quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Os mesmos em que houve contencioso sobre verbas no Amadora...estiveram na escolha do projecto do HTS.... O que nos esperará?!!!

Hospital de Braga em stresse
Ministra da Saúde prometeu atenção redobrada, mas a nova parceria com os Mello está gerar polémica.
Ana Sofia Santos (www.expresso.pt)
10:00 Quarta feira, 23 de Fevereiro de 2011

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Ainda em conflito com o Estado por causa das contas do Hospital Amadora-Sintra, a José de Mello Saúde (JMS) volta à ribalta por más razões.

Prestes a inaugurar o novo Hospital de Braga - vai substituir o Hospital de São Marcos -, que a JMS construiu (em consórcio) e vai gerir em parceria público-privada (PPP), surgem acusações dos trabalhadores de pressões para abdicarem de dinheiro e de direitos ao assinarem contratos individuais de trabalho.

"Não fomos ouvidos quando o contrato foi celebrado", relata António Dias, dirigente do Sindicato dos Médicos do Norte. Só sete meses depois, em setembro de 2009, "quando foi feita a transmissão" da gestão da unidade de São Marcos para as mãos da JMS é que "houve uma reunião com o conselho de administração, a comissão executiva e representantes dos trabalhadores, onde nos foi garantido que tudo se iria manter igual no momento da passagem para o novo hospital", lembra o sindicalista.

Num anexo ao contrato consta a minuta de uma carta, "que deveria ter sido enviada para os trabalhadores, o que não aconteceu", em que é dito que não se prevê "a adoção de qualquer medida que ponha em causa o vínculo laboral". Em causa, temem os colaboradores, é deixarem de ser funcionários públicos.

António Dias confirma que "há médicos em regime de exclusividade, com vários anos de experiência, que tiveram propostas de reduções de 40% nas remunerações". A outros clínicos, que fazem 35 horas semanais, foi-lhes prometido um acréscimo em troca de uma carga de 40 horas. Entretanto, o Hospital de Braga é inaugurado no dia 10 de maio e "os trabalhadores estão preparados para se apresentarem ao serviço de pleno direito nas novas instalações e não como se fosse uma benesse", garante.

A maior parceria na Saúde


O Hospital de Braga é a maior PPP na saúde. Envolve uma despesa de 794 milhões de euros para o Estado, o que engloba a gestão clínica por dez anos, a construção do edifício e a sua manutenção por três décadas.

Este modelo de PPP é semelhante ao do novo Hospital de Cascais, gerido pela HPP Saúde (grupo Caixa), que teve a seu cargo a unidade antiga. A polémica e as queixas também acompanharam o processo, que envolveu a saída, em rota de colisão com a administração, de vários profissionais.

Os trabalhadores de São Marcos questionaram o Ministério da Saúde que, entretanto, através da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte comunicou que "os trabalhadores com relação jurídica de emprego público, quando cedidos, são-no na modalidade de manutenção do vínculo à administração pública, com os direitos e deveres inerentes, devendo ser remunerados pela entidade gestora" e acrescenta que querendo podem "optar pela suspensão do vínculo à administração pública e celebrar um contrato individual de trabalho".

A informação não dissipou o clima de tensão e as dúvidas, que chegaram ao Parlamento. O Bloco de Esquerda (BE) e o PCP pediram a presença da ministra da Saúde, Ana Jorge, na Assembleia da República para esclarecer o assunto e o requerimento foi aprovado por unanimidade (também o PS votou a favor).

O deputado João Semedo do BE diz que a "administração do Hospital de Braga ameaça com a colocação em mobilidade todos os que não troquem o contrato em regime de funções públicas por um contrato individual de trabalho".

Ruído e contra-informação


Também o presidente da secção regional Norte da Ordem dos Enfermeiros, Germano Couto, está apreensivo, com "a possibilidade de perda de vínculo à função pública". Lamenta, sobretudo, "a falta de diálogo com os profissionais, o que gera ruído desnecessário e contrainformação".

Na sua leitura, o comunicado da ARS é claro "ao afirmar que os atuais funcionários assinam contrato apenas se o desejarem, não havendo espaço para imposições ou horizonte para despedimentos sumários".
Sabe "que já foram feitos contactos com enfermeiros gestores" e admite que alguns "terão aceite a proposta".

