No dia 1 Agosto decorreu a sessão Publica de apresentação do futuro Hospital de Lisboa Oriental.
Uma sessão que se dizia Pública mas se queria privada....Não fosse informada a sua realização aos Profissionais do CHLC através da Intranet já na sua véspera.....não fosse ela organizada num auditório com capacidade reduzida .... não fosse ela marcada para o dia 1º de Agosto.....Dizem os organismos representativos dos médicos que o atual Ministério da Saúde defende os mesmos interesses dos seus homólogos que tem passado pelo Ministério últimos 10 anos empenhados num ciclo de privatização do SNS de saúde que se iniciou com Arlindo de Carvalho Correia de Campos, Luís Filipe Pereira etc. etc.... ..
Disse o Bastonário da Ordem dos Médicos que existe um Ministério a trabalhar as duas velocidades...acreditamos.....em primeiro lugar estão as PPP .. os profissionais e os organismos de representação profissional, em ultimo lugar...
Um Patrimonio Publico que queriam vender aos privados ... intenção que denunciamos e nos opuzemos .....e valeu a pena...!!!!! |
Dra Ana Escoval, Dr. Manuel Delgado, Dr. Victor Almeida....Gestores a decidir da Rede Hospitalar... Indagamos qual o papel que deixam aos médicos. e outros profissionais de saúde? |
Um discurso que afirmou frontal cheio "de certezas"..... mas que apenas deixou muitas interrogações.... |
Uma sala pequena... 1 de Agosto...Quase hora do almoço...Uma assistência convocada exclusivamente para ouvir.... |
"UM SILENCIO ENSURDECEDOR "
"Calar é uma outra forma de fazer calar" |
"UM
SILENCIO ENSURDECEDOR "
A melhor forma de classificar o discurso do Secretário de Estado
Dr. Manuel Delgado é a de que foi de "Um
silêncio ensurdecedor"
“A sessão pública
de apresentação do novo Hospital de Lisboa Oriental decorreu no dia 1 de
agosto, na Sala Museu MacBride, nos Claustros do Centro Hospitalar de Lisboa
Central, EPE (CHLC) – Hospital de Santa Marta.
A cerimónia
foi presidida pelo Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, e contou com
as intervenções da Presidente do Conselho de Administração do CHLC, Ana
Escoval, e do coordenador da Equipa de Projeto para a Parceria Público-Privada (PPP) do Hospital de Lisboa Oriental, Vítor Almeida.” As diversas intervenções merecem uma analise circunstanciada e deixamos desde já registadas as nossas primeiras interrogações sobre discurso do Ilmo. Sr Secretário de Estado da Saúde, Dr. Manuel Delgado.
Ao contrario do habitual , começaremos pelo fim do seu discurso , pois este , pela omissão, foi a sua parte mais importante.
" ANTES DE FINALIZAR O SEU DISCURSO O SR. SECRETARIO DE ESTADO DR . MANUEL DELGADO DECLAROU " SOU UM HOMEM FRONTAL E QUE NÃO FOGE A CONTROVÉRSIA" "
- " Afirmou o Sr. Secretário de Estado momentos antes de finalizar o seu discurso , "sou um homem frontal e não me esquivo as criticas e a controvertia que existem relativamente a construção do novo Hospital de Lisboa Oriental”
Com natural expectativa aguardamos , julgamos que iria se referir a controvérsia que envolve a extinção do único Hospital Pediátrico de Lisboa.
Esperávamos que nos esclarecesse e informa-se se continuavam a defender ou teriam abandonado o modelo generalista e redutor do anterior Plano Funcional, típico de um Hospital Privado , que culminará com o encerramento do Hospital D. Estefânia , maternidade Alfredo da Costa e o encerramento da Magalhães Godinho ( já concretizado ) reduzindo estes Centros de Excelência em anódinos Serviços indiferenciados no futuro Hospital Polivalente em Marvila .Esperavamos ainda que explicasse qual o significado da afirmação que consta no resumo do Plano Funcional entregue a Assembleia Municipal de Lisboa em que se afirma :
-Na nova versão do projeto “ Se contempla uma maior diferenciação da vertente Materno Infantil “ o poderia representar uma alteração positiva em relação ao paradigma anterior. . .. mas ao contrario da frontalidade auto apregoada ..o Sr. Secretario de Estado calou-se , e se referiu exclusivamente sobre o novo numero de 875 camas propostos para a nova unidade Hospitalar que se pretende que venha a substituir as cerca de 1342 atuais restando, um deficit de mais de 400 camas.
