domingo, 23 de março de 2014

PREPAREM -SE PARA PARTICIPAR, NA..... 3ª CORRIDA D. ESTEFÂNIA.....EM DEFESA DO HOSPITAL PEDIATRICO EM LISBOA - DIA 4 DA MAIO - ESTE ANO SERÁ EM PARCERIA COM A " APOI " - Associação Portuguesa de osteogenese Imperfeita - (Lê o livro : " A menina com ossos de cristal" )

DIA 4 DE MAIO DE 2014 


A PLATAFORMA CIVICA EM DEFESA DO HOSPITAL PEDIATRÍCO EM LISBOA
E A APOI ( Associação Portuguesa de Osteogenese Impefeita )
ORGANIZAM  A 3ª CORRIDA DONA ESTEFÂNIA .
Divulga e Participa !



A Plataforma Cívica em Defesa de um Novo Hospital Pediátrico em Lisboa, em parceria com a Associação Portuguesa de Osteogénese Imperfeita (APOI), vai realizar a 3ª edição da “Corrida/ Caminhada-Festa Dona Estefânia – Dia da Mãe”, no próximo dia 4 de Maio de 2014, no Passeio Marítimo de Alcântara-Belém.

Os fundos angariados revertem a favor da APOI, que também comemora o “Dia Internacional da Osteogénese Imperfeita”.

Entre os padrinhos do evento contam-se a atleta Rosa Mota e temos, desde já, o apoio das Juntas de Freguesia de Alcântara e Ajuda.

Mais de duas dezenas de associações de doentes e IPSSs apoiam e participam na festa que, no ano passado, reuniu cerca de 3500 pessoas.
O evento é composto por duas provas, uma corrida cronometrada de 10km para atletas de várias categorias – com troféus para os primeiros classificados – e uma caminhada lúdica e solidária com 3km, junto ao Tejo, para famílias e público em geral.

O objectivo principal desta corrida-marcha é, mais uma vez, chamar a atenção dos decisores políticos e da opinião pública para a necessidade de Lisboa continuar a dispôr de um Hospital Pediátrico autónomo, com separação entre crianças e adultos doentes.

Vamos todos ajudar, andando, correndo, e passando uma manhã divertida!

Mais notícias em breve, fiquem atentos.



O Livro  "A Menina dos Ossos de Cristal" é um testemunho emocionante escrito   na 1º pessoa, por Ana Simão membro da APOI .
Apenas os  Hospitais Pediatricos  podem responder de forma eficaz  ao conjunto complexo de solicitações  que  são exigidas no tratamento das crianças com doenças congenitas.
Lê e divulga este livro que é  uma lição de vida. 
Participa e divulga a 3ª corrida D. Estefânia!






Associação Portuguesa de Osteogénese Imperfeita
Instituição Particular de Solidariedade Social registada no Livro nº 2 das Instituições de Saúde sob o nº 05/12
NIPC 508902924

Rua Cooperativa a Sacavenense, 23 - 1º B
2685-005 Sacavém


facebook.com/Associação Portuguesa Osteogénese Imperfeita 
twitter.com\APOI 

DONATIVOS - NIB 0035 0709 00000 107330 17
Colabore com APOI. Juntos, podemos fazer a diferença! 


Plataforma Cívica em Defesa de um Novo Hospital Pediátrico para Lisboa:

Mário Coelho 913450989 / coelhom@sapo.pt; Pedro Mendes 967006022 / pedrpaulmend@netcabo.pt; António Gentil Martins / agentilmartins@gmail.com);

APOI: Mª Céu   a.p.osteogeneseimperfeita@gmail.com




sábado, 22 de março de 2014

HAJA TRANSPARÊNCIA! O ENG. S. POMPEU SANTOS E A DRA. ELSA SOARES JARA, EXPRESSARAM , NOS DEBATES SOBRE A COLINA DE SANTANA NA CML, ARGUMENTOS QUE VEICULAM ARGUMENTOS DISTINTOS, MAS COMPLEMENTARES E QUE SÃO CONTRÁRIOS AO DOS GESTORES QUE ORIENTAM A ACTUAL "REFORMA" HOSPITALAR . LÊ E FORMA A TUA PRÓPRIA OPINIÃO !










