segunda-feira, 31 de julho de 2017

- UM DISCURSO CHEIO DE "CERTEZAS "...INCERTAS...... - O SECRETARIO DE ESTADO DR. MANUEL DELGADO , EM INICIO DO PERIODO DE FÉRIAS, FAZ A APRESENTAÇÃO PUBLICA DO PROJECTO PPP DO NOVO HOSPITAL DE LISBOA ORIENTAL..MAS.... SOBRE O FUTURO DO HOSPITAL PEDIATRICO ....OUVIU-SE APENAS ....UM SILÊNCIO ENSURDECEDOR.......


No dia 1 Agosto decorreu  a sessão  Publica de apresentação do futuro Hospital de  Lisboa Oriental. 
Uma sessão que se dizia Pública mas se  queria privada....Não fosse  informada a sua realização aos Profissionais do  CHLC através da Intranet já  na sua  véspera.....não fosse ela organizada num auditório com capacidade reduzida .... não fosse ela marcada para o  dia 1º de Agosto.....Dizem os organismos representativos dos  médicos  que o atual  Ministério da Saúde  defende  os mesmos interesses dos seus homólogos  que tem passado pelo Ministério últimos  10 anos empenhados    num ciclo  de privatização do SNS de saúde que se iniciou com Arlindo de Carvalho Correia de Campos,  Luís Filipe Pereira   etc. etc.... ..
Disse  o Bastonário da Ordem dos Médicos que existe um Ministério  a  trabalhar as duas velocidades...acreditamos.....em primeiro lugar estão as PPP ..  os profissionais e  os organismos de representação profissional,  em ultimo lugar... 


Um Patrimonio Publico que queriam vender aos privados ...
 intenção  que denunciamos
e nos opuzemos .....e valeu a pena...!!!!!



Dra Ana Escoval, Dr. Manuel Delgado, Dr. Victor Almeida....Gestores a decidir da Rede Hospitalar...
Indagamos qual o  papel que  deixam aos médicos. e outros profissionais de saúde?



Um discurso  que afirmou frontal cheio  "de certezas".....
  mas  que apenas  deixou muitas interrogações....
Uma sala pequena... 1 de Agosto...Quase hora do almoço...Uma assistência convocada  exclusivamente  para ouvir....




                          
  "UM SILENCIO ENSURDECEDOR " 



"Calar é uma  outra forma de fazer calar"


"UM SILENCIO ENSURDECEDOR "


A melhor forma de classificar o  discurso do Secretário de Estado   Dr. Manuel Delgado  é  a  de que foi de  "Um silêncio ensurdecedor" 






“A sessão pública de apresentação do novo Hospital de Lisboa Oriental decorreu no dia 1 de agosto, na Sala Museu MacBride, nos Claustros do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE (CHLC) – Hospital de Santa Marta.
A cerimónia foi presidida pelo Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, e contou com as intervenções da Presidente do Conselho de Administração do CHLC, Ana Escoval, e do coordenador da Equipa de Projeto para a Parceria Público-Privada  (PPP) do Hospital de Lisboa Oriental, Vítor Almeida.”
As diversas intervenções  merecem  uma analise circunstanciada e deixamos  desde já registadas as  nossas  primeiras interrogações  sobre   discurso do Ilmo. Sr Secretário de Estado da Saúde, Dr. Manuel Delgado.
Ao contrario do habitual ,  começaremos pelo fim do seu discurso ,  pois este ,   pela omissão foi a   sua parte mais importante.


" ANTES   DE  FINALIZAR O SEU DISCURSO O SR. SECRETARIO DE ESTADO DR . MANUEL DELGADO DECLAROU   " SOU UM HOMEM  FRONTAL E QUE NÃO FOGE A CONTROVÉRSIA"  "


