quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Reunião da Sra. Ministra com a Comissão de Saúde da Assembleia da Republica. .. um Plano Funcional e um Contracto omissos aos Srs. Deputados!?


INFORMAÇÃO E UMA INTERPRETAÇÃO SOBRE A INTERPELAÇÃO PELA COMISSÃO DE SAÚDE DA ASSEMBLEIA DA REPUBLICA A SRA. MINISTRA ANA JORGE .


ANTES DO MAIS AGRADECEMOS OS DEPUTADOS DE TODOS OS PARTIDOS COM ASSENTO NA ASSEMBLEIA DA REPUBLICA QUE APROVARAM A INTERPELAÇÃO A SRA. MINISTRA ANA JORGE, PELA COMISSÃO DE SAÚDE DAQUELA ASSEMBLEIA POR INICIATIVA DO ILMO DEPUTADO JOÃO SEMEDO .
ESTA CONJUNÇÃO DE ESFORÇOS É PLENA DE JUSTIFICAÇÃO POIS NÃO SE TRATA DE UMA QUESTÃO PARTIDÁRIA OU MERAMENTE POLITICA MAS DE INTERESSE TRANSVERSAL E CIVILIZACIONAL .....AS CRIANÇAS SÃO O FUTURO SEJA QUAL A CLASSE SOCIAL CREDO RELIGIOSO OU IDEOLOGIA OU FILIAÇÃO PARTIDARIA QUE NOS SEPARE.

A SECÇÃO PARLAMENTAR PROPRIAMENTE DITA:

ALGUMAS DA QUESTÕES LEVANTADAS PELOS DIVERSOS GRUPOS PARLAMENTARES E AS RESPOSTA DA SRA. MINISTRA. .

INICIOU-SE A SESSÃO COM AS PERGUNTAS DP DEPUTADO JOÃO SEMEDO, SEGUIDO-SE AS DOS SRS. DEPUTADOS: CLARA CAIMÃO, BERNARDINO SOARES, HELENA ALMEIDA SANTOS, TERESA CAIEIRO, CLARA CORREIA, JOSÉ PAULINO
PERGUNTAS:
- INFORMAÇÃO URGENTE SOBRE O QUE ESTA PRESSUPOSTO PELO MINISTERIO SOBRE O FUTURO DO HDE E FUTURO HOSPITAL DE MARVILA.( ve nota 1)
-QUAL O PLANO FUNCIONAL EXISTENTE, QUEM É O SEU RESPONSÁVEL, NUMERO DE CAMAS PEDIATRICAS, QU ÁREAS COMUNS , CIRCUITOS , ESPAÇOS PEDIÁTRICOS, ETC.
-SABENDO-SE QUE O NOVO HOSPITAL DE CASCAIS JÁ NASCEU DESADEQUADO E INSUFICIENTE A POPULAÇÃO QUE DARÁ RESPOSTA, QUAIS OS ESTUDOS QUE EXISTEM PARA O FUTURO HOSPITAL ORIENTAL-MARVILA , RELATIVOS A O NUMERO DE DOENTES MAS IGUALMENTE AS ESPECIALIDADES QUE DARÁ RESPOSTA COMO HOSPITAL TERCIÁRIO RELATIVAMENTE A ÁREA DE INFLUENCIA.
-SE TODAS AS ESPECIALIDADES AGORA EXISTENTES NO HDE ESTARÃO PRESENTES NO FUTURO HOSPITAL DE LISBOA ORIENTAL
-SE JÁ FOI SOLICITADO PELO MINISTÉRIO A CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA TERRENO EM CHELAS PARA CONSTRUIR UM NOVO HOSPITAL PEDIÁTRICO.
-QUE MEDIDAS CONCRETAS TOMOU O MINISTERIO PARA ACAUTELAR QUE O ACTUAL ESPAÇO DO HDE SEJA PRESERVADO DA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA E CONTINUE DE PERTENÇA DA CRIANÇA