INTERVENÇÃO  DA DRA. ELSA SOARES JARA NA  4ª SESSÃO DOS DEBATES SOBRE A COLINA DE SANTANA NA  CML



Plano para a construção de um novo Hospital na cidade de Lisboa, que se quer viabilizar com o encerramento de seis Hospitais, incluindo a destruição dos Hospitais da Colina de Santana ainda em pleno funcionamento:
- Em 2007 o então Ministro da Saúde, Correia de Campos, assinou o acordo de princípio para a construção do novo Hospital na cidade de Lisboa.
- O Relatório Final realizado pelo Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar criado pelo Despacho Nº10.601/2011 do actual Ministro da Saúde publicado em Diário da República Nº162, 2ª Série, de 24 de Agosto de 2011 tem 364 e nas páginas 62 e 63 sob o título “2.Arquitectura da Rede Hospitalar 1. Justificação
“A saber:”
A Área Metropolitana de Lisboa é provavelmente a região mais crítica no que se refere ao redesenhar da oferta por várias ordens de razão”:
. “Elevado número de hospitais e camas hospitalares;”
.”Hospitais criados em edifícios conventuais, alguns com centenas de anos”
 Intencionalmente omite-se que se trata de Hospitais com muitos edifícios novos e em que os antigos foram profundamente remodelados, de forma a permitir a instalação de Serviços com equipamentos de ponta, únicos no país. Há na Europa Ocidental, muitos Hospitais de referência mundial, instalados em edifícios centenários. Mas em Portugal não há só hospitais a ocupar edifícios conventuais: a própria Assembleia da República está instalada num edifício conventual (antigo convento de S. Bento)! E ninguém parece questionar a sua adequação.
“Não adaptação do parque de Lisboa, ao longo dos anos, à nova realidade da procura decorrente do aparecimento de novos hospitais nascidos na coroa metropolitana de Lisboa”.
Os Hospitais que se pretende desmantelar não são hospitais de 1ª linha e portanto não prestam só assistência à população residente naquela área da cidade de Lisboa. São designados de Hospitais de 2ª linha ou de Referência pois, para além de prestarem assistência à população da sua área geográfica, prestam cuidados de saúde especializados a toda a população portuguesa. Para além de serem altamente diferenciados, são importantes centros de formação médica pós-graduada. 
“ Não programação de desarticulação evolutiva de camas e edifícios de acordo com o planeamento de novas unidades apesar de já plasmada em vários dos estudos realizados nos últimos anos”.
Quais estudos? No documento referido, lido atentamente, não se encontra referência concreta a nenhum. Se há excesso, o encerramento de alguns Serviços dos atuais Hospitais, considerados redundantes, ou até de algum Hospital seria credível. O encerramento/destruição de seis Hospitais de 2ª linha ou de Referência para justificar a construção de um novo hospital para prestar assistência à população da zona oriental da cidade (de 1ª linha) não está explicado em todo o Relatório.
O número de camas dos seis Hospitais que constituem o Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) era de 2.195 em 2003 e de 1.403 em 2013 (números oficiais).Em 2013 foi dito por responsáveis que o novo hospital oriental de Lisboa terá 789 camas.
“Importa ainda referir que a região de Lisboa é provavelmente a região do país com mais estudos efetuados nos últimos anos”.
Na extensa bibliografia deste Relatório não se encontra nem um desses estudos.
“Todos estes estudos apontam para a construção de um novo hospital em Lisboa, na zona oriental, e a desarticulação de velhos hospitais a par de uma redução do número de camas e recursos. Esta redução é facilmente sustentada pela criação de mais oferta na periferia de Lisboa, o que leva a um excesso do mesmo na cidade de Lisboa”.
Chamam “velhos hospitais” Hospitais de Referência, em alguns casos com Serviços únicos no país, só porque estão instalados em edifícios antigos, apenas uma parte dos mesmos, dado que muita construção complementar foi feita num passado recente.
  “Em Lisboa cidade, a grande prioridade será trocar número e quantidade por qualidade e diferenciação”
O que estão a pretender fazer é exatamente o contrário: os muito diferenciados Hospitais da Colina de Santana são Hospitais de Referência com Serviços de ponta (os quais se assumem como última linha de cuidados e portanto, com qualidade e diferenciação), que se planeia agora destruir para (ainda com mais outros Hospitais de Lisboa, também de Referência) serem substituídos por um novo hospital para prestar assistência às populações da zona oriental da cidade (como é dito pelos responsáveis) e portanto um hospital de 1ª linha (com nível inferior de diferenciação)

 Em pouco mais de uma página de um Relatório de 364 páginas se traça o destino destes Grandes Hospitais de Lisboa dos quais nos devemos orgulhar, sem medir o impacto altamente negativo da sua destruição na política de saúde a nível nacional.

Elsa Soares Jara
Médica Hospitalar
Lisboa, Março  de 2014


Os videos dos debates disponiveis estão nos Sites  mencionados abaixo :

www.youtube.com/watch?v=nV5gt49-XmQ


http://www.youtube.com/watch?v=AgYIPZJXS1U

http://www.youtube.com/watch?v=r9CGNo4ptfY&feature=player_embedded

Seguem-se os artigos sôbre o tema publicados na imprensa escrita ou na internet: 





INTERVENÇÃO  DA DRA. ELSA SOARES JARA NO  SOBRE A COLINA DE SANTANA NA  SOCIEDADE DE GEOGRAFIA NO DIA 28 DE MARÇO DE 2014.





Ameaça de destruição dos Hospitais da Colina de Santana, na cidade de Lisboa

Está iminente a destruição irreversível de património material, imaterial, científico, histórico e humano da cidade de Lisboa.

Existe um plano de encerramento de seis hospitais (S. José, Santa Marta, Santo António dos Capuchos, Dona Estefânia, Curry Cabral e Maternidade Alfredo da Costa), para justificar a construção de um novo Hospital em Lisboa, o Hospital de Todos os Santos, que ficaria localizado na Zona Oriental da cidade.

Já existem projetos entregues na Câmara Municipal de Lisboa para a construção de condomínios, hotéis, silos automóveis, nos terrenos após a destruição dos Hospitais da Colina de Santana, ainda em pleno funcionamento e também do Hospital Miguel Bombarda, este já encerrado.

A área de terreno ocupada por estes quatro Hospitais da Colina de Santana é superior à de toda a Baixa de Lisboa. Corresponde às áreas ocupadas pelo antigo Colégio Jesuíta Santo Antão o Novo e dos três antigos Conventos, com as respetivas cercas.

A muito recentemente denominada “reabilitação da Colina de Santana” não é mais do que a destruição dos seus Hospitais, pois só para a “reabilitação” destas áreas existem projetos entregues na CML. Foi uma designação inventada para que se pudesse destruir os seus Hospitais, sem qualquer contestação dos cidadãos de Lisboa.

Os Hospitais de São José, Santa Marta e Santo António dos Capuchos, juntamente com os Hospitais Dona Estefânia, Curry Cabral e Maternidade Alfredo da Costa constituem o Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) e para todos existe um plano de encerramento/destruição. Nem um único Hospital ficará no Centro de Lisboa.

Todos eles são Hospitais de Referência (com edifícios recentes e edifícios antigos, mas profundamente remodelados) com diversas especialidades médicas e cirúrgicas, como a cardiologia, a oftalmologia, a otorrinolaringologia, a medicina interna, a pediatria, a pneumologia, a ginecologia-obstetrícia, a neurologia, a neurocirurgia, a cirurgia geral, a cirurgia pediátrica, a cirurgia cardio-torácica e a ortopedia, com os seus serviços de internamento, urgência e blocos operatórios, que têm uma intervenção importante no ensino universitário e pós-graduado da Medicina, na investigação e em especialidades tão únicas e delicadas, como os transplantes cardíaco, pulmonar e hepático.