- " Afirmou o Sr. Secretário de Estado momentos antes de  finalizar o seu discurso ,   "sou um homem frontal  e  não me esquivo  as criticas e  a controvertia  que existem   relativamente  a construção do novo Hospital de Lisboa Oriental”
Com natural   expectativa  aguardamos ,  julgamos que iria se  referir  a controvérsia  que  envolve a extinção do  único Hospital Pediátrico de Lisboa.
Esperávamos que nos  esclarecesse e  informa-se  se continuavam a defender ou teriam   abandonado  o modelo generalista  e redutor  do anterior Plano Funcional, típico de um Hospital Privado ,   que culminará  com o  encerramento  do Hospital D. Estefânia , maternidade Alfredo da Costa e o encerramento  da Magalhães Godinho ( já concretizado ) reduzindo estes Centros de Excelência  em  anódinos  Serviços indiferenciados no futuro Hospital Polivalente em Marvila .Esperavamos ainda  que explicasse  qual o significado da  afirmação que consta no  resumo do Plano Funcional  entregue a Assembleia Municipal de Lisboa em que se afirma    :
-Na nova versão do projeto  Se   contempla uma maior diferenciação da  vertente Materno Infantil “  o poderia representar uma alteração positiva em relação ao paradigma anterior. . .. mas ao contrario  da frontalidade  auto apregoada  ..o Sr. Secretario de Estado calou-se ,  e se  referiu  exclusivamente  sobre o novo  numero de 875  camas propostos para a nova unidade Hospitalar  que se  pretende  que  venha a substituir as cerca de 1342 atuais restando,  um deficit de  mais de 400 camas.  
Para explicar  esta omissão restam duas hipóteses :
- a mais verossímil  é a  do desconhecimento ignorante  de gestores preocupados apenas com números da  importância   da das unidades   hospitalares materno infantis  terciárias  na rede de cuidados materno infantis.
-  a outra que gostaríamos de  declinar  é de ter  optado  de forma consciente pelo   "silêncio ensurdecedor " perante este ato anti civilizacional  por estar conivente com os interesses das PPP e querem impor de qualquer forma o seu plano redutor..

ANALISEMOS A SEGUIR  A COERÊNCIA DAS OUTRAS AFIRMAÇÕES PROFERIDAS PELO SR. SECRETARIO DE ESTADO:

"A REDUÇÃO DO NUMERO DA OFERTA DE CAMAS (EM CERCA DE 50% AO ESTABELECIDO PELA OCDE,) SERÁ  RESOLVIDO COM SOLUÇÕES INOVADORAS"

- Relativamente ao numero  redutor de camas da nova unidade hospitalar  ,  discordamos  da justificação apresentada pelo  do Sr. Secretario de Estado,   que quanto a nós falha pelo  rigor baseando-se    em  cenários meramente  teóricos  e hipotéticos e em previsões  fantasiosas. 
O Sr. Secretario de Estado previu   evolução futura  e vertiginosa do tratamento em ambulatória, da criação de redes de referencia  “outras inovações pouco explicitas"  que resolveriam a disparidade
 Esta previsão ficcional esta em    "frontal"  contradição com as normas internacionais  relativas  ao  racio  entre  população de referência e o numero de camas  do futuro Hospital. Sim porque Portugal  neste momento  no quadro da OCDE , Portugal  é deficitário no numero de camas  e no se refere aos 380.0000 da área de referência  do  futuro Hospital de Lisboa Oriental ,  deveria contar com cerca de 1900 camas, existindo no presente um deficit de 400 camas que passaram no futuro para  cerca de 900 camas !  

Julgamos  o  Sr. Secretario de Estado  teria   sido  mais coerente  com a  auto frontalidade que apregoa ,   se  assumisse  de que as cerca de   800 camas sonegadas ao SNS  já foram "concedidas aos  dois novos  Hospitais do Grupo Mello em construção   que  desde sempre esteve "bem  representado"   na atual reforma hospitalar, e  agora inclusive através do seu contracto com a Universidade Nova , conta coma  a formação de quadros  e investigação  para os seus Hospitais privados


A Ordem dos Médicos citando  o relatório da OCDE de 2011 afirma:
-“ Portugal ter apenas 3,3 camas/1000 habitantes, contra uma média de 4,9 na OCDE e 8,2 na Alemanha.
- Portugal ter um tempo médio de internamento, por todas as causas, somente de 5,9 dias, contra uma média de 7,2 dias na OCDE e 9,7 dias na Alemanha.
Não há espaço por onde reduzir mais camas sem prejudicar potencialmente os doentes! A Ordem dos Médicos recorda que ainda há doentes internados em macas em muitos hospitais portugueses.”)


https://www.rtp.pt/noticias/pais/metade-das-camas-em-lisboa-mudara-pessoal_n25334