RESPOSTAS DA SRA. MINISTRA

-A DRA. ANA JORGE PRINCIPIA POR RESPONDER A QUESTÕES DOS SRS. DEPUTADOS /strong>COM UMA LONGA EXPOSIÇÃO CURRICULAR EM QUE DISSERTA SOBRE FACTOS QUE DEMONSTRAM QUE TEM PELA CRIANÇA E PEDIATRIA PARTICULAR DEDICAÇÃO. JULGAMOS DESNECESSARIA AQUELA INTRODUÇÃO POIS A SUA DEDICAÇÃO NUNCA POSTA EM CAUSA, PELO QUE NÃO COMPREENDEMOS ESTA NECESSIDADE AUTO AFIRMATIVA .
NÃO NOS ESQUEÇAMOS CONTUDO QUE APESAR DE PEDIATRA TAL NÃO LHE CONFERE CREDIBILIDADE MAIOR QUE AS CENTENAS DE PEDIATRAS PORTUGUESES E DE TODO O MUNDO CIVILIZADO QUE DIVERGEM DA SUA OPINIÃO E DEFENDEM HOSPITAIS PEDIATRICOS AUTONOMOS.
NÃO CONSIDERAMOS QUE AS MAIORIAS TENHAM NECESSARIAMENTE RAZÃO MAS SERIA ENRIQUECEDOR PARA O DEBATE QUE A SRA. MINISTRA NOS INFORMASSE OS ESTUDOS EM QUE FUNDAMENTA AS SUAS OPÇÕES.



-FICAMOS A SABER QUE NÃO É ADEPTA DO HOSPITAIS PEDIÁTRICOS AUTÓNOMOS POIS DEU EM ENTRELINHAS A ENTENDER QUE O HOSPITAL PEDIÁTRICO DE COIMBRA EXISTIRÁ APENAS POR UMA QUESTÃO DE VOLUNTARISMO OBSTINADO DA POPULAÇÃO E PROFISSIONAIS DAQUELA CIDADE (ASSIM LHE INDAGARÍAMOS, FELICITANDO-VEZ PELA FRANQUEZA, SE ENTÃO O APROVARAM-NO E INAUGURARAM TERÁ SIDO PARA NÃO CONTRARIAR A OPINIÃO DE TODA UMA POPULAÇÃO E PARTIDOS , INCLUINDO O SEU QUE QUE COMO NA CAMÃRA DE LISBOA TAMBEM DEFENDERAM UNANIMENTE O HOSPITAL PEDIATRICO?
E MAIS DA NOSSA PARTE FELICITAMOS COIMBRA E CONSIDERAMOS QUE SE TODOS OS PORTUGUESES FOSSEM DA SUA FIBRA O PAIS ESTARIA PROVAVELMENTE EM MELHOR SAÚDE .....

-EM RELAÇÃO A CIDADE DO PORTO , QUE PARA ALEM DO JOÃOZITO, EM SUBSTITUIÇÃO DO MARIA PIA GANHARÁ UM NOVO HOSPITAL MATERNO INFANTIL , O STO ANTÓNIO- MATERNIDADE JULIO DINIS .
A SUA ARGUMENTAÇÃO NO QUE DIZ RESPEITO AO PORTO FOI MAIS CONFUSA, POIS CONFIRMA QUE O MINISTÉRIO APOIA A CONSTRUÇÃO DO NOVO EQUIPAMENTO POIS ESTE SERÁ MATERNO INFANTIL E LIGADO A UM CENTRO HOSPITALAR....OU SEJA ESTA DE ACORDO PELAS MESMAS RAZÕES DO QUE NÓS, POIS PRECONIZAMOS QUE O NOVO HOSPITAL PEDIÁTRICO AUTÓNOMO MAS INTEGRANDO O CENTRO HOSPITALAR O QUE NÃO ACONTECERÁ EM CHELAS-MARVILA-HTS...ETC...

.EM FIM A POLITICA DO MINISTÉRIO RELATIVAMENTE AOS HOSPITAIS PEDIÁTRICOS SERÁ INCOERENTE E CONFUSA.
NO CASO DO PORTO E COIMBRA NÃO CONSEGUIU CONTRARIAR OS ANSEIO DA POPULAÇÃO E DOS SEUS REPRESENTANTES EM LISBOA ESTA INFLUENCIADA PELOS INTERESSES DAS PARCERIAS PRIVADAS LIGADAS A SAUDE......

-A SRA. MINISTRA ESCLARECEU AINDA AOS SENHORES DEPUTADOS QUE O PROJECTO DO FUTURO HOSPITAL DE CHELAS -ORIENTAL-MARVILA ,MALOGRADO TODOS O SANTOS ETC..... ESTARIA AINDA A EM ABERTO E QUE ESTA EMPENHADA EM TODAS AS ÁREAS EM QUE TAL SE JUSTIFICAR (EXCEPTO NO QUE DIZ RESPEITO A UMA "MÍTICA" PLATAFORMA TECNOLÓGICA) E A QUE A ESPECIFICIDADE PEDIÁTRICA SERÁ RESPEITADA E DOTADA DE ESPAÇOS PRÓPRIOS E ESTANQUES....