A importância das pedras do edifício não se resume, como bem se sabe, apenas às suas valiosas e históricas paredes – é a continuidade desses edifícios hospitais / universidades que consolida e transmite o saber médico, nas suas diversas valências.

A interrupção estrutural material é invariavelmente uma amputação ao desenvolvimento imaterial da medicina. Por isso, por exemplo, os hospitais ingleses de referência estão quase todos eles em edifícios centenários, como o St Mary’s Hospital (escolhido para aí nascerem os príncipes, o último dos quais há poucos meses) o King Edward VII (também usado pela família real britânica) ou o Royal Brompton Hospital, todos situados no centro de Londres. Estes exemplos provam, de forma irrefutável, que o Hospital mais moderno e com as melhores condições pode ocupar um edifício centenário e localizado no centro de uma grande cidade.
Não há razões médicas que justifiquem o encerramento de todos estes Hospitais de Referência a funcionar em pleno para a construção de um novo Hospital. Também sabemos que usar os edifícios é a melhor forma de os conservar como é o caso da Assembleia da República, a funcionar no antigo Convento de S. Bento. Só os negócios imobiliários e a corrupção à sua volta podem justificar esta decisão.
O argumento mais vezes referido pelos responsáveis é de que os edifícios são velhos e a sua manutenção tem custos muito elevados. Escondem que muitos edifícios são de construção recente e os mais antigos foram profundamente remodelados. Se assim fosse, encontraríamos noutros países da Europa situações semelhantes e isso não acontece.  

No total são doze os Hospitais que na cidade de Lisboa têm um plano de encerramento ou foram já encerrados. Para além dos seis Hospitais do CHLC já referidos, há mais dois com plano de encerramento, o Hospital Pulido Valente e na Colina de Santana o Instituto Oftalmológico Dr. Gama Pinto. Foram já encerrados os Hospitais de Arroios, Desterro, Miguel Bombarda e S. Lázaro (também na Colina de Santana). O 13º Hospital de Lisboa a encerrar seria o IPO, que se conservou apenas devido ao facto do Presidente da Câmara de Lisboa querer o novo IPO em Lisboa (até já tinha um terreno na Bela Vista) e não em Oeiras. Esta atitude inviabilizou a negociata Isaltino/Duarte Lima.
Presentemente, o 13º Hospital a querer-se destruir/encerrar é o Júlio de Matos, que está a ser “esvaziado” progressivamente, já só ocupando 8% dos edifícios que constituíam no passado recente o referido Hospital. Ao contrário dos outros doze Hospitais, não se conhece qualquer documento ou declaração de responsáveis sobre o seu possível encerramento.
 O Hospital de Arroios, também ele instalado num antigo Convento, está abandonado há mais de 20 anos. Dele foram furtados objetos de valor patrimonial relevante, como os painéis de azulejos das suas paredes. Muitos outros Hospitais, recentemente abandonados, foram saqueados (Sanatório do Outão, Hospital de Cascais, Hospital Pediátrico de Coimbra…).
Se o motivo de encerramento/destruição fosse a degradação dos edifícios, mais rapidamente seria encerrado/destruído o hospital Amadora Sintra de construção recente e uma PPP, devido ao seu grau atual de degradação, para não falar do novo Hospital Pediátrico de Coimbra.
Se os critérios para o encerramento (a que se soma a destruição e venda dos terrenos, com projetos já na CML) dos Hospitais da Colina de Santana, fossem aplicados a nível nacional ou internacional, muito poucos Hospitais ficariam de pé.
Se dúvidas houvesse quanto à real motivação da decisão de encerrar/destruir os Hospitais de Referência de S.José, Sta Marta, Sto. António dos Capuchos, Curry Cabral, Dona Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa - para justificar a construção de um novo Hospital PPP -  fica bem claro com o plano de destruição /encerramento de treze Hospitais, só na cidade de Lisboa, que a razão que move tudo isto não é senão o negócio do imobiliário e da construção e a corrupção a eles associada.
Se pensarmos que tudo isto é feito num país com as Contas Públicas altamente deficitárias, ainda sob tutela e a necessitar de empréstimos com juros elevadíssimos, em que se aumentam os impostos, cortam salários e pensões, mais evidente se torna que este plano visa apenas o negócio, com a agravante de se estar a destruir, de forma irreversível, património material e imaterial de grande valor.    
Elsa Soares Jara
Médica Hospitalar
Lisboa, 29  de março de 2014





Intervenção no 3º debate na A.M. de Lisboa sobre a colina de Santana e no  artigo  que escreveu para os Jornais de Noticias e Publico,  o  Sr. Engenheiro Civil S. Pompeu Santos. Contas  são contas...


Para  ampliar fazer duplo clique sobre a imagem 





Colina de Santana: haja transparência!

por S. Pompeu Santos, Engenheiro civil   

A colina de Santana em Lisboa faz nesta altura as manchetes, com a discussão pública das propostas para a urbanização dos locais hoje ocupados por hospitais emblemáticos da cidade: São José, Capuchos, Santa Marta, etc. Ao analisar o assunto, somos confrontados com várias perplexidades. Vejamos.
Em 2008-2010, o Governo de José Sócrates, a pretexto de arranjar receitas para reduzir o défice, vendeu (tal como fez com muitos outros imóveis do Estado) esses hospitais à Estamo, uma empresa do próprio Estado, por 125 milhões de euros. Do lado do Ministério da Saúde, a justificação era a de que os edifícios têm grandes despesas de manutenção, pelo que seria vantajoso construir um hospital novo.
A questão da redução do défice é uma mistificação, pois aquele montante representa menos de 0,1% do PIB. Além disso, a dívida do Estado não foi reduzida, pois o dinheiro entrou por um lado e saiu pelo outro, já que a Estamo teve de ir aos bancos pedir o dinheiro. Na verdade, até aumentou, pois há que pagar os juros.