Para explicar esta omissão restam duas hipóteses :
- a mais verossímil é a do desconhecimento ignorante de gestores preocupados apenas com números da importância da das unidades hospitalares materno infantis terciárias na rede de cuidados materno infantis.
- a outra que gostaríamos de declinar é de ter optado de forma consciente pelo "silêncio ensurdecedor " perante este ato anti civilizacional por estar conivente com os interesses das PPP e querem impor de qualquer forma o seu plano redutor..
ANALISEMOS A SEGUIR A COERÊNCIA DAS OUTRAS AFIRMAÇÕES PROFERIDAS PELO SR. SECRETARIO DE ESTADO:
"A REDUÇÃO DO NUMERO DA OFERTA DE CAMAS (EM CERCA DE 50% AO ESTABELECIDO PELA OCDE,) SERÁ RESOLVIDO COM SOLUÇÕES INOVADORAS"
- Relativamente ao numero redutor de camas da nova unidade hospitalar , discordamos da justificação apresentada pelo do Sr. Secretario de Estado, que quanto a nós falha pelo rigor baseando-se em cenários meramente teóricos e hipotéticos e em previsões fantasiosas.
O Sr. Secretario de Estado previu evolução futura e vertiginosa do tratamento em ambulatória, da criação de redes de referencia “outras inovações pouco explicitas" que resolveriam a disparidade
Esta previsão ficcional esta em "frontal" contradição com as normas internacionais relativas ao racio entre população de referência e o numero de camas do futuro Hospital. Sim porque Portugal neste momento no quadro da OCDE , Portugal é deficitário no numero de camas e no se refere aos 380.0000 da área de referência do futuro Hospital de Lisboa Oriental , deveria contar com cerca de 1900 camas, existindo no presente um deficit de 400 camas que passaram no futuro para cerca de 900 camas !
Julgamos o Sr. Secretario de Estado teria sido mais coerente com a auto frontalidade que apregoa , se assumisse de que as cerca de 800 camas sonegadas ao SNS já foram "concedidas aos dois novos Hospitais do Grupo Mello em construção que desde sempre esteve "bem representado" na atual reforma hospitalar, e agora inclusive através do seu contracto com a Universidade Nova , conta coma a formação de quadros e investigação para os seus Hospitais privados
A Ordem dos Médicos citando o relatório da OCDE de 2011 afirma:
-“ Portugal ter apenas 3,3 camas/1000 habitantes, contra uma média de 4,9 na OCDE e 8,2 na Alemanha.
- Portugal ter um tempo médio de internamento, por todas as causas, somente de 5,9 dias, contra uma média de 7,2 dias na OCDE e 9,7 dias na Alemanha.
Não há espaço por onde reduzir mais camas sem prejudicar potencialmente os doentes! A Ordem dos Médicos recorda que ainda há doentes internados em macas em muitos hospitais portugueses.”)
https://www.rtp.pt/noticias/pais/metade-das-camas-em-lisboa-mudara-pessoal_n25334
O SR. SECRETÁRIO DE ESTADO "ESQUECEU-SE" QUE O ANTERIOR CONCURSO FOI ANULADO
- Haverá ainda a referir que que o Sr. Secretário de Estado, fugiu outra vez a frontalidade ao omitir, quando se referiu ao anterior Concurso para Construção do novo Hospital de Todos os Santos , que aquele fora anulado devido a "irregularidades e vicissitudes processuais ...." omissão esta que merecerá melhor explicação , pois o Dr. Manuel Delgado, foi um dos seus grandes defensores , quando ainda se colocava a hipótese da sua entrega a gestão privada em regime de PPP.