Segundo a comissão executiva da Escala Braga, 200 enfermeiros assinaram com o novo hospital. Já António Dias revela que "houve contratos individuais com médicos vindos de hospitais EPE (Entidade Pública Empresarial) para cargos de diretor de serviço, mas podemos dizer que cerca de 90% dos médicos exprimiram a sua recusa mesmo antes de serem contactados".

O sindicato não desarma e tem um parecer jurídico pronto para contestar a atuação da Escala Braga que será entregue, entre outros, além da entidade gestora, ao presidente da Assembleia da República, a Ana Jorge, ao presidente da ARS do Norte e ao procurador-geral da República.

A DEFESA DOS MELLO

. A Comissão Executiva da Escala Braga (concessionária) garante que não há imposição para deixar a função pública. "A licença sem vencimento, assim como o contrato de cedência por interesse público, não põem em causa o vínculo à Função Pública, que se mantém suspenso enquanto vigorar o contrato individual de trabalho".

. "O colaborador que celebre um contrato ao abrigo do interesse público tem o direito de optar por manter o regime de proteção social de origem, continuar a contar tempo para a antiguidade e pode concorrer para outras funções no Serviço Nacional de Saúde".

. Sobre as reduções salariais, a Escala Braga menciona a existência "de um conjunto limitado de colaboradores (poucas dezenas num universo total de mais de 2000) para os quais o ponto de partida é distinto por usufruírem de um regime excecional face à globalidade dos profissionais do hospital e do sector da Saúde em Portugal".

. Neste momento, garante a gestora, existem 600 contratos individuais de trabalho "que representam cerca de um terço do total de colaboradores do hospital". Adianta que 200 enfermeiros assinaram contrato com o novo hospital.

Texto publicado no caderno de Economia de 19/02/2011


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Palavras-chave Hospiatal Braga ministra da saúde Mello polémica parceria conflito Amadora-Sintra

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Parceria Privada do Hospital de Todos os Santos, analisada por Guilherme d' Oliveira Martins.

Esperemos que não só os vultuosos valores em causa mas igualmente a condução de todo o processo que decorreu nos nos gabinetes dos interessados e de que os profissionais e publico forma afastados seja minuciosamente analisado e que o interesse da criança salvaguardado...


DIÁRIO ECONÓMICO - Nuno Miguel Silva
22/02/11


Obras públicas
Decisões sobre TGV e hospitais podem ser antecipadas
Nuno Miguel Silva
22/02/11 00:05


Futuro do TGV pode ser decidido mais cedo pelo grupo de reavaliação das PPP liderado por Guilherme d’Oliveira Martins.



Grupo de trabalho das PPP pode avaliar estes contratos mais cedo e separá-los dos outros.

Os contratos de TGV na linha Lisboa-Madrid e das unidades hospitalares de Todos-os-Santos e do Algarve são considerados ‘prioridades' de análise por parte do Grupo de Trabalho para Reavaliação das PPP - Parcerias Público-Privadas e Concessões, liderado por Guilherme d'Oliveira Martins.

O Diário Económico apurou que esta definição de ‘prioridades' decorre do próprio acordo político estabelecido entre o Primeiro-ministro, José Sócrates, e o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, quando foi escolhido o nome de Guilherme d'Oliveira Martins para presidir a esta entidade.

O Diário Económico sabe também que é uma prerrogativa de Guilherme d'Oliveira Martins e dos seus pares na referida unidade de reavaliação das PPP decidir se essas prioridades serão destacadas das conclusões gerais do trabalho e apresentadas antecipadamente ou se serão incluídas no relatório final, que deverá ser entregue ao Governo até ao final do primeiro semestre deste ano.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Um trabalho de pesquisa impar sobre a História da Assistência Hospitar Pediatrica em Portugal.



Este artigo esta em PDF na Internet. Trata-se da história da nossa evolução na assistência hospitalar pediatrica e é plena de significado actual quando estamos em risco de recuar dois séculos.
Será interessante notar que o autor é historiador francês, mas com sobrenome lusitano..com apoio da Gulbenkian....Talves um dia volte para o Porto ou Coimbra para se juntar as nossas crianças num novo Mindelo..para reconquistar um novo Hospital Pediatrico para Lisboa.