-EM RELAÇÃO AS ESPECIALIDADES PEDIATRICAS INFORMOU QUE TODAS ESTARIAM CONTEMPLADAS, MAS AGUARDAMOS QUE ESCLAREÇA COMO UM HOSPITAL COM 800 CAMAS IRÁ SUBSTITUIR AS MAIS DE 2000 DOS ACTUAIS QUE INTEGRAM O ACTUAL CHLC.

- ACREDITARÍAMOS MAS....COMO A SRA. MINISTRA IGNOROU OSTENSIVAMENTE OS PEDIDOS DAS BANCADAS DO PSD E CDS QUE EM DIVULGAR E TORNAR PUBLICO O PLANO FUNCIONAL, SERÁ LICITO DUVIDARMOS E QUERERMOS COMO OS DEPUTADOS "VER PARA CRER".

-AFIRMOU AINDA QUE O ESPAÇO PEDIÁTRICO NO FUTURO HOSPITAL TERÁ O NOME DE D. ESTEFÂNIA. PARA NÓS MAIS IMPORTANTE QUE OS NOMES É REALMENTE A QUALIDADE E AUTONOMIA DA PEDIATRIA. ALERTAMOS AINDA QUE TAL PODERÁ REPRESENTAR A INTENÇÃO DE ALIENAR UM ESPAÇO ESPECIFICAMENTE DOADO A CRIANÇA A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA E DEIXAR PARA AS CRIANÇAS UM NOME SEM SUBSTANCIA NUM ESPAÇO INDEFERENCIADO DO NOVO HOSPITAL.

- NÃO SERIA LICITO DUVIDAR DAS BOAS INTENÇÕES DA SRA. MINISTRA, MAS APENAS DOS FACTOS...AINDA MAIS QUE A SRA. MINISTRA INFORMOU AOS SENHORES DEPUTADOS QUE TUDO ESTARIA AINDA EM ABERTO......QUANDO TEMOS VÁRIAS INFORMAÇÕES APESAR NÃO OFICIAIS QUE DIZEM EXACTAMENTE O CONTRARIO DO POR ELA AFIRMADO E QUE O CONTRACTO COM A PARECERIA PRIVADO JÁ ESTARIA ASSINADO E QUE OS PROFISSIONAIS QUE TIVERAM ACESSO AO PROJECTO AFIRMAM QUE CONTEM ERROS DE CONCEPÇÃO E NÃO CONTEMPLA A AUTONOMIA PEDIATRICA ....SRA. MINISTRA EM RESPEITO A SUA CREDIBILIDADE PERANTE A COMISSÃO DE SAÚDE DA ASSEMBLEIA DA REPUBLICA E SENHORES DEPUTADOS QUE NOS REPRESENTAM , DEVERIA DIVULGAR , CASO VERDADE , COM A MÁXIMA URGÊNCIA O PLANO FUNCIONAL E O CONTRACTO QUE O MINISTÉRIO TERIA ASSINADO COM A PARCERIA PRIVADA E SÓ ASSIM AS DUVIDAS SE DISSIPARIAM..

AGRADECEMOS ASSIM QUE NÃO ESCONDAM MAIS O PLANO FUNCIONAL POIS TAL TORNA MOTIVO LICITO DE SUSPEITAS LEVANTADAS PELOS PROFISSIONAIS E OS SENHORES DEPUTADOS.

INDAGAMOS AINDA SE O CONTRACTO ESTIVER REALMENTE ASSINADO, SE NÃO ESTARÁ OBRIGADA A UM ESCLARECIMENTO URGENTE AOS S SENHORES DEPUTADOS DAS RAZÕES DE TÊ-LO OMITIDO NAQUELA SESSÃO PUBLICA.
INDAGAMOS FINALMENTE AO MINISTÉRIO DA FINANÇAS E AO TRIBUNAL DE CONTAS SE ESTE CONTRATO NÃO SERÁ ILEGAL POIS NO ACORDO COM O PSD, PARA O ORÇAMENTO DO ESTADO TODAS AS PARCERIAS DEVERIAM SER RENEGOCIADAS... . E O PSD TEM DESDE SEMPRE APOIADO ESTA CAUSA PELO QUE NÃO ACREDITAMOS QUE O TENHA PERMITIDO.