Quanto ao Ministério da Saúde, também não se percebe, já que, depois da venda dos hospitais, os encargos passaram a ser ainda bem superiores, pois passou a pagar uma renda anual de seis milhões de euros. Assim, como um novo hospital nunca estará disponível antes de 2018-2020, até lá o Estado paga em rendas à Estamo mais de metade do que recebeu.
Entretanto, foi sendo preparada a construção do novo hospital, em Cabo Ruivo, a mais de cinco quilómetros de distância, com um custo total previsto de 600 milhões de euros, através de uma parceria público-privada (PPP), mais uma, a qual, segundo se diz, acarreta para o Estado um encargo anual de mais de 30 milhões de euros. Portanto, o Estado encerra os seus hospitais porque têm muita despesa e avança para a construção de um novo, em que fica a pagar uma renda muito superior.













































Noticia recente sôbre o preço dos Partos nos Hospitais Privados...Será que estas contas foram feitas pelos gestores que apostam na destruição da Maternidade Alfredo da Costa????









NOTA DA REDAÇÃO: ESTES DISCURSOS , NÃO SE RELACIONARAM NO TEMPO .  OS  PUBLICAMOS EM CONJUNTO , DE FORMA TALVES  ARBITRARIA  E SEM AUTORIZAÇÃO  OS AUTORES . O FIZEMOS POR CONSIDERAMOS  QUE  SE COMPLETAM,  CONSTITUINDO  UM CONJUNTO   COERENTE  E QUE SE JUSTIFICA  MUTUAMENTE. 

DIVERGIMOS   DE OPINIÃO  RELATIVAMENTE  A ALGUNS DOS  PONTOS DE VISTA EXPRESSOS :


-   PENSAMOS   QUE A COEXISTÊNCIA ENTRE UM EDIFICADO MODERNO  E ANTIGO , NUM MESMO OU EM ESPAÇO DISTINTOS NÃO SÃO, NÃO SÓ INCOMPÁTIVEIS , MAS PELO CONTRARIO  SÃO  DESEJAVEIS. ( COMO NA SITUAÇÃO PRESENTE). 

POR EXEMPLO  EM PARIS AO LADO DO HOSPITAL NECKER ,"LES ENFANT'S MALADIE, O HOSPITAL PEDIATRICO MAIS ANTIGO DO MUNDO ,  PARA ALEM DE SE PRESERVAR  E RESTAURAR O EDIFICADO ANTIGO, ESTÃO  A CONSTRUIR-SE UM NOVO HOSPITAL PEDIATRICO. 

-RELATIVAMENTE  AOS DEFEITOS DE CONSTRUÇÃO DO HOSPITAL AMADORA SINTRA E  PEDIATRICO DE COIMBRA, ESTES FACTOS NÃO PERMITEM DEDUZIR  QUE A SUA CONSTRUÇÃO NÃO SE JUSTIFICOU  E  OS  SEUS DEFEITOS  E DEGRADAÇÃO,   TEM HAVER COM UMA CULTURA DE  IMPUNIDADE E A FALTA DE CONTROLO  SÔBRE AS CONSTRUTORAS E AS PPP , QUE TEM REDEA SOLTA,   ALIAS COMO SE CONFIGUROU NO ANTERIOR  E ANULADO CONCURSO DO HOSPITAL  DE TODOS SANTOS.  


- NÃO NOS ESQUEÇAMOS QUE UM POVO DESAPOSSADO DOS SEUS REFERENCIAS FISICOS DE   MEMÓRIA É UM POVO  DESIDENTIFICADO E SUBJUGÁVEL.  A TITULO  MERAMENTE EXEMPLIFICATIVO DESTA ANTIGA  TATICA DE GUERRA, RECORDAMOS  QUE OS NAZISTAS RETIRAVAM AOS PRISIONEIROS QUE CHEGAVAM AOS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO  TODOS OS OBJECTOS PESSOAIS, E EM TROCA , CORTAVAM-LHES  TODO  O CABELO E DAVAM-LHES UMA FARDA CINZENTA COM  UM NUMERO  DE SERIE. 

É O  QUE  ESTES GESTORES, E GOVERNANTES ,  ACREDITAMOS POR IGNORÂNCIA,  SE PROPÕE A FAZER  AOS LISBOETAS , AO SUBSTITUIR  O  EDIFICADO DOS ANTIGOS HOSPITAIS POR CONDOMINIOS DE LUXO , PRIVANDO-A DOS SEUS HOSPITAIS DE REFERÊNCIA  ( NOMEADAMENTE  O PEDIATRICO E) EM  TROCA CONSTRUIR UM HOSPITAL GENERALISTA .
ASSINA :PEDRO PAULO MENDES





domingo, 9 de março de 2014

“A PRESSA É INIMIGA DA PERFEIÇÃO” OU CRITICA AOS ARGUMENTOS APRESENTADOS PELO DO DR. LUÍS CUNHA RIBEIRO , PRESIDENTE DA ARS DE LISBOA NO DEBATE DO DIA 10 DE DEZEMBRO DE 2013 SOBRE A COLINA DE SANTANA




"Mude,  mas inicie devagar,  pois a direcção é mais importante que a velocidade" Clarice Lispector



ALGUMAS  CONSIDERAÇÕES CRITICAS AOS  ARGUMENTOS  APRESENTADOS PELO  DO DR. LUÍS CUNHA RIBEIRO , PRESIDENTE DA ARS DE LISBOA NO DEBATE DO DIA 10 DE DEZEMBRO DE 2013 SOBRE A COLINA DE SANTANA EM DEFESA DO ANTIGO PROJECTO  E PLANO FUNCIONAL DO HOSPITAL DE TODOS OS SANTOS  QUE FORAM  ANULADOS  DEVIDO A " IRREGULARIDADES E VICISSITUDES PROCESSUAIS"