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Bienfaisance royale et crise hospitalière : « l’impossible » création d’un hôpital pour enfants à Lisbonne (1858-1878)
par Françoise SALAÜN RAMALHO*

Quand en 1860 le roi du Portugal Pedro V (1853-1861) promulgue l’acte de fondation d’un hôpital pour enfants pauvres à Lisbonne, il se conforme aux souhaits de sa jeune épouse récemment décédée, la reine Estefânia (1). Mais
l’hôpital qui ouvre en juillet 1878, près de vingt ans après la décision royale, ne réserve finalement à l’enfance qu’un service spécial d’une quarantaine de lits. Pourquoi l’ambitieux programme de doter la capitale portugaise d’un hôpital pédiatrique a-t-il échoué ? Plusieurs pistes s’offrent en réponse à la question. Certes, l’idée de réserver à l’enfance malade un établissement spécial est nouvelle au Portugal, mais elle a déjà acquis la force d’une conviction dans la plupart des pays voisins. Dans une Europe qui, depuis la fin du XVIIIe siècle, multiplie les mesures pour préserver la vie et la santé de ses enfants, plusieurs villes offrent déjà aux jeunes patients des conditions d’hospitalisation capables de prendre en compte la spécificité de leurs besoins sanitaires, moraux et éducatifs. Au Portugal, les gouvernements libéraux du XIXe siècle, animés par des idéaux humanitaires de réforme sociale, inscrivent l’assistance au rang de leurs missions (2),
* Historienne, membre du CRESC, UFR LSHS, Université de Paris XIII-Villetaneuse. Cet article est le fruit d’une recherche menée aux Archives nationales et à la Bibliothèque nationale de Lisbonne, grâce à une bourse attribuée par le Centre culturel Calouste Gulbenkian de Paris pour l’année 2004.
(16

Faça o download , através do titulo na Internet para ter acesso ao artigo na sua totalidade

PPM

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Vá para fora cá dentro.....Em tempo de crise em que o Hospital Pediatrico de Lisboa esvai-se para os bolsos da parcerias privadas ..existe...


..... Existe um outro País, que sabe aquilo que quer !


Obrigado e Parabéns Coimbra!!




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Novo Pediátrico de Coimbra …..

Foto Gonçalo Manuel Martins
Um bloco operatório com seis salas, considerado o melhor a nível nacional, 163 camas e uma moderna unidade de cuidados intensivos integram o novo Hospital Pediátrico de Coimbra (HPC), que começa a funcionar em pleno segunda-feira.
As seis salas do bloco operatório reúnem, “a nível nacional as melhores condições” para a realização de cirurgias e, “em qualidade do ar e ruído” ele é considerado “um dos melhores da Europa, refere a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC, IP). O bloco está também dotado de uma sala de indução que permite ministrar a anestesia a duas crianças em simultâneo.
Outra “joia da coroa” do novo Hospital Pediátrico, que faz parte do Centro Hospitalar de Coimbra, EPE, é a sua unidade de cuidados intensivos, que está preparada para receber 20 doentes em caso de catástrofe e possui um quarto que permite realizar cirurgias sem que seja necessário a criança sair para o bloco operatório.
Além de estarem apetrechados com unidades neo-natais, os cuidados intensivos permitem a oxigenação por membrana extra-corporal, em que uma máquina desempenha as funções cardio-respiratórias.
Obra há muito reclamada, a infraestrutura construída de raiz junto dos Hospitais da Universidade de Coimbra está inserida num terreno com uma área de 73.500 metros quadrados e possui uma área bruta de construção de cerca de 90.000 metros quadrados.
Tem 163 camas, 107 enfermarias, 18 salas de diagnóstico e terapêutica, 145 gabinetes médicos e 43 gabinetes de enfermagem.
Dividido em quatro grandes áreas, o HPC dispõe de 600 lugares de estacionamento distribuídos por cinco pisos de estacionamento semi-enterrado e ao longo de arruamentos interiores, segundo a mesma nota da ARSC.
O novo HPC representa “uma melhoria extraordinária” das condições de atendimento às crianças e jovens, que constituem a sua população alvo, “potenciando a humanização dos serviços”.
Além de aumentar a capacidade de atendimento, tratamento e vigilância às crianças e jovens, “abre novos horizontes ao desenvolvimento de novas técnicas e à investigação”.
“Para toda a região Centro será a unidade central de prestação de cuidados especializados que não estão disponíveis nas unidades hospitalares menos diferenciadas, quer na prestação de cuidados (por exemplo, desde o suporte de vida aos recém-nascidos de alto risco até à transplantação), passando pelo apoio à distância a unidades pediátricas menos diferenciadas ou centros de saúde”, adianta a ARSC.
Dados da ARSC indicam que a empreitada de construção foi adjudicada por 45 milhões de euros, mas o projeto, na sua globalidade, situava-se, no verão passado, nos 92 ME.