FINALMENTE, AGRADECEMOS E AGUARDAMOS QUE COM TODA A URGÊNCIA QUE A MOÇÃO PROPOSTA PELO PCP E DE OS OUTROS GRUPOS PARLAMENTARES A APRESENTAR NA ASSEMBLEIA DA REPUBLICA EM FAVOR DO HOSPITAL PEDIÁTRICO DE LISBOA SEJA DISCUTIDA E EVENTUALMENE APROVADA.

:ESTA INTERPELAÇÃO PODERÁ SER VISTA NA INTEGRA NO CANAL DA ASSEMBLEIA D A REPUBLICA

NOTA 1 : Desde da impugnação do nome de Hospital de Todos os Santos , tem-se chamado o novo Hospital indistintamente de "Chelas, Marvila, Todos os -Santos etc"....Dissemos malogrado Hospital de Todos os Santos, pois deram-lhe este nome em memoria do antigo mega Hospital de Todos os Santos que foi destruido pelo grande terremoto de 1755.

Reportagem da Jornalista Manu. Subscreve Pedro Mendes . Mais declaram que cientes dos possiveis erros de uma interpretação subjectiva dos factos acima expostos , publicarão quaisquer outras que nos enviem. Caso não o façam, admitiremos que a opinião acima expressa será a mais consensual entre os eventuais leitores deste Blog.



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sábado, 22 de janeiro de 2011

SRA. MINISTRA, ANA JORGE, na 3ª FEIRA DE 25/ 01/ 2011, OUTRA VEZ NA ASSEMBLEIA DA REPUBLICA PARA ESCLARECER OS DEPUTADOS.

Caros Amigos da Plataforma Cívica e cidadãos atentos aos interesses da criança
O esforço de todos nós valeu a pena. Por unanimidade dos partidos da Comissão Parlamentar, a Ministra da Saúde terá de ir mais uma vez ao Parlamento para tentar justificar o que se passa com o encerramento do HDEstefânia e a mistura de crianças e adultos no futuro hospital geral de Todos-os Santos. O contrário passa-se no Porto (Aprovação do Centro Materno-infantil há 3 dias e em Coimbra com a inauguração do Hospital Pediátrico a breve prazo). Para este caso único em capitais de países civilizados, a ultima justificação que nos foi dada pelo Gabinete era que "a Parceria Publico-Privada já está muito adiantada e seria muito dificil alterar o processo". Entretanto, claro, nada foi feito e processo de desactivação do unico hospital pediátrico de Lisboa e da zona sul do País continua.

Reencaminho o e-mail a Plataforma AR-Deputado João Semedo

"Meus caros:

A audição da Ministra Ana Jorge sobre o futuro do Hospital Dona Estefânia será na próxima terça feira, dia 25 de Janeiro, às 15h.

As reuniões das Comissões Parlamentares são abertas ao público, excepto decisão em contrário.

Um abraço,

João Semedo"



Se puder, compareça na AR para ouvir o que a MS tem para dizer-nos. Encontramo-nos na porta lateral as 14:50 Horas

domingo, 16 de janeiro de 2011

O IPO de Lisboa (ainda há pouco tempo em risco de sucumbir face aos apetites imobiliários) como nós defende a autonomização da a sua Pediatria!



Como se compreenderá da leitura do artigo abaixo, os Gestores do Centro Hospitalar de Lisboa Central, Gestores arquitectos e parcerias privadas e outros responsáveis pela desarticulação e futura destruição do Hospital Pediatrico de Lisboa deveriam inteirar-se da razão doa Profissionais de Saúde e dos seus colegas da Administração e Gestão do IPOG de Lisboa, (e já agora dos de ...Santa Maria, Santo Antonio, São João e Coimbra) defenderem uma perpectiva oposta a sua : a necessidade da Autonomização da Pediatria nuns casos a construção de novos Hospitais Pediatricos noutros..

"A concretização do projecto responderia à ambição do IPO de conseguir uma completa autonomização da Pediatria em relação aos circuitos dos doentes adultos, o que o mero bom-senso aconselha"



Centro Oncológico da Criança e do Adolescente - reafectação das instalações da antiga Escola Superior de Enfermagem Francisco Gentil


O Instituto Português do Oncologia de Lisboa apresentou ao Ministério da Saúde a proposta de criação de um Centro Oncológico da Criança e do Adolescente. Para a instalação deste Centro foi proposta a reafectação das instalações da antiga Escola Superior de Enfermagem Francisco Gentil, que foi extinta em 2004 por força da criação da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa. Este espaço será dedicado aos cuidados de crianças e adolescentes com cancro e centralizará, no mesmo local, as áreas de tratamento em ambulatório e em internamento.