INTRODUÇÃO:



Não  fosse   a  Associação Portuguesa Arte Outsider,  (APAO)”    (Património do H. Miguel Bombarda) que organizou um movimento critico amplamente participado e na sua sequência um abaixo assinado endereçado  Assembleia Municipal de Lisboa, solicitando  a  reprovação  em bloco  dos  projectos arquitetónicos imobiliários  que  transformariam o  espaço histórico dos antigos Hospitais Civis de Lisboa em condomínios privados,  neste momento estes  projectos, já estariam  aprovados  pelos   desprevenidos  Deputados da Assembleia Municipal de  Lisboa , pois a sua apreciação  foi  estrategicamente  agendada  para  uma amena tarde véspera de ferias no  dia 31 de Julho de 2013.

No seguimento  destes atropelos e em resposta ao abaixo assinado  a Arquitecta Helena Roseta , (que neste  mandato é  a  Presidência  da Assembleia Municipal de Lisboa ) ,  promoveu um conjunto de debates temáticos abertos a participação publica versando  sobre as  implicações e consequências  da desactivação  dos antigos Hospitais Civis de Lisboa , que  fazem parte do  Centro Hospitalar de Lisboa Central  e da Colina de Santana.

Estes debates,  estão disponíveis online e  iniciaram-se no dia 1O de Dezembro de 2013 como tema  “O ponto em que nos encontramos” . Coube ao Dr. Luís Cunha Ribeiro - Presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, fazer a 1ª intervenção.  http://debaterlisboa.amlisboa.pt/651000/1/index.htm

 Do nosso ponto de vista o  seu discurso  será   apenas mais um eco do coro  consertado dos  vários gestores  ideologicamente envolvidos na  estratégia da   “reorganização” da rede hospitalar, já  em curso desde já alguns anos e em que um  dos seus paradigmas essenciais será  a implementação das   PPP para a Saúde . (referimos-nos aos Ex mos Senhores ex Ministros da Saúde: Arlindo de Carvalho, Luís Filipe Pereira e António Correia  de Campos )
  O Dr. Luís Cunha Ribeiro,  expressou com toda a sua   convicção,   a urgência da construção imediata do Hospital de Todos os Santos e a mais rápida  possível  desactivação dos actuais Hospitais de Lisboa  Central.
Devido  a importância e implicações   desta matéria para os   cuidados de saúde para Lisboa e Zona Sul do Pais  analisaremos seguidamente  de  algumas  das justificações apresentadas na sua  intervenção no  1º debate.
 Todos os seus argumentos  redundaram   em defesa   da necessidade imediata da construção imediata do Hospital de Todos os Santos . 

CRITICA  AO ARGUMENTO QUE É “URGENTE”  CONSTRUIR O NOVO HOSPITAL DEVIDO AS SOFRÍVEIS CONDIÇÕES DE HOSPITALIDADE DOS DOENTES INTERNADOS NOS ANTIGOS HOSPITAIS CIVIS DE LISBOA

O discurso do  Dr. Luís Cunha Ribeiro  se distinguiu  pelo  ênfase  preocupado que depositou nas suas palavras expressando   a urgência  da construção do Hospital de Todos Santos devido   ao   desconforto e frio  que os doentes no inverno estariam sujeitos  nas enfermarias do Hospital de São José .
 Relacionou esta situação   com o pé direito alto dos edifícios  e maior circulação de ar  e assim  deficiente isolamento térmico.   Na mesma ordem de ideias referiu-se que a maior incidência de infecções complicando cirurgias   no Centro Hospitalar de Lisboa Central devido a  fendas nas suas paredes.    (agradecíamos que facultasse o trabalho de  investigação em que fundamentou  a sua tese )
. Não  deixando de concordar  benefícios  de que um novo edifício respeitando  as modernas regras de isolamento térmico, permitimos-nos contudo   algumas duvidas sobre a consistência da sua argumentação .
Os arquitectos dos edifícios  públicos  antigos  entre outras razões optam pela altura dos pisos era a  salubridade devido a melhor circulação de ar.     ( este conceito foi explicitamente aplicado na construção do Hospital D. Estefânia)
Por outro lado   a  grande   espessura da paredes  de pedra e a massa de barro e  calcário  que as liga , que se  caracterisa  pelo isolamento  do exterior das temperaturas extremas menos no  inverno mas principalmente no  verão.
Do que indagamos , no inverno,  nas enfermarias do Hospital de São José , os doentes  queixam-se de calor e não de frio devido ao sistema de aquecimento por vezes não estar regulado ( corrijam-nos se não for assim)
Disseram-nos sim de que os doentes queixam-se de frio  quando são transportados  nos corredores indevidamente agasalhados ao irem fazer algum exame auxiliar
Estes  problemas técnicos  tem contudo soluções  mais baratas  aos contribuentes do que construir um equipamento hospitalar a toda pressa e cujo plano funcional e projecto não tenham sido amuderecidos com consequencias muito mais graves no futuro.
 Sobre o preço de manutenção dos Hospitais antigos, seria interessante que os que apostam na sua desactivação  , se interrogassem o  porque  de alguns povos  (os ingleses e franceses  por exemplo ) optarem em muitos casos   pela sua preservação e renovação. 
http://www.google.pt/searchbiw=1241&bih=680&tbm=isch&imgil=NEdDl8JkgBU0oM%253A%253Bhttp%253A%252F%252Ft3.gstatic.c
Não nos parecerá  que as  opções destes povos devam-se  a sua  inépcia ou  serem esbanjadores que gastam "acima das suas possibilidades",  como por exemplo;  a construir auto estradas sub utilizadas  e a pagar rendas as PPP milionárias  como na Brisa  ou  no caso dos hospitais a ESTAMO  pela utilização de  bens públicos  de  que  indevidamente querem nos desapropriar.
 Poderiam ao contrario  solicitar a “ Insulating Older Homes | English Heritage https://www.english-heritage.org.uk/your-home/saving.../insulation/  um orçamento, para o isolamento dos edificios problemáticos e que seria provavelmente  inferior ao que a renda que  pagamos  indevidamente a “ ESTAMO”.