O SR. SECRETÁRIO DE ESTADO "ESQUECEU-SE" QUE O ANTERIOR CONCURSO FOI ANULADO

 - Haverá ainda a referir  que que o Sr. Secretário de Estado,  fugiu outra vez a   frontalidade  ao  omitir, quando se referiu ao   anterior Concurso para Construção do novo Hospital  de Todos os Santos ,  que  aquele fora  anulado  devido a  "irregularidades  e vicissitudes  processuais ...."  omissão  esta que merecerá melhor explicação , pois o Dr. Manuel Delgado,  foi um dos seus grandes defensores , quando ainda  se colocava a hipótese da  sua entrega a  gestão privada  em regime de PPP. 
 Para  justificar esta aparente fuga a   frontalidade ,  existem  várias hipóteses : 
-  a 1ª que descartamos , por não  dignificarem as funções   de um  Secretario de Estado , seria    a de  omissão  e branqueamento consciente  de um processo  de que é  conhecedor , pois esteve intimamente ligado,  que  e acompanhou de perto e quer agora  fazer esquecer. 
 -a  2ª  seria a de que esta omissão é deliberada   para fazerem passar o antigo  Plano Funcional feito pela Intersalus sem qualquer discussão,  o que implicaria em termos legais que este não tivesse sido anulado. 
Aguardemos....

https://www.publico.pt/portugal/jornal/anulacao-de-concurso-para-novo-hospital-de-lisboa-causa-polemica-27294042

https://www.rtp.pt/noticias/pais/metade-das-camas-em-lisboa-mudara-pessoal_n25334



"PARECE-NOS  LICITO  DUVIDAR  DOS PROPÓSITOS , COERÊNCIA E FRONTALIDADE ,   QUANDO SE EQUIPARAM OS CUSTOS DE DOENTES TRATADOS EM UNIDADES ALTAMENTE DIFERENCIADAS DO CHLC COM AS  DA MÉDIAS QUE INCLUEM OS HOSPITAIS DISTRITAIS"

Como um dos argumentos para justificar  a construção do novo Hospital, o Sr. Secretario de Estado  afirmou  que  devido a dispersão, não  adequação, e envelhecimentos dos edifícios,  o custo pagos pelo Estado ao  tratamento por doente no CHLC é 20% mais caro que nas restantes Hospitalares do Pais. 
Estas contas  não estão publicadas  e  não se referem  a especificidade  e diferenciação  dos Hospitais do CHLC , onde são atendidos   doentes  custos de tratamento em patologias  que implicam um grande investimento em  recursos de capital humano e técnico e de consumíveis   em que citamos como exemplos transplantes   intervenção  e  todas as outras  situações clínicas  que obrigam a  ocupação  das unidades de cuidados intensivos , com custos muito  ou ainda  o tratamento de doentes crónicos  incluindo os custos no tratamento medicamentoso  com HIV- Sida , e  finalmente  todas as outras  situações  clínicas  de doentes   rejeitado  e enviados pelos Hospitais privados , já  não cobertas  pelo Seguros  de Saúde  pelos Hospitais Privados e que são    transferidos para os Hospitais Públicos. 
A titulo de exemplo dos valores implicados a estadia de um dia numa unidade de cuidados intensivos num Hospital Privado chega aos 3000 Euros (!!!)   e que o numero de camas de cuidados intensivos e intermédios  constantes no CHLC é de cerca de 200!
 Haverá ainda a averiguar  se os Srs Gestores  incluem na contabilização destes custos o  aluguer pago  a ESTAMO,   pela utilização dos Antigos Hospitais que são de pertença publica  e que correspondem a um custo  cerca de  5 milhões euros  anuais e que  já somam 40 milhões de Euros , que consideramos que  deveria   ser anulado de de imediato pois  tratar-se de um artificio de Engenharia Financeira em prejuízo do SNS  e cujo montante   bastaria para construir um novo Hospital Pediátrico.

Consideramos que a apresentação de números  desligados de  qualquer  enquadramento e prova documental ,  abre campo para  duvidas sobre a sua  manipulação com  fins de propaganda  ,  o que não será  expectável e admissivel    quando  de proveniente de   representantes do próprio Ministério da Saúde!

Ler relatório de actividades do CHLC para aperceber-nos da falta de substância das afirmações do Sr. Secretário de Estado  
Plano de atividades e orçamento - Centro Hospitalar de Lisboa ...link: 

www.chlc.min-saude.pt/.../CHL/.../Plano_de_Actividade_2016.pdf

O Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE (CHLC) é composto por seis ... É dotado de cerca de 203 camas de Cuidados Intensivos e Intermédios, ... É a Instituição que trata o maior número de doentes de VIH do País, 5.54


Em conclusão : As interrogações que acima registamos deixam duvidas    sobre  a auto  apregoada frontalidade do  Sr. Secretário de Estado o  Dr. Manuel Delgado acrescendo  ao  facto  de o seu discurso  ter sido em  tudo  semelhante  as declarações   que proferiu já lá vão  dez anos ,  quando decorria o concurso anterior , e cuja  diferença que nesta altura reportava-se  ainda aos planos de um  Hospital Generalista  com capacidade de 600 camas e  em  que regime de PPP  , se estendia   inclusive  na  gestão clínica . Esta semelhança  leva-nos a supor que o Sr. Secretario de  Estado , eventualmente  por lapso,  sem se ter dado  conta, limitou-se a repetir as  anteriores , agora desaquadas.  
Caso tenha se  verificado  este este lapso agradecemos que nos envie a versão referente ao  actual   projecto que de pronto faremos as devidas  rectificações. 


