Já transparece sensivelmente o sentimento de desanimo e frustração que a desarticulação de todos os Serviços do HDE, e o esvaziamento do conteúdo dos cargos de chefia dos diversos Serviços(com a sua substituição por direcções centralizadas no Centro Hospitalar), acarretaram !
A inexistência de Centros de decisão local nas diversas áreas de especialização pediátrica, será o golpe final que levará a destruição do capital de conhecimento pediátrico acumulado ao longo de anos.
Neste momento apenas a Cirurgia e Pediatria Médica ainda mantém Direcções autónomas Pediatricas.
Não se trata de confrontarmos com a nova organização e as relações com os novos Directores nomeados, que devem se desenvolver e aprofundar.
Não se trata de desrespeitar os processos administrativos em curso.
Admitimos estarmos de acordo com aqueles que consideram que algumas das antigas de Direcções de Serviços e gabinetes, pleni-potenciarios e quase feudais, tenham sido centros de reacção ao progresso, procedido a uma gestão de meios humanos e materiais personalizada e que, por subjectivismos castradores impermeáveis ao dialogo, tenham contribuído e dado argumentos para algumas medidas actuais.
Apoiamos assim incondicionalmente a necessidade de reformas e racionalização de meios administrativos.
Discordamos contudo, de forma veemente, que utilizem a bandeira e necessidade destas reformas apenas como argumento para a objectiva destruição da entidade deste Hospital Pediátrico a qual gradativamente se substância nas áreas especificas da anestesia, otorrinolaringologia, neurologia, nefro-urologia pediátricas, maxilo-facial e muitas outras, que desprovidas de qualquer decisório vão inevitavelmente se descaracterizar e desaparecer.
Assim, neste momento ímpar da história deste hospital, em que a sua existência está periclitante, é imprescindível afirmar os Centros Coordenadores locais e regulamentar suas competências particulares na área e pediatria, e não permitir a sua destruição ( ou autodestruição por conflitualidades mal geridas).
Há que assumir o caminho de partilha que agora trilhamos e saber geri-lo de forma a salvaguardar , demonstrar e fortalecer a nossa especificidade. Não se trata de salvar quintas ou protagonismos pessoais, mas um património precioso do nosso pais.
Pesadelos combatem-se com acção lúcida e não ingenuamente a se esperar que, como por encanto, tudo naturalmente se resolverá daqui algum tempo, como se tratasse apenas de uma invernia fora de época.
Há sim que tomar posições!
Tal não significa conflito, mas dialogo responsável.
Neste momento é imperioso que se regulamentem e fortaleçam as responsabilidades dos coordenadores de áreas nas diversa sub especialidades do Hospital D. Estefânia.
Nota :- Trata-se de um artigo de opinião que não procura ser de síntese , mas apenas divulgar o que uns dizem pelos corredores e outros abertamente e que urge concretizar
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