Para justificar esta aparente fuga a frontalidade , existem várias hipóteses :
- a 1ª que descartamos , por não dignificarem as funções de um Secretario de Estado , seria a de omissão e branqueamento consciente de um processo de que é conhecedor , pois esteve intimamente ligado, que e acompanhou de perto e quer agora fazer esquecer.
-a 2ª seria a de que esta omissão é deliberada para fazerem passar o antigo Plano Funcional feito pela Intersalus sem qualquer discussão, o que implicaria em termos legais que este não tivesse sido anulado.
Aguardemos....
https://www.publico.pt/portugal/jornal/anulacao-de-concurso-para-novo-hospital-de-lisboa-causa-polemica-27294042
https://www.rtp.pt/noticias/pais/metade-das-camas-em-lisboa-mudara-pessoal_n25334
"PARECE-NOS LICITO DUVIDAR DOS PROPÓSITOS , COERÊNCIA E FRONTALIDADE , QUANDO SE EQUIPARAM OS CUSTOS DE DOENTES TRATADOS EM UNIDADES ALTAMENTE DIFERENCIADAS DO CHLC COM AS DA MÉDIAS QUE INCLUEM OS HOSPITAIS DISTRITAIS"
Como um dos argumentos para justificar a construção do novo Hospital, o Sr. Secretario de Estado afirmou que devido a dispersão, não adequação, e envelhecimentos dos edifícios, o custo pagos pelo Estado ao tratamento por doente no CHLC é 20% mais caro que nas restantes Hospitalares do Pais.
Estas contas não estão publicadas e não se referem a especificidade e diferenciação dos Hospitais do CHLC , onde são atendidos doentes custos de tratamento em patologias que implicam um grande investimento em recursos de capital humano e técnico e de consumíveis em que citamos como exemplos transplantes intervenção e todas as outras situações clínicas que obrigam a ocupação das unidades de cuidados intensivos , com custos muito ou ainda o tratamento de doentes crónicos incluindo os custos no tratamento medicamentoso com HIV- Sida , e finalmente todas as outras situações clínicas de doentes rejeitado e enviados pelos Hospitais privados , já não cobertas pelo Seguros de Saúde pelos Hospitais Privados e que são transferidos para os Hospitais Públicos.
A titulo de exemplo dos valores implicados a estadia de um dia numa unidade de cuidados intensivos num Hospital Privado chega aos 3000 Euros (!!!) e que o numero de camas de cuidados intensivos e intermédios constantes no CHLC é de cerca de 200!
Haverá ainda a averiguar se os Srs Gestores incluem na contabilização destes custos o aluguer pago a ESTAMO, pela utilização dos Antigos Hospitais que são de pertença publica e que correspondem a um custo cerca de 5 milhões euros anuais e que já somam 40 milhões de Euros , que consideramos que deveria ser anulado de de imediato pois tratar-se de um artificio de Engenharia Financeira em prejuízo do SNS e cujo montante bastaria para construir um novo Hospital Pediátrico.
Consideramos que a apresentação de números desligados de qualquer enquadramento e prova documental , abre campo para duvidas sobre a sua manipulação com fins de propaganda , o que não será expectável e admissivel quando de proveniente de representantes do próprio Ministério da Saúde!
Ler relatório de actividades do CHLC para aperceber-nos da falta de substância das afirmações do Sr. Secretário de Estado
Plano de atividades e orçamento - Centro Hospitalar de Lisboa ...link:
www.chlc.min-saude.pt/.../CHL/.../Plano_de_Actividade_2016.pdf
O Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE (CHLC) é composto por seis ... É dotado de cerca de 203 camas de Cuidados Intensivos e Intermédios, ... É a Instituição que trata o maior número de doentes de VIH do País, 5.54
Em conclusão : As interrogações que acima registamos deixam duvidas sobre a auto apregoada frontalidade do Sr. Secretário de Estado o Dr. Manuel Delgado acrescendo ao facto de o seu discurso ter sido em tudo semelhante as declarações que proferiu já lá vão dez anos , quando decorria o concurso anterior , e cuja diferença que nesta altura reportava-se ainda aos planos de um Hospital Generalista com capacidade de 600 camas e em que regime de PPP , se estendia inclusive na gestão clínica . Esta semelhança leva-nos a supor que o Sr. Secretario de Estado , eventualmente por lapso, sem se ter dado conta, limitou-se a repetir as anteriores , agora desaquadas.