A alteração projectada assume-se como urgente na sequência da anunciada decisão do Ministério da Saúde de manter o Instituto nos actuais terrenos, opção que obriga à adopção de medidas que assegurem que esta manutenção no mesmo local não prejudica os utentes nos seus direitos de, ao recorrerem ao IPO, contarem com instalações dignas e adequadas às suas necessidades de saúde.

Perante a contingência de ter que intervir no seu actual campus hospitalar e planear as muitas intervenções que os seus edifícios exigem, ao final de várias décadas de utilização intensiva e tantas outras indefinições acerca do seu futuro, resultou que uma das áreas de maior premência de reestruturação é, precisamente, a Pediatria, que hoje vê as suas várias valências espalhadas pelos pavilhões existentes no perímetro hospitalar. Os prejuízos desta realidade são óbvios; para os doentes, que se vêem obrigados a deslocações adicionais e para a eficiência do Instituto, dado o acréscimo na dificuldade de gestão dos recursos existentes que se desdobram por todos estes espaços.

A proposta agora em causa vem no seguimento da avaliação das necessidades do Instituto na área pediátrica, que concluiu pela impossibilidade de, nas actuais instalações e dadas as suas limitações físicas, fazer evoluir a prestação de cuidados aos doentes em idade pediátrica para o patamar de qualidade que as mais recentes normas nacionais e internacionais estabelecem e que os doentes merecem.

A concretização do projecto responderia à ambição do IPO de conseguir uma completa autonomização da Pediatria em relação aos circuitos dos doentes adultos, o que o mero bom-senso aconselha, e que as características da doença exigem. A utilização do edifício ocupado pela antiga Escola de Enfermagem, nos termos projectados, permitiria garantir a privacidade destes utentes e melhoria das condições para que os pais os possam acompanhar em todas as fases da doença, quer às crianças quer aos adolescentes. Aliás, as particularidades da adolescência exigem que se dedique aos doentes oncológicos nesta faixa etária uma especial atenção, mas a verdade é que as actuais limitações das infra -estruturas do Instituto impedem que os mesmos sejam acompanhados pelo Serviço de Pediatria, que actualmente apenas abrange crianças até aos 15 anos. Só o funcionamento do Centro Oncológico da Criança e do Adolescente possibilitaria o englobar de doentes até aos 18 anos, colocar à sua disposição os recursos especiais da Pediatria e mesmo adaptar alguns processos de acompanhamento a este grupo, que não se enquadra nem nos protocolos definidos para as crianças, nem, certamente, na realidade dos adultos. De sublinhar que resultados de recentes estudos apontam, mesmo, para melhores resultados do tratamento de adolescentes e adultos jovens em Unidades Pediátricas, com ganhos significativos em sobrevivência.


Video Serviço de Pediatria

Com o novo Centro seria possível aumentar o número de camas e de atendimentos em regime ambulatório, mas, para além do avanço quantitativo esperado, e fazer investimentos adequados à evolução da complexidade dos tratamentos e da inovação nas técnicas utilizadas. Mais, considerando que os tratamentos na área da oncologia se assumem como cada vez mais agressivos, a exigência de medidas de segurança é, também, cada vez maior e as condições logísticas assumem especial relevância na ponderação desta questão.

Acresce que, na tradição de mais de 80 anos do Instituto, a humanização dos cuidados é essencial, pelo que a existência de um edifício com capacidade para oferecer conforto adequado a doentes em idade pediátrica e respectivos acompanhantes, com uma permanência prevista de 24 horas por dia, possibilitará que sejam pensadas de raiz e sem contingências ditadas pela exiguidade de espaço - em completa oposição ao que hoje acontece em que as fortes limitações levam a que as opções de melhorar as condições de conforto concorram com as necessidades relacionadas com a actividade clínica.

Todas estas razões levam a que não exista outra possibilidade para efectivar o projecto de modernização do Instituto que não a requalificação do edifício utilizado pela antiga Escola de Enfermagem para a instalação do Centro Oncológico da Criança e do Adolescente.

