domingo, 21 de outubro de 2018

O direito das crianças portuguesas a uma assistência hospitalar terciaria especializada deveria ser um designio nacional e não um campo de reivindicação e mendicância junto aos Governos e Ministérios da Saúde. Enaltecer e expressar o nosso agradecimento pela a coragem e determinação da população do Porto e dos profissionais do Hospital São João nesta sua reivindicação é um ato de justiça e solidariedade obrigatório.



 "O direito das crianças portuguesas a uma assistência hospitalar  especializada deveria  ser um  desígnio nacional e não um campo de reivindicação e mendicância junto aos Governos e Ministérios da Saúde !"  

Deixemos claro que a reinvidicação de uma ala Pediatria autónoma relativamente ao Hospital de adultos é o mínimo exigível  relativamente ao que se pratica no mundo civilizado em que a existência de Hospitais Pediatricos é a regra.
Recordemos que o Hospital de Santa Maria e o IPO de Lisboa tem / tiveram  projetos semelhantes ao do Hospital São João e que  estão/ estarão  na "gaveta".    
mais grave é  que por ausência de ação e denuncia  publica   estão a  encerrar  o único Hospital Pediátrico de Lisboa.  


Pais fazem cordão humano pela construção da ala pediátrica do hospital de São João




A associação dos pais de crianças com doença oncológica tratadas no Hospital de São João, no Porto, organiza no sábado um cordão humano para relembrar o poder político da “urgência” da construção da nova ala pediátrica.
“Não basta dizer que sim, que é boa ideia fazermos este cordão humano, as pessoas têm de aparecer, têm de ir para o terreno porque ficar em casa não resolve nada”, disse hoje à Lusa o porta-voz da Associação Pediátrica Oncológica (APOHSJ), Jorge Pires.
O responsável referiu que a “cada dia que passa” a saúde das crianças internadas é posta em causa.
Além disso, com a chegada do inverno as condições em que estão as crianças agravam-se, sendo-lhes “muito prejudicial”, acrescentou.
Jorge Pires relembrou que há dinheiro e projeto, por isso, é só avançar com as “tão necessárias” obras.
Sobre a substituição do ministro da Saúde, o porta-voz da associação disse “pecar por tardia”, porque o ex-ministro, Adalberto Campos Fernandes, “prometeu muitas vezes e nunca cumpriu”.
“Dizia uma coisa um dia e, no outro a seguir, já dizia outra coisa diferente”, ressalvou.
Jorge Pires contou que as “ações pela ala pediátrica” não vão parar por aqui, estando já a ser preparadas outras.
O Governo autorizou no dia 19 de setembro a administração do Centro Hospitalar Universitário de São João a lançar o concurso para a conceção e construção das novas instalações do Centro Pediátrico.
A autorização foi concedida através de despacho assinado pelos ministros das Finanças, Mário Centeno, e da Saúde, Adalberto Fernandes, publicado no Diário da República.
Há dez anos que o hospital tem um projeto para construir uma nova ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.
Em junho, o presidente do Centro Hospitalar do S. João afirmou que o problema do centro ambulatório pediátrico, que inclui o hospital de dia da pediatria oncológica, ficou resolvido, mas “continuam a faltar as instalações do internamento pediátrico”.
As bancadas de PSD, BE, CDS-PP e PCP pediram na quinta-feira, no parlamento, a aceleração da construção da nova ala pediátrica do Hospital de São João, enquanto o deputado socialista Fernando Jesus assegurou que as obras arrancam em janeiro.
PSD e PCP apresentaram projetos de resolução a recomendar ao Governo que tome providências para o rápido desenvolvimento das novas instalações hospitalares, trocando acusações sobre as responsabilidades no atraso do início da construção, entre o atual Governo e os anteriores, nomeadamente o liderado por Passos Coelho (PSD/CDS-PP).
Os dois projetos de resolução são hoje votados no parlamento.

Transcrição de responsabilidade de PPMAM


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