COMEMORAR
OS
OS 140 ANOS DO HOSPITAL D. ESTEFÂNIA
SIGNIFICA NÃO ACEITAR A
DESCARACTERIZAÇÃO EM CURSO COM VISTA
AO SEU
ENCERRAMENTO
SIGNIFICA LUTAR PELA EXISTÊNCIA DE UM HOSPITAL PEDIATRICO EM
LISBOA.
TUDO INDICA QUE O MINISTÉRIO DA SAÚDE , MAIS UMA VEZ , APROVEITANDO-SE DA
ALTURA DE FÉRIAS
PREPARA-SE PARA LEVAR A CONCURSO PUBLICO (?) A CONSTRUÇÃO
DO FUTURO HOSPITAL ORIENTAL , COM O PLANO FUNCIONAL ANTIGO
FEITO A MEDIDA DE INTERESSES ESTRANHOS A SAÚDE.
O texto que se segue foi publicado quando da realização da 4ª corrida D. Estefânia que continua inteiramente actual aplicando-se para o concurso que o Ministerio volta a reeditar......
http://campanhapelohde.blogspot.pt/2015/03/convite-4-corrida-destefania-dia-3-de.html
http://campanhapelohde.blogspot.pt/2015/03/convite-4-corrida-destefania-dia-3-de.html
Em 20 de Junho do corrente ano completam-se oito anos sobre o início da nossa campanha contra o encerramento do Hospital Pediátrico de Lisboa. Não desistimos e não nos resignamos; e nem poderia ser de outra forma, pois que o direito das nossas crianças a uma assistência hospitalar especializada é inalienável.
Recordamos que este processo teve inicio em 2007, quando o Ministro da Saúde em exercício, sem qualquer preocupação com a história ou a especificidade da instituição, não respeitou o parecer da Comissão Médica e integrou o Hospital de D. Estefânia (HDE), considerado o berço da pediatria portuguesa , no Centro Hospital de Lisboa Central (CHLC), quando dele até não fazia parte .
Tal determinação intempestiva surgiu desinserida de qualquer análise do papel internacionalmente reconhecido aos hospitais pediátricos na rede de referenciação e carta hospitalar materno-infantil. Procedeu-se ignorando os documentos e acções emanados de vários ministérios e gerações de profissionais que, nas duas últimas décadas , elevaram Portugal dos últimos para os primeiros lugares nos indicadores da saúde materno-infantil a nível mundial
Julgámos inicialmente que aquela iniciativa governativa seria apenas desconexa e apressada . Esta percepção revelou-se contudo ingénua, ao tomarmos aos poucos consciência de que o futuro “Hospital de Todos os Santos “ (agora redenominado futuro “Centro Hospitalar de Lisboa Oriental”) fora considerado “prioritário” no âmbito da 2ª vaga das Parcerias Público- Privadas para a Saúde (PPPS) e contava com um empréstimo de cerca 300 milhões de euros a juros residuais do Banco de Investimento Europeu (BIE). Para alem da construção, admitia-se que como em Loures a PPP abrangesse a gestão clínica. A magnitude do retorno dos dividendos previstos já fora contabilizada pelos grupos financeiros e os seus representantes designados em sede governativa. Deste modo, o projecto inicial foi construído à medida dos dividendos esperados; e resumia-se a um hospital generalista com 800 camas, não se entendendo (?) como viria ele substituir as cerca de 2000 camas dos hospitais que integram o CHLC.(nota 1) À pediatria ficavam reservadas apenas 60 camas. De acordo com o Plano Funcional, formatava-se um projecto de PPP para a construção, mas a filosofia subjacente a gestão clínica também era privada prevendo-se rentabilização dos espaços e dos profissionais à revelia da sua diferenciação e sem a preocupação com a especificidade, circuitos e ambiente pediátricos.
Inconformados com o retrocesso civilizacional que tal projecto consubstanciava, entendemos desafiar a barreira de silêncio imposta aos média e promovemos dois abaixo-assinados endereçados aos órgãos de soberania, tendo-se reunido cerca de 85.000 assinaturas . Foi assim possível aprovar uma moção na Assembleia da República e duas na Assembleia Municipal de Lisboa . Realizámos um referendo interno, em que 97 % dos profissionais votaram a favor de um hospital pediátrico autónomo . Conseguimos que em sede do PDM de Lisboa , os terrenos do HDE permanecessem sob o domínio publico Somaram-se ainda várias intervenções escritas e orais nos media , Assembleia Municipal,(nota2)Ordem dos Médicos , editamos 14 Boletins em defesa da causa... um Blog com 47.000 acessos e já estamos a 4ª ... corrida D. Estefânia....