De referir que o IPO de Lisboa pretende que a transformação a operar no edifício seja exclusivamente interna, sendo a integridade da fachada exterior mantida, em respeito pela história da edificação que terá, indubitavelmente, na nova utilização uma nova e nobre continuação. Reconhecemos o papel histórico desempenhado pela antiga Escola Técnica de Enfermagem, posteriormente renomeada como Escola Superior de Enfermagem Francisco Gentil, mas novos desafios se colocam a este espaço.

Este é pois, não só um projecto ambicioso para servir as crianças e adolescentes com cancro, mas um projecto essencial para a reabilitação global da Instituição, já que funcionará como etapa de arranque de todas as restantes fases que estão pensadas para restaurar a dignidade, em termos de infra-estruturas, a uma Unidade Hospitalar de referência e com uma inigualável experiência na luta contra o cancro.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Assiste ! Divulga! A Plataforma de Defesa do Hospital Pediatrico de Lisboa representada pelo Prof. Gentil Martins na RTP2 dia 14 de Janeiro









No Sociedade Civil de 14 de Janeiro, (sexta-feira), vamos abordar o tema
"Hospitais pediátricos: ainda se justificam?".



O Hospital da Estefânia - o maior hospital pediátrico do país - pode ser
encerrado e as suas valências transportadas para um departamento de
pediatria no futuro Hospital Geral de Todos os Santos.

O objectivo do Ministério da Saúde é passar a concentrar todos os serviços
pediátricos num só espaço. Esta unificação tem vantagens para o utente?

Estando no mesmo espaço, não há risco de duplicar serviços ou valências?

Poderá a investigação e o conhecimento beneficiar da centralização no mesmo
edifício?

Além da polémica sobre o fecho do Hosp. da Estefânea, queremos avaliar o
quadro da saúde infantil em Portugal.



Convidados

Prof. Gentil Martins, Cirurgião Pediátrico

Dulce Rocha, Presidente Executiva IAC - Instituto de Apoio à Criança

Teresa Sustelo, Pres. Cons. Admn. Centro Hospitalar Lisboa Central

Teresa Tomé, Médica Neonatologista e Dir. Serviço Neonatologia MAC


O programa Sociedade Civil é conduzido e apresentado pela jornalista
Fernanda Freitas e emite em directo. Conta com quatro convidados e
reportagens jornalísticas sobre o tema. O programa visa esclarecer e
fornecer soluções úteis e inovadoras aos cidadãos sobre temas que estejam na
ordem do dia: cidadania, educação, saúde, alimentação, justiça, sociedade,
entre outros.

Em
www.sociedade-civil.blogspot.com poderão ver os comentários ao programa.
Todos os dias é colocada online a sinopse do tema do dia para discussão. Se
quiser participar a posteriori, basta escrever o seu comentário e quando
assinar, escolher a opção other e colocar o seu nome.


O programa emitido estará disponível logo depois da emissão em
http://multimedia.rtp.pt.

Para enriquecer o conteúdo jornalístico do
"Hospitais pediátricos: ainda se justificam?"

sábado, 1 de janeiro de 2011

"Jornal de Negócios" do dia 31 de Dezembro, nuvens escuras que importa afastar no Ano Novo de 2011 !


Mortalidade infantil tem maior subida desde 1985
30 Dezembro 2010 | 00:01
António Larguesa - alarguesa@negocios.pt
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"Portugal inverteu de forma abrupta a tendência favorável que vinha registando ao nível da mortalidade infantil, um dos indicadores em que o País vem pontuando melhor em comparação com outras nações do mundo desenvolvido.
De 2008 para 2009, a taxa que indica o número de crianças, por cada mil que nascem, que morrem antes de concluir um ano de idade, subiu três décimas para 3,6, em resultado de um acréscimo de 18 óbitos, de acordo com os dados ontem publicados pelo INE no relatório “Indicadores Sociais”.

O Director-Geral de Saúde, Francisco George, considera que a maior subida dos últimos 24 anos “é um dado que não pode ser ignorado” e que a Direcção-Geral de Saúde tem neste momento duas unidades a analisar os 363 casos de crianças com menos de um ano que morreram em 2009.


Nota: Apesar não existir qualquer relação causal , importa assinalar que a destruição do Hospital Pediatrico de Lisboa será um indicador da insensibilidade de alguns dos governantes e das "parcerias saúde " factor agravante nos tempos de crise que se avizinham.
Importa que cerremos fileiras em torno dos interesses das crianças em todos os dominios e que não se repercuta sobre elas a leviandade e ganância de alguns....