Assina e responsabiliza-se  : Pedro Paulo M. A. Mendes 



Espera o melhor , mas prepara-te para o pior....





https://www.publico.pt/.../pai-do-sns-aplaude-fim-da-gestao-privada-dos-hospitais-2539...
21/03/2008 - "Pai" do SNS aplaude fim da gestão privada dos hospitais ... Já Manuel Delgado diz que a gestão privada do Amadora-Sintra "teve vantagens ..."





Hospital CUF Tejo desenhado para as doenças do futuro ( 200 camas)

19 de Novembro 2015
O Hospital CUF Tejo, em Alcântara, foi apresentado esta quinta-feira em Lisboa pelo presidente da José de Mello Saúde, Salvador de Mello. O projeto, da autoria do arquitecto Frederico Valssassina, representa um investimento de mais de 100 milhões de euros, terá 75 mil metros quadrados de área, e foi desenhado de raiz para combater e tratar as Doenças do Futuro. 
Este será um hospital polivalente de elevada diferenciação, com foco em áreas incontornáveis na medicina do futuro: oncologia, neurociências, cardiovascular, pulmão, ORL e oftalmologia. O Hospital CUF Tejo vai responder às situações clínicas mais complexas e mais emergentes, fruto da aposta em infra-estruturas, meios técnicos e humanos.
O projeto do Hospital CUF Tejo resulta de uma perspectiva que aliou a experiência e saber de 70 Anos das equipas clínicas e das equipas de gestão da José de Mello Saúde, aliada à adopção das melhores práticas desenvolvidas a nível internacional em hospitais de referência e também do que está ainda a ser desenvolvido pelos diferentes parceiros da indústria e que terá impacto no setor da saúde.
Com mais de 75 mil metros quadrados, dos quais 31 mil dedicados exclusivamente a atividades clínicas, o Hospital CUF Tejo terá seis pisos acima do solo e quatro abaixo do solo, incluindo três pisos de estacionamento com mais de 800 lugares.
Vai dispor de mais de 100 gabinetes de consulta e mais de 60 gabinetes de exames e tratamentos, para além de 11 salas de Bloco – duas das quais com 80 m2 e mais 2 exclusivamente dedicadas a cirurgia de ambulatório – assim como 200 camas de internamento geral e 14 camas de UCIP. 
O novo Hospital CUF Descobertas terá uma nova cara a partir de 2017. 
( 200 camas)
Desenhado para cada etapa da nossa vida
Se até aqui o Hospital CUF Descobertas já tinha uma atividade completa e alicerçada num conjunto de especialidades fortes – Ortopedia, Ginecologia/ Obstetrícia, Imunoalergologia, Oftalmologia, Dermatologia e Pediatria – chegou o momento de se reorganizar em torno de todas as necessidades do doente, acrescentando a Geriatria e robustecendo assim a oferta para as idades mais avançadas da vida. 

Os números do novo Hospital CUF Descobertas
                Mais de 56 mil metros quadrados
                12 salas de bloco operatório
                Mais de 170 camas de internamento geral
                14 boxes de cirurgia ambulatória
                120 gabinetes de consulta
                Mais de 60 gabinetes de exames e tratamento
1 hospital de dia oncológico






  
Os Gestores apregoam 60 milhões de Euros  "de poupança" com o novo  Hospital..
.Incluíram neste valor as  "rendas pagas " do que é nosso. e nos foi sonegado   e que por si só perfazem 130 milhões de Euros !? Será que também  contabilizavam à 800 camas que pretendem retirar ao SNS e  entregar aos grupos privados ?








O Dr. Manuel Delgado é o convidado de Honra na criação das diversas unidades  e projectos de saúde  privados ... Agradeciamos que estas lhe informassem  que irá substituir a  oferta de camas retirada ao Serviço Publico de forma a poupar-lhe o grande  esforço imaginativo à que tem sido obrigado para justifica-lo.......

Existem soluções mais baratas do que as propostas  que visam antes de tudo dar lucro aos  grupos privados.....As justificações apresentadas deviam ser acompanhas de provas documentais........












Silenciar a exigência de um Centro Materno Infantil  em Lisboa.....Os interesses mercantilistas das PPP em primeiro lugar.....


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