um Hospital, terão de se deslocar até à Freguesia de Marvila;
.........
Considerando que todas as pessoas moradoras nessas Freguesias que irão ser afectadas, principalmente as mais idosas, que normalmente têm muito baixos rendimentos, suportarão maiores despesas com a deslocação ao Hospital de Todos os Santos, contribuindo esta medida para criar ainda mais dificuldades a quem já muito as tem;
Considerando que o futuro encerramento do Hospital Dona Estefânia, considerado “O Berço da Pediatria Portuguesa”, está desde 1877, data da sua fundação, ao serviço da mulher e da criança, e que é um Hospital com Acreditação Internacional “Health Quality Service”, tem merecido uma forte contestação não só das classes profissionais ligadas à Saúde como também da população em geral, que já subscreveu uma petição com mais de 76.000 assinaturas;
Considerando que esta forte contestação popular prende-se com o facto de não se poder aceitar que seja encerrado o único Hospital Pediátrico especializado de Lisboa e de toda a zona Sul do País, sendo criado em sua substituição um serviço de Pediatria num espaço do Hospital de Todos os Santos, cuja construção foi projectada fisicamente para servir a população adulta;
Considerando que com o encerramento do Hospital Dona Estefânia, deixa de haver na Cidade de Lisboa um Hospital Pediátrico, o que contraria a evolução dos padrões da assistência à criança a nível dos Países Desenvolvidos e que com esta medida Portugal e a sua Capital passam a adoptar conceitos no que se refere à assistência à criança próprios do 3º Mundo;
1 – Rejeitar a forma como o Governo conduziu todo o Processo do possível encerramento dos Hospitais constantes nos considerandos desta Moção, que irão ainda tornar mais difícil o acesso às Unidades Hospitalares de Saúde à População de Lisboa;
2 – Opor-se ao encerramento do Hospital Dona Estefânia, por considerar que esta medida irá piorar os padrões de assistência à criança, actualmente existentes e que irá dar de Portugal e de Lisboa, a ideia da Capital de um País que está a regredir no que se refere aos modernos conceitos sanitários de assistência à criança de um País Desenvolvido;
...................
3 – Enviar esta Moção a todas as 18 Juntas de Freguesia cujas Populações são afectadas, à Câmara Municipal de Lisboa, à Assembleia Municipal de Lisboa, Primeiro Ministro, Ministra da Saúde, Presidente da Assembleia da República, todos os Grupos Parlamentares da Assembleia da República, Hospital Dona Estefânia, Plataforma de Defesa do Património do Hospital Dona Estefânia e Órgãos da Comunicação Social.
, 15 de Dezembro de 2008
Com os melhores cumprimentos,
A Presidente da
Assembleia de Freguesia de
M.I.H.L.F.
Este é o teor de outras moções que nos chegaram de forças partidarias distintas . Muito lhes agradecemos mas não as identificamos pois esta luta deverá envolver todos os cidadãos e forças partidarias.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário