segunda-feira, 16 de junho de 2008

Reflexões sobre o alegado “problema sentimental” que imputam como sendo a motivação preponderante na Campanha em Defesa do HDE.

Continuamos aqui a critica sobre "o dito" na reunião de 4 de Junho com o C.A. do Centro Hospitalar

Reflexões sobre o alegado “problema sentimental ” que imputam como sendo a motivação preponderante na Campanha em Defesa do HDE.




Alguém ,conscientemente, poderá confundir o Hospital D. Estefânia com o Hospital do Desterro?

Alguém poderá deixar de perceber o significado histórico, científico e cultural que é pactuar com a destruição do HDE, berço da Pediatria Portuguesa, tomando a titulo de exemplo de integração a comparação do HDE com a dum Hospital como o do Desterro, que dispunha na ocasião do seu encerramento de apenas duas valências de referência,já pré-existentes noutros hospitais do grupo !!?

Quando se afirma que as mudanças e transições custam, mas que fazem parte da vida e são um ónus a pagar em favor duma real melhoria na prestação de cuidados de saúde das populações, quem não concorda???.

Utilizando com exemplo o Hospital do Desterro, compreendemos que os seus funcionários tenham sentido pena, mas era imprescindível uma reorganização da carta Hospitalar. Uma eventual cedência ao compreensível sentimentalismo, nessa situação, teria sido inaceitável.

Confundir, contudo, esta integração com a destruição irreversível e a diluição do único Hospital Pediátrico de Lisboa e Zona Sul, e o único do grupo com creditação internacional, descaracterizando-o agora no Centro Hospitalar para o fazer depois desaparecer no futuro HTS, será, a consumar-se, um acto de Lesa Pátria,e reflecte, no mínimo, insensibilidade e desconhecimento da matéria em estudo.

Ns reunião realizada em ( 4/06/2008) no HDE, um dos defensores do actual projecto, respondendo á indagação feita por um dos presentes, sobre o destino do HDE, disse em tom "compreensivo" que entendia as objecções e sentimentos das pessoas em relação aos planos que se pretendem aplicar ao HDE pois já tinha passado por processo similar no seu extinto Hospital…

Ressalta-se o fato de, nesta reunião, ter ficado patente no silêncio presente, o repúdio á política prevista para o centenário Hospital D.Estefânia, tão considerado pelos portugueses (A petição em sua defesa já com mais de 76000 assinaturas, assim o comprova!).

Não se pode imaginar e fica-se sem palavras ante o fato de terem descartado e nem "trazido á baila" algum estudo prevendo opções para a requalificação e melhoria do HDE ou para a criação de um novo hospital pediátrico para Lisboa !

Para nós é inconcebível a política que se intenta para o HDE. È difícil perceber o alcance e as consequências destas medidas que nos impõe!

Face a isto é fácil compreender porque as manifestações de repúdio muitas vezes não são expressas, o nível do desagrado é de tal ordem que sua resposta poderá não ser compatível com a civilidade necessária na interacção ao vivo!

Senhores, não se confundam nem esperem confundir-nos! O que se passa é que vocês, talvez inconscientemente, estão objectivamenete a destruir o berço da pediatria portuguesa e o único Hospital que lhe é dedicado da Zona Sul do País !

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