Caso tenha se verificado este este lapso agradecemos que nos envie a versão referente ao actual projecto que de pronto faremos as devidas rectificações.
Assina e responsabiliza-se : Pedro Paulo M. A. Mendes
Espera o melhor , mas prepara-te para o pior....
https://www.publico.pt/.../pai-do-sns-aplaude-fim-da-gestao-privada-dos-hospitais-2539...
21/03/2008 - "Pai" do SNS aplaude fim
da gestão privada dos hospitais ... Já Manuel Delgado diz que a gestão privada do Amadora-Sintra "teve vantagens ..."
Hospital CUF Tejo desenhado para as doenças do futuro ( 200 camas)
19 de Novembro 2015
O Hospital CUF Tejo, em Alcântara, foi apresentado
esta quinta-feira em Lisboa pelo presidente da José de Mello Saúde, Salvador de
Mello. O projeto, da autoria do arquitecto Frederico Valssassina, representa um
investimento de mais de 100 milhões de euros, terá 75 mil metros quadrados de
área, e foi desenhado de raiz para combater e tratar as Doenças do
Futuro.
Este será um hospital polivalente de
elevada diferenciação, com foco em áreas incontornáveis na medicina do futuro:
oncologia, neurociências, cardiovascular, pulmão, ORL e oftalmologia. O
Hospital CUF Tejo vai responder às situações
clínicas mais complexas e mais emergentes, fruto da aposta em infra-estruturas,
meios técnicos e humanos.
O projeto do Hospital CUF Tejo resulta de uma perspectiva que
aliou a experiência e saber de 70 Anos das equipas clínicas e das equipas de
gestão da José de Mello Saúde, aliada à adopção das melhores práticas
desenvolvidas a nível internacional em hospitais de referência e também do que está
ainda a ser desenvolvido pelos diferentes parceiros da indústria e que terá
impacto no setor da saúde.
Com mais de 75 mil metros quadrados, dos
quais 31 mil dedicados exclusivamente a atividades clínicas, o Hospital CUF Tejo terá seis pisos acima do solo e
quatro abaixo do solo, incluindo três pisos de estacionamento com mais de 800
lugares.
Vai dispor de mais de 100 gabinetes de
consulta e mais de 60 gabinetes de exames e tratamentos, para além de 11 salas
de Bloco – duas das quais com 80 m2 e mais 2 exclusivamente dedicadas a
cirurgia de ambulatório – assim como 200 camas de internamento geral e 14 camas
de UCIP.
O novo
Hospital CUF Descobertas terá uma nova cara a partir de 2017.
( 200 camas)
Desenhado para cada etapa da nossa vida
Se até
aqui o Hospital CUF Descobertas já tinha uma atividade completa e
alicerçada num conjunto de especialidades fortes – Ortopedia, Ginecologia/
Obstetrícia, Imunoalergologia, Oftalmologia, Dermatologia e Pediatria – chegou
o momento de se reorganizar em torno de todas as necessidades do doente,
acrescentando a Geriatria e robustecendo assim a oferta para as idades mais
avançadas da vida.
Os números do novo Hospital CUF Descobertas
•
Mais de 56 mil metros quadrados
•
12 salas de bloco operatório
•
Mais de 170 camas de internamento geral
•
14 boxes de cirurgia ambulatória
•
120 gabinetes de consulta
•
Mais de 60 gabinetes de exames e tratamento
1 hospital de
dia oncológico
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