Não é o nosso objectivo neste texto  questionar as suas teses e  que terão a sua   justificação  mas sim  relativiza-las  face  a importância do que  será posto   em  causa  se  o curso actual reforma  não for ponderado e reformulado.
Nesta perspectiva , consideramos que todas as  premissas da reorganização da rede hospitalar  de Lisboa que esta  em curso  devem ser reavaliadas  e   inclusive se neste momento de crise financeira  a construção se justifica a construção imediata de um novo Hospital.  Os gestores hospitalares   fizeram as suas contas mas  será obrigatório que estas sejam  auditadas entidades independentes dos interesses das PPP . Sugerimos que consultem  o artigo  e intervenção do Sr. Engenheiro S.  Pompeu dos Santos que digitalizamos e que apresenta alguns números que contradizem o optimismo dos defensores da PPP do Hospital de Todos os Santos. 

No caso de  virem a se confirmar os benefícios financeiros  técnicos e assistênciais de um novo hospital , para alem  da caracterização população  e que valências virá a  servir    deve-se ter em conta  outros factores paralelos como os impactos sociológicos , históricos culturais. È por terem este tipo  preocupações   que os  Ingleses e Franceses optam por conservar  Serviços e Hospitais em Centros  Históricos em detrimento das  vantagens logísticas da sua mera desactivação.  Esta   perspectiva  implica algum grau de civilização e sensibilidade,  que escapará  aos especuladores imobiliários  e aos financeiros das PPPs .  

Caso  considerar-se vantajoso iniciar  construção de um novo  hospital, o que admitimos, haverá que caracterizar o seu perfil assistêncial  e definir se estará vocacionado para um serviço  de  proximidade ou  acumulará  funções  terciárias  de referência para zona sul do Pais

 Da resposta a estas questões se  farão propostas   no sentido de desenvolver e poderar :

1- Um novo plano funcional e a escolha do  local de implantação e sua  dimensão .

2- se haverá  ou não alternativas em construi-lo numa zona de risco sísmico , médio alto, como o  Vale de Chelas ou aproveitar por exemplo o actual espaço do Hospital de Curry Cabral que como o IPO tem acessos facilitados. 
Em qualquer  duas  alternativas haverá que decidir  pelo tipo de construção que se  deverá previligiar :  horizontal  e  modular ou alternativamente  em altura constuido umbloco indiferenciado, como agora se propõe,  e que tem a desvantagem de ser  mais atreito aos efeitos das catástrofes.

3- Ponderar se é licito  de   privar  a população de Lisboa Central  dos seus Serviços de Saúde  de proximidade como actualmente se configura  e assim obriga-la a se  deslocar a Chelas . 
      Admitindo-se que  esta não é uma opção razoável  e que contribuirá para desertificação de Lisboa histórica , propomos em sua  alternativa  a construção de um  Hospital Generalista  de média dimensão com 500 camas , como equipamento de proximidade para  população de   Lisboa Oriental e assim preservar   e reformar o edificado dos antigos  hospitais  Lisboa Central  destinando um deles a um hospital  proximidade ( São José ou Curry Cabral) e aos outros a serviços referência  para a Zona  Sul do Pais e Ilhas. 
      Esta opção será   a mais equilibrada,  apesar de contrariar dos interesses imobiliários.
Esta opção incorpora ainda  a possibilidade de aprimoramento futuro  e  para um  tempo  que não gostariamos longíquo,  numa  epóca de menores constrangimentos monetários, em   se construiria um novo Hospital Pediátrico / Centro Materno Infantil como se prevê no Porto e Coimbra)  e que substituiriam os actuais Hospitais D. Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa.

4 - Averiguação / inquérito a luz dos critérios da U.E,  se não se esta a incorrer num crime  publico , (que creditamos inconsciente  e apenas por incultura, insensibilidade, ignorância ) a   destruição em curso do Hospital   Pediátrico de Lisboa pois mundialmente  assume-se  que o atendimento das crianças é mais eficaz e humanizado  nos Hospitais Pediátricos.  https://www.childrenshospitals.net/AM/Template.cfm?Section=Home

6-Em consequencia das conclusões da alínea anterior,  decidir- se-a  em contraponto   ao projecto actual, que prevê a construção de um mega hospital tecnológico  no Vale de Chelas e  que substituirá   todos os  antigos  Hospitais  Civis,   e que tem implicita uma estrategia  redutora  impondo  diminuição de camas do secto publico,  se não será  mais sensata a  opção   pelo conceito  Centro/ Campus hospitalar em que o Hospital de Adultos  e o    Hospital  Materno Infantil  venham no futuro a  coexistir em relações de complementaridade,  mas administrativamente autónomos , como alias acontece na generalidade das   grandes cidades do mundo civilizado.

 6- Anulação  do  Plano Funcional proposto no anterior concurso do HTS que é não é legal.
 Para os leitores que desconhecem o  seu conteúdo, naquele  plano  
 Funcional quer  os blocos operatório quer nos  serviços  transversais   os espaços  de atendimento são comuns  e  assumi- se como regra a promiscuidade e  convívio nas salas de espera   entre as  crianças e adultos doentes. A titulo de  exemplo indagamos se não chocará a sensibilidade do Dr. Luís  Cunha Ribeiro que uma criança com uma pneumonia  ou um  simples entorse,  encontre-se na mesma sala  de espera com doentes  adultos acamados  sofrendo situações cronicas  incapacitantes  ou neoplasicas avançadas . ( ver em anexo artigo do boletim  "A Estefânia"). 