A nossa acção suscitou e incentivou o debate público em torno de um projecto que na sua formulação inicial era lesivo dos interesses da comunidade. E o nosso alerta veio contribuir para a ilegalização daquele concurso. A sua insuficiência veio a ser reconhecida publicamente pela nova Comissão nomeada pelo Ministério da Saúde para conduzir novo concurso; e, mais recentemente, veio a ser oficialmente declarado que “ao contrario do anterior, neste já não seria desajustada a oferta de camas , insuficiente no anterior ” e que “a especificidade e ambiente pediátricos seriam melhor acautelados”.
Aguardamos assim que o novo Plano Funcional venha à discussão pública para nos pronunciarmos sobre a substância destas declarações.
Esta nova fase apresenta ainda outro pressuposto que melhor a qualifica relativamente ao concurso anterior . Nenhuma alteração numa carta hospitalar poderá existir sem que a prévia definição das redes de referenciação hospitalar a justifique. E só agora os seus princípios gerais estão sendo definidos. Neste momento encontra se a decorrer a discussão sobre um “Documento Síntese “, integrando a proposta para uma “ Rede Nacional de Especialidade Hospitalar e de Referenciação Materna, da Criança e do Adolescente”, em que se caracterizam os diferentes níveis e modelos organizativos dos Serviços .
Tal documento inclui o C.H.C.L com um dos dois centros de atendimento diferenciado materno- infantil na Zona Sul, classificando-o e integrando-o no “Grupo III”. Este grupo caracteriza-se, entre outros aspectos, por ser dotado de Serviços de Atendimento Neonatal diferenciados e de uma Urgência Pediátrica Polivalente.
As características das unidades Hospitalares do Grupo III correspondem às dos Hospitais Pediátricos de que o Hospital de D. Estefânia foi precursor em Portugal.
Estranhamente, nos últimos anos o seu nome tem sido sistematicamente omitido, não apenas naquele mas nos diversos documentos oficiais , sempre que se faz referência à rede hospitalar. Tal omissão, certamente intencional, procura insinuar a desidentificação e o esquecimento desta instituição centenária que foi berço da pediatria portuguesa, o que não devemos consentir .
Dito isto, entendemos ser urgente exigir que o Hospital Pediátrico seja explicitamente contemplado na nova “Rede de Especialidade e de Referenciação Materna e da Criança “; e exigir simultaneamente que o novo Plano Funcional do futuro CHLO seja publicamente discutido.
Nota1- tem obviamente a ver com os interesses dos grupos de saúde financeiros privados
em disputa de camas como SNS como denunciou o Bastonário da Ordem dos Médicos.
Texto de opinião de Pedro Paulo M.A .Mendes -Membro Plataforma Cívica em defesa Hospital Pediátrico em Lisboa
em disputa de camas como SNS como denunciou o Bastonário da Ordem dos Médicos.
Nota2- Nas iniciativas na CML agradecemos a iniciativa dos Cidadãos por Lisboa e de todas as
outras as forças politicas que nos tem apoiado
È uma obrigação civica defender a existência de um Hospital Pediatrico em Lisboa !
Na luta de bastidores pelo poder descobrem-se as verdades . Não nos esqueçamos que foi Manuel Pinho, Ministro das Finanças de Sócrates agora as contas com a justiça no caso EDP que nomeou o Engenheiro Pedro Dias Alves ( pertencente ao Grupo Mello e anterior Secretario de Estado de Cavaco Silva) , para orientar o concurso do futuro Hospital de Todos os Santos , no Ministerio de Correia de Campos, e que todos eles ( Mexia, Manuel Pinho e o Engenheiro PDA assim como Telmo Valido, (na altura responsável pela Intersalus em Portugal e que elaborou o Plano Funcional do futuro H.T.S, pertenciam ao Compromisso Portugal e por sua vez seguidores ao Compromisso de Washington constituindo-se funcionários em Portugal do Neoliberalismo Internacional ( quase todos estiveram ligados ao Banco Mundial)
Será interessante que o Ministério Publico desvende estas ligações perigosas e e aceitem o testemunho do
Dr. Jardim Gonçalves que agora já se sente com força e tem denunciado os métodos de atuação subterraneos daquele grupo quando do assalto vitorioso ao seu Banco.
O Plano funcional que outra vez querem aprovar pela calada é o de um Hospital formatado a medida dos interesses dos grupos financeiros ligados a Saúde,
ESTE BLOG QUE INICIOU A CAMPANHA DE DEFESA DO HOSPITAL PEDIATRICO DE LISBOA FEZ NO ULTIMO DIA 15 DE JUNHO 10 ANOS!
ESTA FOI A SUA PRIMEIRA POSTAGEM E QUE INFELIZMENTE CONTINUA A TER ACTUALIDADE.
http://campanhapelohde.blogspot.pt/search?updated-max=2007-07-06T19:13:00%2B01:00&max-results=15&start=263&by-date=false |
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