quinta-feira, 29 de abril de 2010

Boletim nº 9 - Informação sobre as posições dos Partidos e Forças Politicas na A. da Republica e Municipal

Quem são as forças minoritarias que se opõe a opinião publica? Por quem serão apoiadas? Os interesses dos grupos economicos estarão acima dos da Saúde das nossas crianças ?





Posição dos Partidos e Forças Politicas.


Movimento / Partido Político Assembleia da
República (AR) Assembleia Municipal de Lisboa (AML)
CDS - PP Apoio Apoio
PSD Apoio Apoio
PPM nr Apoio
PS Pediu reunião à MS* Pediu reunião à MS*
PCP Apoio Apoio
PEV Apoio Apoio
BE Apoio Apoio
Cidadãos por Lisboa nr Apoio
Partido da Terra nr Apoio




Quadro: Forças políticas e seu apoio à construção de um Novo Hospital Pediátrico em Lisboa (Ver texto)


nr: força política não representada na AR;
MS:Ministra da Saúde; * Sem resultados conhecidos

A prestação de cuidados diferenciados às crianças doentes, especialmente aos casos mais graves, é uma prioridade dos sistemas de saúde do mundo desenvolvido e tem o seu expoente máximo nos Hospitais Pediátricos em que instalações, equipamentos e profissionais estão totalmente dedicados à criança e aos seus problemas, peculiaridades e doenças específicas. Com raras excepções, só países do 3º Mundo não têm hospitais pediátricos e, em cada ano, projectam-se, remodelam-se ou inauguram-se novos hospitais pediátricos por todo o globo. Tal acontece também entre nós com os exemplos da próxima abertura do novo Hospital Pediátrico de Coimbra e a concretização, a breve prazo, de novas instituições no Porto também dedicadas à criança. Em Portugal, o Ministério da Saúde (MS) insiste em extinguir o Hospital de Dona Estefânia, um dos mais antigos da Europa e o único hospital pediátrico especializado de Lisboa e zona sul do País. Pretende passar as crianças para as enfermarias do futuro hospital de Todos os Santos (Junto à Zona J de Chelas), onde estas serão frequentemente misturadas com os adultos doentes, nomeadamente em áreas de exames complementares, blocos cirúrgicos, circuitos de tratamento, etc..
É um caso único em nações consideradas civilizadas, o encerramento do Hospital Pediátrico da Capital passando as crianças a ser assistidas num hospital geral.
Lisboa e a zona sul (mas também as Regiões Autónomas, e os PALOPs) precisam de um novo Hospital Pediátrico e não de uma enfermaria ou ala de um hospital geral onde as crianças durmam para depois serem frequentemente tratadas em áreas e por técnicos treinados na medicina de adultos.
Por outro lado, é importante que o espaço e instalações do actual Hospital de Dona Estefânia continuem ligados à criança e à sua condição e não sucumbam aos interesses imobiliários nesta zona do centro de Lisboa.
É com estas motivações que existe a “Plataforma Cívica em Defesa do Património do Hospital de Dona Estefânia e de um Novo Hospital Pediátrico para Lisboa” e se têm manifestado instituições, partidos políticos, organizações da sociedade civil, figuras públicas respeitadas, 96% dos profissionais do Hospital e dezenas de milhares de cidadãos anónimos.
Numa Democracia saudável, os votos legitimam os nossos representantes e a nomeação dos governantes, mas a manifestação da sensibilidade, vontade e bom senso da sociedade civil e das suas organizações joga um papel de fundamental importância nas decisões, nomeadamente nas que têm profundas e duradouras consequências na vida colectiva. A extinção ou a manutenção de um Hospital Pediátrico na Capital do País é uma decisão paradigmática do interesse colectivo. Ela vai ter consequências em todo o Século XXI, afectando as crianças actuais, as de várias gerações vindouras e a formação de milhares de novos profissionais a especializar nesta área de cuidados.
Sendo uma decisão política, para além dos contactos com múltiplas organizações, personalidades e instituições de referência, nos últimos meses voltámos a reunir com todos os partidos e movimentos representados na Assembleia da Republica e na Câmara Municipal de Lisboa. O quadro inicial (Pág.1) reflecte as posições de apoio a esta causa e a concordância com um Novo Hospital Pediátrico para Lisboa, autónomo (embora construído próximo) do futuro hospital de geral de adultos-Chelas.
Perante a repetida e esmagadora opinião de apoio expressa pela maioria das forças políticas representadas da AR e AML, também já manifesta na anterior legislatura, assim como perante a posição da Comissão Parlamentar de Saúde, como entende o Ministério da Saúde (MS) o funcionamento da Democracia e os interesses da criança neste caso específico
O MS simplesmente não responde aos nossos repetidos pedidos de audiência, não cumpre as promessas de nos ouvir sobre este estranho processo, ignora a posição dos profissionais do Hospital e as quase 100.000 assinaturas das petições dirigidas aos órgãos do poder, não responde aos pedidos oficiais de partidos da AR para envio de documentos e programa do futuro hospital geral de Chelas, ignora a posição da Comissão Parlamentar de Saúde, não dá qualquer justificação ou resposta através dos Deputados do Partido Socialista que tentam promover os contactos com o MS sobre o hospital das crianças de Lisboa, não reconhece a sua posição minoritária nesta decisão. Em vez de reflectir sobre tudo isto, o MS contínua a promover e acelerar a actividade dos gestores que neste momento estão em fase de negociação das contrapartidas com as duas parcerias público-privadas seleccionadas para a construção do novo hospital de Chelas, sabendo-se que o modelo pré-aprovado não contempla a construção de um Hospital Pediátrico autónomo como seria lógico, razoável e desejável.
Que conceito de Democracia e de interesse público está subjacente a este comportamento do Ministério da Saúde? Que mais têm de fazer as famílias das crianças, os profissionais, a sociedade cívil e todas as forças políticas (incluindo várias sectores e personalidades do PS) para que o superior interesse das crianças se sobreponha a lógicas e interesses que ninguém entende, a modelos ultrapassados no tempo e ao mais profundo desprezo pelos cidadãos deste país e pelos seus anseios e opiniões fundamentadas?
Com meios escassos, continuaremos a divulgar a causa das crianças, a esclarecer, a sensibilizar os decisores e a tentar manter a questão na opinião pública. Esperemos que, um dia, o Ministério da Saúde aceite que ninguém é infalível e altere radicalmente a sua posição actual.
A defesa da causa das crianças de Lisboa na Internet
A Internet tem sido um dos veículos privilegiados de divulgação das opiniões em defesa de um novo Hospital Pediátrico em Lisboa que substitua o encerramento do Hospital de Dona Estefânia nos próximos 3 a 4 anos. Esse veiculo tem tentado contornar a insuficiente divulgação da nossa causa pelos média tradicionais, nomeadamente através de listas de discussão no facebook e de vários Blogs que nos apoiam. De entre eles, destacamos um que nos tem acompanhado desde sempre e vai registando a evolução do movimento:
www.campanhapelohde.blogspot.com


Divulgue esta causa e a campanha de cidadania na Net !

Envie a sua opinião para: estefania.boletim@gmail.com

1 comentário:

Anónimo disse...

a maternidade é precisa.
ha outras maternidade que podem fechar