6- Que  se pondere e  e de acordo com a decisão judicial se  interrompa de imediato a  desarticulação apressada da MAC  e a  sua integração no Hospital D. Estefânia ,  pois esta  será    necessariamente  conflituosa  pois se desenvolverá  a custa do espaço reservado a crianças  no Hospital D. Estefânia,  o  que   obriga ao internamento de crianças de patologias   e idades incompatíveis em espaços  que eventualmente   colidirão regras elementares de hospitalidade e de saúde publica. 
Reafirmamos , na linha de pensamento anterior ,  que só após a construção de  um Centro Materno infantil   diferenciado no Campus de um  futuro Centro Hospitalar  de Lisboa que se proceda a transferência daqueles hospitais.

1ª CONCLUSÃO

O senso comum ensinou que “a pressa é má conselheira” aqui acrescentamos  que é  prudente aprender com os erros cometidos no  passado.  
Transcrevemos  nesta ordem de ideias  uma noticia do Jornal Publico.  que se reportou    as  consequencias do  encerramento  apressado de maternidades pelo Ministro António Correia de Campos sem que se  tenham acautelado  alternativas coerentes e solidas , erro que quanto a nós  se esta a repetir no que diz respeito organição da rede hospitalar Assistência Materno infantil   e a identidade historico cultural de Lisboa . 
Convidamos  aos Leitores e intervenientes  naquele processo à  reaviava-las e recorda-las.....


Critica ao 2º argumento

O Dr. Luis Cunha Ribeiro já  no final da sua intervenção , afirmou que “ não devemos  perder mais tempo e aproveitar o Plano Funcional e projecto arquitectonico do concurso  anteriormente anulado para construir o mais rapidamente possível o novo Hospital de Todos os Santos”

Dr. Luís Cunha Ribeiro considerou  que o futuro  Hospital dispõe  já dispõe de um plano funcional  e um  projecto arquitetonico aprovados .
Desta forma. segundo  a sua opinião e apesar da  anulação do concurso anterior devido a “irregularidades e vicissitudes” estes devem  continuar  validos para o novo concurso e que desta forma poderão ser ultrapassadas  etapas  processuais e que assim iniciar a  construção do novo Hospital se inicie em regime de  urgência 
( indagamos se nesta pressa  não haverá aqui alguma deformação profissional ligado ao seu passado pe lo INEM ?....)
Em nota prévia haverá que não esquecer  que as amenas palavras   “ irregularidades vicissitudes” quererão  na realidade dizer  ilegalidades   que custaram   dinheiro ao erário publico  e que estes termos romanescos ao  invés de  levar a responsabilização dos culpados   encobrem-nos   numa cortina de silêncio. (alias como tem ocorrido  como outros processos em que os sujeitos implicados  fazem parte ou servem ss elites politico financeiras )
Em nossa opinião a  metodologia da elaboração e aprovação  plano funcional do futuro Hospital de Todos os Santos foi em tudo semelhante  ao ocorrido aos projectos dos condomínios para  a Colina de Santana e como aqueles caracteriza-se  por uma estratégia de factos consumados  sustentando-se em um legalismo apenas formal contruido a sua medida.
Caso não se recordem ou não estejam informados o Plano Funcional  do HTS surgiu de uma encomenda a InterSalus,  pela comissão  da PPP do futuro HTS  presidida  pelo Engenheiro Gestor Pedro Dias Alves,  nomeado por  Manuel Pinho, Ministro das Finanças de Sócrates . ( antes de assumir a gestão do projecto o Eng. Pedro Dias Alves for a  gestor pelo Grupo Mello Saúde no Hospital  Amadora Sintra)
Não  sabemos   quais os seus custos do projecto , mas temos a certeza, no que se ao seu conteúdo  e no que diz respeito a assistência  pediatrica foi  elaborado sem a participação dos profissionais do HDE.  Caberá aos  outros profissionais do CHLC  dizer se o mesmo não ocorreu nas suas especialidades
Em conversa  de corredor constou  que consultor do plano funcional  para a  pediatria foi um medico pediatra  espanhol que    exercerá  funções  em um Hospital Generalista.
Este plano, realizado  sem a participação dos profissionais,  foi colocado a consulta  publica na antiga  sala do Conselho de Administração do HDE, mediante identificação e apenas em suporte de  papel, impedindo-se assim a sua analise cuidada e sem restrições de horário.
 Este plano trazia em todas as suas paginas a chancela da multi nacional a que fora encomendado a  “Intersalus”.
Esclarecemos  que a especificidade Pediatria contemplada   naquele plano funcional  resumiu-se a um apêndice  de ultima hora , que acreditamos ter sido incluído  apenas devido  as nossas criticas  mas  que mesmo  assim continha aberrações  (  a palavra é  forte mas bem aplicada )no que diz respeito a assistência infantil  (por exemplo,  no internamento em psiquiatria as crianças e adultos partilhavam espaços comuns!).
Com a saída de António Correia de Campos  aquele documento   , como surgiu,   desapareceu  mas….num passe de magica  reaparece   transformado em “Provisorio”  no Site do Ministério da Saúde já consulado da Dra. Ana Jorge, apenas  algumas modificações de pormenor relativamente ao anterior e estranhamente,  sem a chancela Intersalus. (  ver imagens abaixo).
 Ressalta  neste procedimento  um  sentimento  de mal  estar e incomodo   por parte do Ministério e  assim eventual  necessidade  ocultação da sua origem .
Conclui-se  que actualmente existe apenas  com um plano funcional ilegal  e outro provisório e  que assim  não poderá  existir um projecto arquitectonico definitivo   ( por mais mérito  eaproveitamento  futuro que venha a  ter o do Arquitecto Souto Moura )


2ª CONCLUSÃO

-"Compreendemos"que  PPP  ligadas a construção Civil  estejam  ansiosas por juntar as sua a carteira de negocios e rendas  a construção  do novo hospital . 