ENQUANTO EM LISBOA DEDICAM-SE DILIGENTEMENTE A DESTRUIR UM DOS HOSPITAIS PEDIATRICOS MAIS ANTIGOS DO MUNDO EXISTE FELIZMENTE UM OUTRO PAIS AINDA NÃO SUBMISSO AOS INTERESSES DAS PARECERIAS PRIVADAS !
...CASO SE SINTA DEPRIMIDO COM A OBSTINADA, IRRACIONAL E SURDA DESTRUIÇÃO DO HOSPITAL PEDIÁTRICO DE LISBOA....NÃO PRECISA VIAJAR PARA OUTRO PAIS... VÁ LÁ FORA CÁ DENTRO...VÁ A COIMBRA..E CONHEÇA O NOVO HOSPITAL PEDIÁTRICO QUE SERVIRÁ A REGIÃO CENTRO... SIMILAR EM TUDO AOS MELHORES DO MUNDO!


Reportagem da Jornalista Manu....subscrita por.....( anonimo )

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Circuitos Pediatricos / Circuitos de Adultos/ Terá sido uma " Acreditação apenas para Inglês ver !!? "Esperemos que não!




" Uma RNM de campo aberto um Hospital Pediatrico de uma cidade civilizada "


HOSPITAL PEDIÁTRICO - POLO PEDIÁTRICO " CORRERÁ O RISCO DE SE TRANSFORMAR EM BREVE UMA FRASE OCA E PUBLICITARIA AS OPÇÕES DEIXARAM DE TER POR PRIMEIRO MÓBIL O INTERESSE DA CRIANÇA MAS APENAS A RENTABILIDADE DOS EQUIPAMENTOS E AS NECESSIDADES DOS SERVIÇOS DE ADULTOS.
AS CRIANÇAS E ADULTOS PARTILHARÃO EVENTUALMENTE EM BREVE CIRCUITOS E SALA DE ESPERA COMUNS....


NÃO ESQUEÇAMOS QUE O ESPAÇO FÍSICO DO HOSPITAL D. ESTEFÂNIA PERTENCENTE AO DOTE DA RAINHA D. ESTEFÃNIA FOI GENEROSAMENTE DOADO E DESTINADO A CRIANÇA
A SUA APROPRIAÇÃO E DESVIRTUAMENTO PARA OUTROS FINS SE CONCRETIZADOS SERÃO ETICAMENTE CRITICAVEIS, POIS DES RESPEITAM UMA VONTADE NOBRE QUE SE DESPOJOU DE BENS PROPRIOS EM BENEFICIO DAS NOSSAS CRIANÇAS.

ALÍNEA 52.24 DO PROCESSO DE ACREDITAÇÃO A QUE SE SUBMETEU O HOSPITAL PEDIATRICO E QUE PERMITIU A ACREDITAÇÃO AFIRMA SEM MARGEM PARA DUVIDAS: OS CUIDADOS PEDIATRICOS SÃO PRESTADOS NUM AMBIENTE ORIENTADO PARA AS CRIANÇAS E SEPARADOS DOS ADULTOS.



O ESTABELECIMENTO DO MESMO CIRCUITO DE ENTRADA , A MESMA SALA ESPERA E PRIORIDADE NO ATENDIMENTO INDISTINTA ENTRE CRIANÇAS E ADULTOS QUANDO DA INSTALAÇÃO DOS NOVOS EQUIPAMENTOS DE IMAGEM  apesar do inegavel beneficio destes ultimos), ACASO NÃO ESTARÁ EM CONTRADIÇÃO COM OS CRITÉRIOS DE QUALIDADE ASSUMIDOS QUANDO DA RECENTE ACREDITAÇÃO ?

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Porque os Portugueses emigram.......