-Admitimos que um novo hospital venha  a ser construido em regime de PPP,  mas apenas se  o processo de contratualização seja transparente ; que o seu valor orçamentado  quando comparado   ao orçamento caso construído pelo Estado tenha sido  favorável ao interesse publico ; e de  que o projecto não se enquadrasse num estratégia  deliberada ou ignorante da desarticulação do SNS  e da  Assistência Materno Infantil diferenciada na Zona Sul  do Pais .
 Para  que estes objectivos se concretizassem , seria necessário resto   que existissem entidades reguladoras publicas eficazes e uma outra elite e culturas politicas. 

-"Compreendemos" que os interesses imobiliários querem apropriar-se o mais rapidamente possível dos espaços publicos da Colina de Santana.

-"Compreendemos" igualmente  que os Hospitais Privados  e os  Públicos de gestão privada  estejam  ansiosos por se substituírem  ao sector Publico.

-Partilhamos  da preocupação do Dr. Luís Cunha Ribeiro   da  necessidade de conforto  nas  enfermarias e melhoria da acessibilidade dos dos Hospitais Públicos.

-Temos sérias duvidas sôbre os benificios  financeiros  que dizem de  que os contribuintes / Estado  beneficiaram das suas opções e estas assim  deverão ser analisadas por entidades independentes.

- Não compreendemos a obstinação  e insensibilidade   dos defensores da actual reforma , que numa atitude autista  ostensivamente ignoraram  a vontade dos 80.000 portugueses que  subscreveram o abaixo assinado solicitando a manutenção de um Hospital Pedíatrico em Lisboa 
 resguardam-se quando confrontados com o seu isolamento,  com a frase de circunstância  e oca  que já tem preparada : --Dizem eles  "uns querem um Hospital Pediatrico outros não" .  Sub entende-se  que  este ultimos e que são eles próprios , apesar de corresponderem a    minoria querem impor a sua vontade a qualquer custo.

Mas fundamentalmente consideramos  que :

- A “  pressa” na construção do Novo Hospital nunca poderá  justificar  opções com legitimidade   duvidosa  do  ponto de vista medico cientifico,  sanitário  e urbanístico e ético politico. Ilegitimidades estas,  em que se  incorrerão ao assumir-se a   ilegalidade que envolveu   anterior concurso do HTS e  ao pretender-se reabilitar o seu  plano funcional  que (felizmente) nunca passou de   “provisório” .

Alertamos finalmente  ao Ministério da Saúde  que face a estes considerandos não poderá  deixar de  elaborar e propor um novo Plano Funcional,  publica-lo, e promover a sua  discussão publica  em um processo  que  se considere  digno deste nome. 


Assina: Pedro Paulo Machado Alves Mendes, Medico Radiologista do H. D. Estefânia- ( Hospital agora em extinção e por hora já reduzido  ao  “Polo Pediátrico do CHLC”)

 (em proximos textos procederemos a  critica aos restantes argumentos)




www.youtube.com/watch?v=nV5gt49-XmQ




ANALISE CRITICA DO ANTIGO PLANO FUCIONAL 
BOLETIM "A ESTEFANIA"





1º PLANO COM CHANCELA DA INTERSAUS
    

2º PLANO , PASSA A PROVISORIO  JÁ SEM A CHANCELA DA INTERSALUS








    Saúde
O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi substituído pela 
nova ministra da Saúde, Ana Jorge, avança a TVI. Contactado pela RTP, Luís Manuel Cunha Ribeiro explicou que sai na sequência do que considera um "acto normal, o de pôr o lugar à disposição da nova ministra".Luís Cunha Ribeiro, nomeado no tempo de Luís Filipe Pereira e que permaneceu no cargo com Correia de Campos, vê assim o mandato interrompido. 

Decorre amanhã uma reunião entre os responsáveis do INEM e responsáveis do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).

Esta saída acontece na sequência de vários “episódios" recentes que envolveram o INEM, nomeadamente o que ocorreu em Alijó, distrito de Vila Real, quando um homem morreu em casa após uma queda. A família responsabilizou o INEM, sustentando que a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Vila Real só chegou à aldeia "duas horas depois do pedido de ajuda" – uma informação desmentida pelo instituto.

Gravações da ocorrência, divulgadas pela SIC, revelam que a operadora de serviço do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) teve dificuldades para determinar os meios necessários para responder à ocorrência e, quando contactou os bombeiros de Favaios (a corporação mais próxima) só se encontrava um bombeiro no local, o que obrigou a recorrer à corporação de Alijó de onde acabaria por sair uma ambulância vários minutos depois.

Também a secretária de Estado adjunta da Saúde, Cármen Pignatelli, indicou no passado dia 28 de Janeiro que o sistema de emergência médica poderia ser "melhorado". “Numa análise das situações que ocorreram, verificámos que é absolutamente necessário definir os protocolos”, dizia a responsável.

Contactado pela RTP, Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, indicou não estar surpreendido com esta medida, que considerou ser positiva. "O INEM, depois de mais de 25 anos de serviço, precisa de uma mudança", indicou Duarte Caldeira, referindo ainda que espera que essa mudança se estenda à direcção dos serviços médicos, para que o INEM passe a ter uma visão diferente do atendimento pré-hospitalar, "menos conflituosa, menos auto-exclusiva e menos centrada em si próprio, mais direccionado para o cidadão".

Por seu lado, o presidente da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais, Fernando Curto, indicou à estação pública que espera esta saída de Luís Cunha Ribeiro sirva para se reavaliar a prestação de socorro pré-hospitalar em Portugal, sublinhando a necessidade de o INEM ser tutelado quer pelo ministério da Saúde, quer pelo da Administração Interna, a fim de se evitarem situações como as que aconteceram recentemente.


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