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Ontem ao chegar a casa , minha filha disse-me: "Pai assisti agora num programa da RTP1" Portugueses no Mundo" um documentário sobre um cientista que faz investigação no Hospital Pediatrico de Toronto.....Que lindo Hospital! Havias de ver a sua arquitectura! O médico chama-se Pedro Castelo Branco.... emigrou... faz investigação de ponta....Vai ver na Net.....que vale a pena....
Calei-me envergonhado.... confesso uma tristeza e revolta toldou-me o olhar....
Sim, senti-me envergonhado de termos nos Ministerios e cargos de chefia e de decisão altos responsaveis que repetem e se curvam perante o que interessa as parcerias privadas e afirmam seguros de si proprios e com jactancia que os Hospitais Pediatricos estão ultrapassados....
Outras gentes outras mentalidades...... mas ainda que bem que não estamos completamente divorciados do mundo civlizado,...em Coimbra e no Porto obstinadamente resistiram e venceram .....E assim o Dr. Pedro Castelo Branco terá ainda locais, outros que Lisboa, onde trabalhar em Hospitais Pediatricos....
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Hospital Sick children Toronto


O artigo transcrito na integra :

O português Pedro Castelo-Branco faz parte da equipa de investigação


Um novo tratamento para tumores cerebrais em crianças, baseado numa descoberta de uma equipa integrada pelo investigador português Pedro Castelo-Branco, avançará já este ano para a fase de ensaios clínicos, anunciou o cientista à Lusa.

"Durante o corrente ano deverão iniciar-se os ensaios clínicos que irão envolver pacientes a serem tratados com esta terapia", disse o investigador do Hospital "Sick Kids", em Toronto, Canadá.

O novo tratamento baseia-se numa descoberta da equipa do Centro de Pesquisa de Tumores Cerebrais Arthur e Sonia Labatt, daquele hospital da Universidade de Toronto, a que Pedro Castelo-Branco pertence, visando tumores cancerígenos pediátricos, mas tem igualmente um potencial de aplicação na terapia de tumores neuronais em adultos.

A investigação, que mereceu capa na revista 'Clinical Cancer Research' da Associação Americana de Investigação do Cancro em Janeiro, tem "o maior impacto na área da Oncologia Pediátrica, uma vez que esta terapia é específica na erradicação de células tumorais sem afectar o desenvolvimento normal infantil", elucidou Pedro Castelo-Branco à Lusa.

Conforme explicou, "os tumores pediátricos neuronais - tumores cerebrais e neuroblastomas - são a maior causa de morbidade e mortalidade em cancro infantil. Isto deve-se à capacidade dos tumores de reincidirem após o tratamento com radioterapias, quimioterapias e cirurgia".

Os estudos da equipa do investigador português demonstram que "as células estaminais normais, responsáveis pelo normal desenvolvimento infantil, não necessitam da enzima telomerase para a sua sobrevivência", substância esta que se encontra em células iniciadoras de tumores.

É assim que a descoberta abre portas ao uso de inibidores de telomerase, que "inibirão as células cancerígenas sem afectar as células estaminais normais", explicitou.

"No nosso estudo foram usados inibidores de telomerase de uma companhia Norte Americana, sediada na Califórnia", apontou, acrescentando não estar em posição de anunciar os consórcios médicos que serão responsáveis pelos ensaios clínicos, prevendo, porém, que se iniciem em doentes já este ano.

Pedro Castelo-Branco está há dois anos e meio em Toronto, no Hospital "Sick Kids", no centro de investigação de novos tratamentos para o combate ao cancro infantil, a fazer pesquisa e a ampliar a experiência que adquiriu nos EUA na área dos tumores cerebrais em adultos.

Nascido em Lisboa, Castelo-Branco licenciou-se em Biologia na Universidade de Aveiro, obteve um doutoramento em Biologia Molecular na Universidade de Oxford, em Inglaterra, e nos últimos anos foi investigador e docente da Universidade de Harvard, nos EUA, onde iniciou a carreira de investigação em tumores cerebrais.


O investigador expressou o desejo de regressar a Portugal no prazo de dois anos, tencionando iniciar uma "carreira académica e de investigação com reconhecimento dentro e fora do país".

"Em Portugal, existem locais onde se pode fazer boa ciência e uma vontade política de que tal aconteça", considerou.

Advertiu, no entanto, que "a área das células iniciadoras de tumores, e em particular as do foro neurológico, por ser bastante recente, não está ainda bem representada".

"Com a minha ida para Portugal, espero contribuir de forma relevante para o desenvolvimento de novas terapias que participem activamente no combate às doenças desta natureza", concluiu.